Capítulo 18 Elvira & Seu Dono

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          Depois da conversa com Lua foi impossível não ter dormido em sua casa, o beijo trocado e as saudades que ambas sentíamos, nos fez passar a noite juntas até que finalmente, quase no meio da madrugada dormimos.

          Lua me despertou com o café na cama, seu rosto iluminado, demonstrava uma profunda alegria, precisei começar a conversar sobre nossa situação, sobre ela ter me sido dada como presente. Estava nervosa para tocar nesse assunto, mas para minha surpresa Lua me disse que entendia tudo, que nessa noite tinha descoberto que eu nunca seria Dona dela, que nossa relação era outra, que se sentia livre para seguir o caminho que o futuro lhe apresentasse.

          Saí de sua casa com suas últimas palavras.

          - Elvira me sinto livre, descobri muito mais sobre mim esses últimos dias do que a vida inteira, essa noite foi uma das noites mais importantes de minha vida.

          A caminho de casa entra mensagem de meu Dono. "Minha menina, lhe pego às 20 horas, esteja pontualmente no local de sempre, mais tarde lhe envio instruções do que deverá vestir. Acredito que deva ter tido uma linda noite. Beijos". Ao ler a mensagem, instintivamente meu corpo reage que poder é esse que esse homem tem sobre mim, e também olho ao redor, como ele sabia que eu dormiria na casa de Lua? Será que ele está me vendo agora? Será que ele colocou alguém para me seguir? Será que Lua avisou que eu dormi lá e tinha acabado de sair? Não acho que não,  essa hipótese não existe Lua não o conhecia, ela não tem o contado dele, se bem que no meu celular tem, ela poderia ter pegado de noite, não, não poderia tem senha para acessar.

          Com essas perguntas na cabeça a manhã passa voando, preciso  ir ao supermercado, depois vou almoçar no shopping, estou sem vontade de cozinhar só para mim, se fosse ficar em casa à noite até que faria algo, mas não ficarei, e vou procurar um vestido que tinha visto numa propaganda. Fico despreocupada com a hora, o celular sempre à mão, pronta para qualquer chamado ou mensagem de meu Dono. Acho o vestido, não acredito que ele tenha caído tão bem, nenhum ajuste é necessário, brinco comigo mesma ao me olhar no espelho, e digo que estou um mulherão, a vendedora ouviu.

          - Ficou perfeito, nada marca e a cor combina com sua pele.

          - Você ouviu me desculpe.

          - Desculpas, pedir desculpas por se sentir assim, muito pelo contrário, queria eu é descobrir o que é preciso para se sentir como você.

          - Vou levar.

          Vou fechando a cortina, começo a responder mentalmente como é para se sentir como estou, o que eu teria dito a ela. Saio da loja olho outras vitrines, então o som de mensagem, nesse momento celular na bolsa, coloquei dentro ao experimentar o vestido, não coloquei no lugar de costume, finalmente o encontro.

          Leio a mensagem "para o jantar hoje, quero que use por baixo de um vestido apenas o plug que recebeu em sua festa de despedida, mais nenhum ornamento além de sua coleira social" minha mão vai logo ao meu pescoço acaricio com carinho a corrente com fecho de algemas a letra de meu nome em uma e a dele em outra.

          Às 20 horas em ponto estou no local combinado, meu vestido novo, ficou perfeito sinto o plug recém-colocado, por mim, sem nenhuma dificuldade, Dono me fez amar essa sensação. Estou como ordenado por ele, vejo seu carro se aproximar ele para, quando vou abrir a porta ele já está descendo, espero por ele que está lindamente vestido, um terno escuro em contraste com seu cabelo grisalho, a barba bem acertada, sua aproximação já dispara uma série de gatilhos em meu corpo, os bicos enrijecem, marcam imediatamente o vestido, sinto o plug ao me contrair, a pele toda arrepiada, sei que os seus olhos percebem todas as reações de meu corpo, se fixam nos meus bicos, ele me abraça, me beija ali na rua de uma forma que nunca me beijou antes. Ainda me abraçando, com seu rosto a centímetros do meu o ouço dizer:

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