Passo todo o final da noite de quinta e a sexta-feira sem notícias de meu Dono; usei o dia para fazer as unhas, um corte no cabelo, um cuidado com a depilação, mesmo tendo feito há poucos dias, quando ainda estava na casa. Nada de notícias, ansiosa como sou, fico doida para saber para onde vamos o que devo levar para vestir, se é que devo levar algo.
Quando já estou me preparando para deitar entra a mensagem de meu Dono. "Lhe pego às 9 horas, quero você usando o vestido tubinho preto, scarpin preto e absolutamente mais nada a não ser a sua coleira social, que já faz parte de seu corpo. Traga apenas a caixa com a sua coleira dentro".
Vou então ver o vestido, abro a tábua de passar, capricho não quero nenhum amarrotado nele , coloco no cabide, pego a caixa com minha coleira, passo a flanela nela, está linda brilhando, me lembro do quanto lutei por ela, do quanto cresci por ela.
Dono disse o final de semana, só vou usar um vestido? O que ele planeja dessa vez? Certamente que teremos sessão pois levo a coleira. Mas o que ele tem em mente? Certamente algo mais a me surpreender, cada vez mais gosto dessa sensação de ir para o desconhecido, gosto por confiar nele, gosto por desejá-lo, gosto por ser dele, gosto por ele ser meu, sim meu Dono.
Custo a dormir, rolo na cama, ora me lembro dos dias na casa, ora me lembro desses últimos dias, me excito, sinto os meus mamilos duros, me molho, me toco, me imagino numa praia deserta com o Dono, só de coleira, lá não precisarei de roupa. Imagino-me numa sessão ao ar livre, finalmente durmo.
O despertador me acorda, são 06h30min da manhã, não quero me atrasar, quero ter tempo para estar com tudo pronto. Banho, café da manhã, maquiagem, o vestido o scarpin. A caixa da coleira está sobre a mesa junto à porta da rua. Chegada a hora e eu desço, caminho para encontrá-lo, ele chegou um pouco antes, ao me ver olha o relógio, sorrio para ele.
- Bom dia meu Dono.
- Bom dia minha menina, cada dia mais pontual.
- Meu Dono me ensinou a ser, minha provação ajudou.
- Me entregue a caixa de sua coleira e vamos Elvira.
Entrego-lhe a caixa, sinto um aperto, não gosto de me afastar dela, a palavra "entregue" me assusta. Ele abre a porta do carro depois de me beijar, entro procuro descobrir algo dentro do carro que me dê uma pista para onde vamos nada.
Rodamos em silêncio, sei que não adianta perguntar nada, já aprendi que quando não quer falar ele não fala, e as minhas estratégias nunca deram certo muito pelo contrário. Então apenas o som ambiente do carro quebra o silêncio, vou cantarolando apreciando a paisagem, e começo a reparar que muita coisa me é familiar, e quando me dou conta estamos entrando na estradinha que leva até a casa de Domme Cristina, passo a ficar atenta e logo subimos uma elevação e fazemos uma curva eu vejo a construção, meu coração se aperta, mas ao mesmo tempo estou segura. Mas uma pergunta me perturba, Dono me pediu a caixa onde a coleira é guardada, para que?
Logo chegamos, somos recebidos pelo casal de submissos, tenho um tratamento diferente do recebido na vez anterior, logo que entramos na casa eu vejo Lua, sorridente se aproxima me dá uma piscadinha marota, quase imperceptível. Domme Cristina cumprimenta meu Dono os dois se afastam, logo ele volta.
- Elvira, acompanhe Lua, nos encontraremos mais tarde.
- Sim Dono como o Senhor desejar.
Mas algo me chama a atenção não está mais em suas mãos a caixa com a coleira. Caminho com Lua tenho perguntas a fazer, mas junto está o casal de submissos, vamos para outra ala da casa que eu nunca tinha imaginado que haveria algo parecido como uma suíte, mal acabamos de entrar.
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A Coleira
Short StoryA historia de uma mulher submissa que se descuida de uma de suas coleiras, toda a sua luta em busca de manter a sua coleira física, manter a sua relação de Dominação/submissão com o seu Dono. Será ela capaz de superar tudo? Conseguirá ela manter ess...