Capítulo 25 = Epílogo do epílogo.

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          Fomos para o portão de embarque eu sentia o meu coração disparado, a cada passo que eu dava segurando no braço do meu Dono eu ia deixando um rastro de uma imensa alegria emanava de meus poros. Nosso voo ainda levaria alguns minutos para ser chamado para o embarque, eu sabia que estávamos indo para Salvador na Bahia, pois o meu Dono ao me indicar o portão eu pude ler a indicação do voo.

          Meu Dono estava me fazendo mais uma imensa surpresa. Eu nasci na Bahia, mas saí de lá aos três anos de idade e nunca voltei à minha terra natal. E foi então que me deu uma imensa vontade de fazer um pedido ao meu Dono.

          - Dono, posso pedir uma coisa ao Dono.

          - Hummmmmmm, como é pedir algo?

         - Sim Dono, algo que eu pensei agora, que me deu vontade, mas preciso da permissão do Dono pois envolve muitas questões.

          - Estou começando a me preocupar com esse seu pedido, mas vamos lá, se eu não permitir que peça eu não saberei do que se trata. Pode sim, pode me pedir.

          - Dono eu estou usando só essa correntinha.

         - Sim, e fui que a lhe dei, para usar no dia a dia, e sabes o significado dela.

          Fui me virando no assento, praticamente sentando bem na ponta, quase ficando de frente para ele e vi quando os seus olhos se desviaram da correntinha para o meu decote, olhei para baixo e vi que um dos meus seios quase aparecia todo para ele. Sorri e não mudei de posição, na verdade até me inclinei um pouco mais para frente, pois apenas o meu Dono estava diante de mim, e ainda eram poucas as pessoas naquele portão de embarque, e aproveitei para sedutoramente provoca-lo.

          - Foi escolha do meu Dono, uma bela escolha, que ainda não agradeci, mas pelos olhos do Dono posso ver que ele está satisfeito com a escolha feita.

          E mais uma vez o Dono me surpreendeu.

          - Sei fazer boas escolhas, tanto para a roupa quanto o que está dentro dela.

          - Oh! Dono.

          - Mas o que quer pedir, acho que acabamos mudando de assunto.

         Olhei em seus olhos e ainda sentada como estava e quase colocando um dos joelhos no chão eu pedi.

          - Dono posso viajar usando a minha coleira?

          Ele me olhou sério por alguns instantes, eu já estava quase ajoelhada.

          - Você sabe que vão olhar para você não sabe. Que podem pensar.

          - Sei sim, sei que vão olhar criticamente que vão pensar que é um absurdo uma mulher estar de coleira, e que até mesmo, quem sabe o real significado, vai saber que sou uma submissa e para mim isso está tudo bem resolvido em minha cabeça, mas também vão pensar sobre o meu Dono.

          - Você quer mesmo?

          - Quero, eu sei que eu lutei por ela, sei o que eu pensei e senti, e sei o que sou e a força que tenho, se o Dono quiser e deixar eu quero.

          - Está bem, você vai usá-la, acho que vai combinar com a sua roupa, vamos ver o que chamará mais a atenção.

          De pronto eu me deixei ajoelhar, em um primeiro momento parecia que eu me ajoelhava apenas para pegar algo em minha bagagem, mas na verdade eu me ajoelhava também para entregar a minha coleira para o meu Dono e para que ele a colocasse em meu pescoço. E fui encoleirada, posso dizer em um local baunilha, confesso que fiquei emocionada.

          - Obrigada meu Dono. E Dono preciso, preciso não quero ir ao banheiro, quero me olhar no espelho.

          - Vá, mas não se demore.

          Enquanto eu me dirigia para o banheiro um grande grupo de pessoas estavam chegando ao portão de embarque do nosso voo, eu caminhei tranquilamente até o banheiro e fui direto para o espelho, ajeitei os cabelos, a minha coleira,  que até que combinou bem com a roupa, estava parecendo uma gargantilha, a argola para prender a guia é que chamava mais a atenção.

        Voltei com uma fila já e formando no portão, uma ou outra pessoa ficou olhando e me senti feliz, estava diante de tudo e de todos mostrando o que eu era. 

          - Vamos para a fila Dono?

          - Não, não precisamos ir agora, vão embarcar primeiro os passageiros da parte de trás, iremos com calma. E minha menina está muito bonita, noto um brilho diferente em seus olhos.

          - Estou meu Dono, e acho que é por eu estar mais confiante, minha provação em casa de Domme Cristina me ensinou muita coisa, mas aprendi a ser confiante durante o dia de hoje, acho que aprendi mais do que durante toda a minha vida.

          Embarcamos para um voo de mais ou menos duas horas rumo a Salvador e foi durante o voo que Dono me contou que teríamos duas noites em Salvador e depois iríamos para a Costa do Sauípe. Foi a melhor provação que eu poderia ter passar essa semana inteira em todos os momentos com meu Dono foi algo que eu não havia imaginado. Conversamos muito sobre a nossa D/s, sobre a minha passagem pela casa de Domme Cristina e é claro que conversar sobre a Lua fez parte de tudo.

          Tivemos novas negociações, acertamos novos limites e nessa negociação eu propus ao Dono termos uma conversa com a lua, que dependendo dela acordar ou não poderíamos em alguma sessão tê-la junto, mas apenas comigo, fiz essa proposta ao Dono após conversarmos e ele ter demonstrado que poderia gostar de me ver com ela.

          Nesse momento estamos no aeroporto aguardando nosso voo de volta para o Rio de Janeiro, estou usando o mesmo terninho que usei na vinda e é claro que com a minha coleira. Ainda tenho mais cinco dias antes de voltar a trabalhar, mas ao chegar ao Rio de Janeiro eu não irei para casa e sim para a do meu Dono, afinal ainda tenho cinco dias de provação a cumprir.

          

          

         

     

        

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