Keep Silence

𝚃𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 ⎯⎯ 𝚂𝚎𝚟𝚎𝚗

A sala do Policial Park era fria, mas eu suava como se estivesse dentro de um vulcão. As pernas e mãos tremendo. Respirava várias vezes sem parar tentando controlar o grande nervosismo mas parecia ser em vão. Se acalma Ryujin, se acalma... por favor se acalma.

A mão de Beomgyu toma minha mão direita e aperta de forma confortável. Inspiro mais uma vez.

A porta finalmente é aberta o revelando. Ele vem até nós e senta na cadeira a nossa frente.

⎯⎯ Tudo que dirão será gravado, mas nenhuma das informações sairá desta sala. Podem começar ⎯⎯ Ele indica com as mãos para que prossigamos com o assunto.

⎯⎯ No dia da morte do nosso professor ⎯⎯ Beomgyu começa ⎯⎯, eu e Ryujin estávamos tendo um momento só nosso ⎯⎯ o encaro de uma vez. Mas do que diabos ele está falando? ⎯⎯ Eu escutei um barulho estranho e então arrastei Ryujin para a sala ao lado e nos escondemos atrás da porta, e foi ai que o assassino entrou com o professor e matou ele ali mesmo. Eu consegui tirar uma foto ⎯⎯ Ele pega seu celular e o mostra.

O policial Park analisa a foto com precisão. Ao terminar ele nos encara e sorri.

⎯⎯ Isso de fato é de grande ajuda.

⎯⎯ Se o senhor olhar bem, pode se ver uma tatuagem na mão direita dele. Se poder identificar o desenho...
⎯⎯ Dou a ideia.

⎯⎯ Com certeza iremos. Percebo que presenciar esse acontecimento deve ter sido muito difícil para vocês dois, por isso a demora para contar. Mas aprecio e agradeço a coragem de vocês, logo logo estaremos com esse assassino atrás das grades graças a vocês.

De alguma forma, meu coração ficou mais leve.

[ ⚠️ ]

Hoje é dia de jantar na casa de Beomgyu. A mesa estava farta, nossas mães riam e conversavam animadas. Beomgyu me encara, toma um gole de seu suco de forma obscena e eu reviro os olhos.

⎯⎯ Como se sente, depois de contarmos tudo para o policial? ⎯⎯ Ele sussurra.

⎯⎯ Não sei explicar, ainda estou processando o acontecimento mas me sinto mais leve... parece que metade do fardo saiu de minhas costas.

⎯⎯ É bom escutar isso, estava tão notório o quanto você estava exausta
⎯⎯ Dou um pequeno sorriso. Ele havia percebido. ⎯⎯ Agora pode descansar, está bem? O policial Park resolverá tudo.

⎯⎯ Sim... ele irá ⎯⎯ Dou outro sorriso, mas dessa vez maior. Por que estou com um mal pressentimento?

⎯⎯ E... ⎯⎯ Ele começa, meio nervoso ⎯⎯ Será que podemos conversar, mais tarde?

⎯⎯ Sobre o quê?

⎯⎯ Nós dois ⎯⎯ Meu peito aperta.

Ele está certo, temos muito o que conversar. Droga, o nervosismo voltou.

Decido não falar nada.

Aos poucos começo a sentir um cheiro de fumaça que estava ficando cada vez mais forte.

⎯⎯ Tia Choi, tem algo no fogo? ⎯⎯ Pergunto não aguentando mais o cheiro.

⎯⎯ Não...

⎯⎯ Estão sentindo? ⎯⎯ Todos confirmam.

Por impulso eu me levanto da cadeira e vou até a janela.

Ao chegar minhas mãos vão de encontro a minha boca, incrédula com o que via. Meu celular vibra, ao abrir a mensagem meu coração para.

"Ops... sua casa pegou fogo"

Minha mãe se levanta desesperada e ao ver nossa casa totalmente em chamas começa a gritar.

⎯⎯ MINHA CASA!! CHAMEM OS BOMBEIROS POR FAVOR! MINHA CASA! ⎯⎯ ela abri a porta para ir em direção às chamas mas eu a puxo de volta.

⎯⎯ Mãe, não, por favor!

⎯⎯ Me solta! A minha casa! As minhas coisas! ⎯⎯ Ela começa a chorar.

Encaro Beomgyu que estava tão chocado quanto eu.

Ele queimou a minha casa porquê mostrei a foto ao policial Park. Se por isso ele foi chegar a esse extremo, imagine quando souber que a tatuagem foi detectada. Ele poderia nos matar, ou matar quem mais amamos...

Encaro minha mãe aos prantos e o desespero voltou a tomar conta do meu peito por inteiro. Eu não consigo, não, não consigo mais... não consigo mais. Eu não consigo aguentar mais.

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É...

E...

Esse é um capítulo de comemoração de meu aniversário, espero que gostem 😉

E como todos os anos o meu "exposed" já está publicado para vocês verem mais sobre mim.