Extra

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Estava louca para ir para casa, minha cabeça está dando fortes pontadas e meu corpo estava dormente, como se eu houvesse levado um choque muito forte. Meus músculos estavam tão tensos.

Ao me despedir das meninas vou direto para os portões da escola mas algo me faz parar por completo, era ele, ele de novo. Aquele manto escuro em que eu poderia reconhecer em qualquer lugar. Estava lá, encarando à minha direção, me encarando.

Por favor, que seja somente uma alucinação, que seja uma alucinação! Olho para o lado onde me dou de cara com Park Bo-gum, ele estava me encarando, da forma estranha de sempre. Ao ver que eu olhava de volta ele sorri, eu sorrio de volta e quando olho novamente para aquele que me assombrava, não estava mais lá. Eu preciso ir para casa urgentemente.

(•••)

O barulho do filme em que estava assistindo ocupava todo o silêncio do quarto. Com meu lindo pijama verde com pequenos Coalas, eu me deliciava com chocolate e pipoca. Talvez esse seja o único momento do dia em que eu estava em paz.

Escuto batidas em minha janela fazendo meu coração acelerar. Com dificuldade, me levanto da cama e rastejo até a janela. Todas as articulações do meu corpo relaxaram e meu coração diminuiu as batidas, e com um suspiro aliviada eu encaro Beomgyu na janela de seu quarto ⎯ Infelizmente seu quarto é de frente para o meu.

⎯ Finalmente, pensei que teria de esperar a noite inteira. ⎯ Ele reclama de braços cruzados. O pijama vermelho do Super-Man e os cabelos bagunçados. Sorrio levemente com a cena.

⎯ Bem que eu deveria ter deixado. ⎯ Ele revira os olhos.

⎯ Como foi? Você está bem?.

⎯ Foi... estranho, tive uma sensação muito ruim, mas o senhor Park foi bem receptivo, apesar de que eu não tenho um bom pressentimento sobre ele. ⎯ Flashs do seu olhar e sorriso vibram em minha mente me causando arrepios.

⎯ Você nunca tem sobre ninguém de qualquer forma. ⎯ O encaro de uma vez. As imagens do olhar e sorriso do policial Park sumiram da minha mente.

⎯ Não é assim!.

⎯ Como não? Você sempre tem um mal pressentimento sobre as pessoas como se todos fossem seus inimigos.

⎯ Não é exatamente assim, eu só não me sinto bem perto de outras pessoas. ⎯ e isso é culpa sua, passei anos com medo e paranoias sobre o que as pessoas achavam de mim cada vez que você abria a boca.

⎯ Você está com medo, não está? ⎯ Sua voz soou suave, foi como uma brisa fresca em meu ouvido. Fazia anos em que eu não escutava esse seu tom de voz. Ele só falava assim quando alguém me atacava na creche, depois de bater na pessoa ele vinha me consolar.

⎯ Como eu não estaria? Eu não entendo, como você consegue ficar tão calmo assim.

⎯ Eu não estou bem para mim mesmo, eu estou para as outras pessoas. ⎯ Beomgyu também é humano... as vezes eu o trato como uma estátua de mármore.

⎯ Eu não consigo e não aguento mais isso, minha cabeça repete toda a cena a cada fração de segundo. E hoje... eu o vi, ele olhou para mim, ele estava olhando para mim.

⎯ Então Ryu, por favor, me deixe revelar essa foto, me deixa acabar com o seu medo.

⎯ Policial Park! ⎯ Bang Chan entra na sala

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⎯ Policial Park! ⎯ Bang Chan entra na sala.

⎯ Bang! Com foi?.

⎯ Ah... aquele danadinho corri bastante. ⎯ Ele coloca seu copo de café em cima da minha mesa onde tinha todas as fotos dos alunos. ⎯ Quanta gente... é aquele caso do professor assassinado na própria escola? Cruel. ⎯ Ele solta uma curta risada.

⎯ É, bastante. ⎯ Continuo olhando para os alunos.

⎯ E o que você concluiu? Alguma dessas crianças podem ser assassinos?.

⎯ Não sei ainda mas... há dois, eles me deixam... intrigado.

⎯ Só aqui entre nós: ⎯ Ele se aproxima. ⎯ As vezes eu tenho medo dos adolescentes de hoje em dia.

⎯ Não se preocupe, eles são um alvo fácil. ⎯ Ele da uma grande risada e sai. Olho mais uma vez e pego duas fotos, separando das demais.

Choi Beomgyu, Shin Ryujin.

Keep SilenceOnde histórias criam vida. Descubra agora