𝚃𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 ⎯⎯ 𝙴𝚒𝚐𝚑𝚝

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Os bombeiros falaram que não detectaram a causa do incêndio, mas eu detectei, mas infelizmente não posso compartilhar essa informação

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Os bombeiros falaram que não detectaram a causa do incêndio, mas eu detectei, mas infelizmente não posso compartilhar essa informação. Minha mãe se drogou com calmantes e está dormindo no quarto da tia Choi, ela nos deu a casa para ficarmos até encontrar outro lugar. Eu... terei que dormir no mesmo quarto que Beomgyu.

Meu corpo ainda está em choque com o ocorrido. Eu ainda não acredito nisso. E não sobrou nada... nada... não sei como tudo será daqui pra frente, mas tenho a certeza que será muito complicado.

Avisei a tia Choi que não tenho forças para ir a escola amanhã e ela concordou. Beomgyu tentou ficar também mas ela não o permitiu.

Olhando minha mãe pela última vez na noite, cheguei a conclusão que terei que arranjar um emprego para ajudá-la, precisamos comprar roupas e produtos novos, além de uma casa e móveis... são tantas coisas, ele tirou tantas coisas de mim.

Beomgyu me emprestou suas roupas para que eu possa tomar um banho e dormir. Enquanto ele tomava o dele, sou banhada pelo silêncio do quarto. Tudo está tão...

Essa droga de silêncio está me matando!

Enxugo as pequenas lágrimas que foram teimosas e caíram.

Eu me sinto tão cansada.

⎯⎯ Não precisava me esperar ⎯⎯ Ele sai do banheiro. Os cabelos ainda molhados caindo por sua testa, a ondulação das mechas cinzas. Usava somente uma calça moletom, sem camisa. Ele me encara e suspira. ⎯⎯ Está melhor?

Nego com a cabeça.

Ele vem até mim e senta ao meu lado.

⎯⎯ Que tal falar sobre isso ao policial Park? As ameaças ⎯⎯ Arregalo os olhos e balanço a cabeça rapidamente.

⎯⎯ Não, por favor não! Não deveríamos nem ter feito o que fizemos! Olha só no que deu! Foi culpa nossa, foi tudo culpa nossa ⎯⎯ As lágrimas não paravam de descer. ⎯⎯, Foi culpa minha...

⎯⎯ Não, Ryu não fala isso ⎯⎯ Ele me abraça.

⎯⎯ Eu estou cansada Beom, eu estou muito cansada.

⎯⎯ Eu sei Moranguinho, eu sei ⎯⎯ Ele alisa meus cabelos enquanto me permito chorar em seu ombro.

É como se um buraco em meu peito estivesse ficado cada vez mais profundo. E eu estava caindo nele, sozinha.

Beomgyu já apagará as luzes, eu estava na cama, virada para a janela encarando o céu escuro. Meu corpo estava dormente. A cama afunda, sinalizando que ele havia se deitado também.

⎯⎯ Eu vou arranjar um emprego de meio período ⎯⎯ Falo.

⎯⎯ Você tem certeza? É perigoso, sem contar que pode atrapalhar a escola.

⎯⎯ Eu tenho que ajudar a minha mãe, Beomgyu.

Ele fica em silêncio.

⎯⎯ Não sei se é um bom momento para termos... a nossa conversa... sobre nós.

⎯⎯ Não Beomgyu, não é um bom momento.

Ele volta a se calar.

Deve ter sido o cansaço, acabei dormindo rapidamente.

⚠️

Acordei com Beomgyu mexendo em suas coisas. O mesmo já estava se arrumando para ir para a escola.

⎯⎯ Bom dia ⎯⎯ Ele sorri ao me ver mas eu não expresso nada em resposta ⎯⎯ O café já está na mesa e eu já estou saindo, minha mãe e a sua saíram também. Você ficará sozinha, eu queria muito ficar aqui com você... por favor tome cuidado, tranque todas as portas e janelas e no primeiro sinal estranho, não hesite em me ligar.

Somente confirmo com a cabeça.

⎯⎯ Por favor, fique segura. Eu preciso ir ⎯⎯ Ele vem até mim e beija minha testa, me tranquilizando. ⎯⎯ Voltarei logo.

Ele sai.

Eu queria que ele ficasse.

Depois de alguns minutos na cama eu decido me levantar. Vou até a cozinha onde encontro um copo de suco e um sanduíche em cima da mesa. Havia um pequeno bilhete ao lado:

" Por favor não se esqueça de se alimentar.

- Para: Moranguinho "

Consigo esboçar um pequeno sorriso. Me sento e começo a comer. Até a comida não ter gosto algum. Encaro a minha casa queimada da janela. O quanto mais terei que perder com tudo isso?

Keep SilenceOnde histórias criam vida. Descubra agora