𝚃𝚠𝚘♦️𝚃𝚑𝚎 𝙳𝚎𝚊𝚝𝚑

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O Som frenético do meu sapato ecoava mesmo com o corredor barulhento

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O Som frenético do meu sapato ecoava mesmo com o corredor barulhento. Enquanto as pessoas falavam e riam bastante eu andava furiosa até a sala de Choi Beomgyu, aquele em que vai me pagar por tudo. Passei anos guardando o que eu sentia por ele - a imensa e incessante raiva - mas agora eu vou enfiar minha mão naquele bendito rosto com um satisfatório tapa.

Entro em sua sala onde o vejo flertando com uma garota qualquer que estava sentada em cima de sua mesa, enquanto Taehyun - lendo um livro - estava sentado em uma cadeira ao seu lado, sem fazer nem um pouco de questão de prestar atenção no que estava acontecendo na sua frente. Mas com todo o prazer, vou dar um bom motivo para ele prestar atenção, e um melhor ainda para essa perua qualquer ir embora.

Chego perto dele e Chuto sua cadeira com força a fazendo se afastar com ele em cima. Ele me encara confuso mas logo respira fundo e morde o lábio inferior.

⎯ Creio que a senhora Shin tenha lhe dado o mínimo de educação, ou criatura sem modos. ⎯ Ele se levanta.

⎯ Sim deu, mas você não merece com que eu use esse esforço dela com você.

⎯ Ei, você não pode simplesmente chegar assim e... ⎯ dou um tapa em sua cara a fazendo calar a boca. Garota insuportável, mal sabe que é um dos inúmeros brinquedos de Beomgyu.

⎯ Ei! ⎯ Ele segura meu braço e me encara sério. ⎯ se tem algo para resolver, resolva comigo.

⎯ Finalmente chegamos a parte em que eu queria. ⎯ Solto meu braço da sua mão logo agarrando o braço dele e o puxando para fora da sala.

O Puxo até o corredor isolado da escola, aquele corredor está isolado desde o ano passado por conta de uma reforma que nunca acaba então ninguém tem motivos de vir para cá, a não ser pegar alguém. Apesar de ser uma área proibida, se você for pego aqui, não será nada bom para o seu lado.  E esse é um ótimo lugar para desovar um corpo.

O Jogo sobre a parede. Ele levanta a cabeça lentamente, com seus olhos profundos e negros furiosos. Ele passa sua língua por dentro de sua bochecha dando um pequeno sorriso de lado logo em seguida.

⎯ Você ri? Depois de ter dado um de fofoqueiro idiota para a minha mãe?.
⎯ Ele fica calado ⎯ Você não vai responder?. ⎯ Ele continua calado. Insiro o tapa em que tanto desejei na sua bochecha esquerda fazendo com que minha unha grande o rasga-se.

O sangue pouco a pouco saindo da ferida começa a descer por sua bochecha lentamente, ele continuava sério. No momento em que eu iria abrir minha boca para falar algo ele pega em meu braço e me leva até a sala ao lado nos escondendo atrás da porta. Iria protestar aquele seu ato estranho, mas ele tampa minha boca me fazendo ficar mais confusa ainda. Seu corpo completamente colado com o meu estava me deixando sem ar.

Logo uma pessoa é jogada para dentro da sala, estava escuro mas eu sei quem é. Logo após uma pessoa encapuzada aparece, dava para se ver que essa pessoa estava com uma faca em mãos. A pessoa - agora no chão - era o senhor Park, estava com uma expressão assustada, em completo pavor. Seu rosto estava completamente machucado, havia sangue em sua roupa, provavelmente seu sangue.

O homem encapuzado amarra um pano na boca do Senhor Park e logo após perfura seu rosto com a faca. Com o susto eu escondo meu rosto no peitoral de Beomgyu que segura minha cabeça firme. Eu ouvia perfeitamente o som da faca o perfurando e seus gritos de horror e dor abafados. Eu quero sair daqui, eu tenho que sair daqui, estou muito assustada.

Sinto a mão de Beomgyu se mover até o bolso da minha saia tirando meu celular, o fito assustada e ele me olha calmo, podia ver seu medo em seus olhos mas ele se mentia firme ao meu ver. Isso me deixava calma. Mesmo que seja impossível.

Ele levanta meu celular e retira uma foto. Só que obviamente não era uma boa ideia, principalmente se o flash está ligado. Ele me olha com desespero estampado em seu rosto, Engulo em seco e quando olho para frente vejo o homem encapuzada olhando para nós dois, mesmo assim ainda não podia ver seu rosto. Mas há algo que me faz achar que já vi em algum lugar, ele tinha uma tatuagem, na mão direita. Onde eu vi isso mesmo?.

Beomgyu pega em minha mão e sai correndo comigo para fora. Corremos o máximo que podíamos, naquela altura estávamos fora da escola, estávamos longe. Mesmo longe sabia que depois desse dia, minha vida nunca mais será a mesma.

⚠️

⎯ Beomgyu... apaga a foto. ⎯ Tomo o celular de sua mão mas ele o pega de volta.

⎯ Não, essa é a única prova que temos de dar a polícia.

⎯ Eu não quero me meter nisso Beomgyu!.

⎯ Ryu, me escuta. ⎯ Ele segura a minha cabeça me fazendo o encarar. ⎯ Alguém matou o senhor Park, se você não quer fazer nada tudo bem, eu não vou falar a ninguém que você estava comigo. Mas se quiser, pode ser forte? Como você sempre é?.

Minhas mãos estavam trêmulas enquanto segurava a barra da minha saia. Na minha cabeça, aquela maldita cena se repetia várias e várias vezes me fazendo querer explodir. Meu coração estava rápido o bastante para descontrolar minha respiração, eu podia sentir tudo, todos os meus nervos pulsar. Podia sentir meu coração batendo rápido como um carro de corrida. Podia sentir o medo revirar minha barriga me fazendo ter uma vontade incontrolável de chorar e simplesmente morrer de uma vez por todas.

⎯ Amanhã, eu vou mostrar isso a polícia, por enquanto vamos fingir que nada aconteceu. Ok?.

⎯ Como pode fingir que nada aconteceu? Porra Beomgyu, eu estou com medo de ficar sozinha sendo que eu não fiz nada de errado!.

⎯ Sei que é difícil, mas por favor, juro que isso vai passar. Amanhã iremos para a escola, só aja normalmente, prometo resolver tudo e seu nome não vai ser tocado em nenhum minuto. ⎯ Ele liga meu celular e mexe em algo nele. ⎯ Mandei a foto para o meu celular, pode apagar no seu se quiser. ⎯ Ele aponta com a cabeça para a porta da minha casa.

Respiro fundo e juntando toda a força que ainda tinha, eu vou até a porta da minha casa e a abro. Olho para Beomgyu que balança a cabeça me incentivando a entrar. Entro em casa e fecho a porta atrás de mim. Deixo meu corpo se encontrar com o chão, todo o medo que fez minhas pernas fraquejarem ficou mais forte naquele momento. No chão, pego meu celular e olho a foto, vendo aquela tatuagem. Não sei o que está desenhado aqui, mas sei que já vi em algum lugar. Ah! Minha cabeça vai me matar!.

Keep SilenceOnde histórias criam vida. Descubra agora