capítulo 7

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ponto de vista de Marina Becker.

Essa noite sonhei com Cristiano.
Sim, o menino que conheci a um dia.
Sonhei que estavamos juntos em uma praia muito bonita, assistindo o por do sol e tomando sorvete.
Mas nada de mais.
Provavelmente, na verdade o único motivo disso, foi termos ficado até altas horas da noite conversando.

Ah e já ia me esquecendo, hoje perdi o horario da aula.

Acordei com Milla me chamando as pressas, dizendo que faltavam em torno de 5 minutos para o sinal tocar.
Minha amiga não pensou duas vezes para ja ir saindo de casa, já que nosso colégio é bem próximo.

Já para mim, a única opção seria tentar entrar na segunda aula, e assim conseguiria me preparar com calma.
Que vergonha, a menina nova chegando na segunda aula logo no segundo dia.

Não sei, acordei com uma saudade imensa de casa, sentindo falta de um abraço, um toque acolhedor, sabe? Estou mais que feliz aqui, mas obviamente tenho saudades da minha família.
Mas vamos deixar pra lá.

Levantei, tomei um banho, fiz meu skin care e uma make mais rápida que a luz.
Vesti meu uniforme e penteei meus cabelos longos, castanhos claros e com as pontas levemente onduladas.

Mais cedo, Milla havia me dito que estava muito frio e para ir agasalhada, mas sei que a garota é bem friorenta, então não liguei tanto.
Só não tinha me dado conta de que o aquecedor estava ligado, dando a entender que lá fora estava realmente complicado.

Peguei o primeiro trocado que vi em cima da mesa da sala, e saí às pressas em direção ao elevador.
Acho que se eu correr, ainda consigo entrar na primeira aula.

Em poucos minutos lá estava eu, uma garota com uma mochila enorme nas costas, morrendo de frio, correndo pelas calçadas de Portugal, em plena 07 horas da manhã.
Que vergonha.

Mas pelo menos o esforço valeu a pena.
Cheguei a tempo, o portão ainda estava aberto, ok.

- Bom dia, Sr. Willian! - Comprimentei o segurança passando correndo pelo portão. O mais velho soltou uma risada sincera, em seguida mandando eu correr, a porta se fecharia em 1 minuto.

Nessa minha escola nova, já percebi uma tal regra que não estava muito acostumada. Após os primeiros 15 minutos de aula, a porta é fechada e não permitem com que você entre até o primeiro turno do dia.

Me recuso ter me arrumado mais rápido que tudo, passar frio logo 07 horas da manhã, e ainda por cima não poder entrar na sala.

Acho que nunca corri tanto, mas cheguei. Ainda por cima, no momento exato em que estavam fechando, indicando que provavelmente eu não poderia mais entrar.
Para minha surpresa, quem estava encostando a porta não era a professora, e sim Cristiano.

Tudo indica que a mais velha teria solicitado para algum aluno fechar.

Nossos olhares se encontraram rapidamente e foi alí que me perdi. O garoto então olhou depressa para a professora, assim percebendo que a mesma estava distraída em seu computador, e fez um gesto para eu entrar rápido.
Dito e feito.
Me esforçando para fazer o maior silêncio, me dirigi até a carteira que havia me sentado ontem, atrás de Cris.

Nesse meio tempo, o garoto fechou a porta e já voltava para o seu lugar, como de costume, até chegar e soltar uma leve piscadinha para mim, e em seguida se sentar normalmente.

Ele piscou para mim.
Sim, para mim.
Wow.

Não sei explicar, muito menos descrever o que senti naquele momento.
Uma bagunça de sentimentos.

Meu Camisa 7 - Cris Jr. Onde histórias criam vida. Descubra agora