Meu Camisa 7 - Cris Jr.

capítulo 23

ponto de vista de Marina Becker.

O relógio marcava duas da tarde quando nossos amigos começaram a chegar na casa do amor da minha vida, quero dizer, Cristiano.
Eu e o garoto tiramos a conclusão que não seríamos capazes de cuidar daquelas quatro crianças sozinhos, e como solução, achamos uma ótima ideia chamar nosso grupo para nos ajudar nesse trabalho. Sem contar que, tudo se torna muito mais divertido quando estamos todos juntos.

Avisamos que iríamos à piscina nessa tarde, e assim, cada um vindo preparado para isso.

Assim que atendemos e abrimos a imensa porta de entrada, dando passagem para quem estivesse alí, me rendi ao abraço desesperado com as meninas, que não sabiam perguntar por outra coisa, a não ser, o que rolou na noite passada.
Por um lado, entendo a emoção e a surpresa delas, e admiro o tanto que estão aguentando sem informação alguma.

Trocamos um high five com cada um e subimos para os quartos, onde nos separamos em meninas e meninos e assim nos prepararmos para irmos ao mergulho. Acho que com isso conseguiremos descontrair as crianças e nos divertir igualmente.
No quarto de Cris ficaram os garotos juntos de seu irmão, já no de hóspedes, aquele que foi preparado especialmente para mim, estava preenchido com as meninas. Eva, Alana e Bella pareciam se divertir no meio de nós, a cada palavra das pequenas soltávamos uma gargalhada totalmente sincera.

Mais cedo, mandei uma mensagem à Carol pedindo para alguma delas me trazerem um biquíni e uma simples troca de roupa, já que estava sem absolutamente nada por aqui, e a mesma me entregou assim que nos sentamos naquela cama confortável.

Lara e Camilla já haviam se jogado naquele colchão faz uns minutos, enquanto eu e Carolina nos aconchegávamos na ponta dele.
Estiquei o biquíni no lençol e me impressionei com sua coloração azul turquesa e um short curto e branco para também usar por cima. Amo e abuso da cor azul, em minha opinião, se destaca perfeitamente em minha pele e em meus fios de cabelo.

- Não ta se esquecendo de nada, Marina? - Lara perguntou com um sorriso de canto, com seu olhar baixo e ainda deitada na cama.

- O protetor solar? - Fiz a garota revirar os olhos.

- Até eu entendi essa, Mah. - Alana cruzou os braços com minha resposta e permitiu com que soltassemos uma risada automática e alta.

- Estamos esperando. - Vez de Milla se pronunciar, e dessa vez, saquei sobre o que queriam.

- Não tem muito o que dizer, a gente só conversou. - Dei de ombros.

Eu imagino a empolgação que deve ser quando você descobre que sua amiga está de volta com o garoto que tanto é apaixonada, mas sinceramente, é meio constrangedor contar cada detalhe.

Em seguida da minha resposta, Eva subiu junto de nós no colchão e parecia chocada com a minha fala mais simples e curta que tudo.

- Conversaram tipo, com os rostos bem próximos, só se for. - Olhou para mim com seus braços cruzados ficando de pé na cama. - E bastante. - Completou exagerada.

- Eva!

- Eu vi hoje, Mari. - Deu de ombros rindo travessa.
Não encontrei e nem pensei em alguma outra reação a não ser tampar meu rosto envergonhado com as minhas mãos, na tentativa de esconder minhas bochechas totalmente coradas e o meu sorriso bobo nos lábios.

A partir daí, a conversa só desabou. Me fizeram contar tudo e mais um pouco sobre o que aconteceu e como nos resolvemos tão bem. E parando para pensar enquanto contava, me fez refletir o quão perfeito foi tudo isso.

No tempo em que as coisas aconteceram, percebi que foi totalmente necessário para ambos. Aprendemos a lidar da melhor forma com isso, mesmo com a dor, a saudade e a falta imensa que sentíamos um do outro, fizemos e respeitamos 100% do tempo de cada um. Foi realmente necessário, se quisemos mesmo seguir para um futuro juntos.
Não posso me esquecer também de todos os concelhos de Georgina, da paciência das minhas amigas por me ouvirem por horas em ligações e da atenção que minha mãe teve em tentar me entender no meio de tudo.
Eu só tenho a agradecer.