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BELLA

Sempre me orgulhei do meu auto controle, sempre tive orgulho de falar que não deixo que a minha emoção seja maior do que a razão. Mas não posso me gabar disso agora, tendo ele aqui na minha frente, faz com que toda a minha racionalidade seja jogada no lixo. Ele faz com que eu tenha a sensação de estar perdendo a cabeça, de deixar somente que meu corpo me conduza e que minha mente e o certo sejam ignorados.

As pessoas não deveriam ter esse poder sobre nós, ainda mais as pessoas erradas. Não é justo que ele tenha tamanho domínio sobre mim. Me sinto uma marionete dele, sendo movida pelas sensações que ele causa em mim, com seus olhos, com suas mãos e apenas estando na minha frente me olhando.

Sinto meu corpo em uma constante vibração, o desejo me consumindo por inteiro. A minha pele está quente, queimando por ele, ansiando por seu toque em cada pedacinho de mim. A minha boca quer mais do que tudo a sua, o beijar como se não existisse amanhã, como se tivéssemos apenas o hoje e nada mais que isso.

Eu sempre gostei do mais simples, nunca gostei muito de esquentar a cabeça com alguma coisa. Mas Dylan me testa, ele faz com que eu queira testar todos os meus limites.

—Bella, a gente está ultrapassando os limites.

Olhei para ele, inexpressiva. Pensando no que ele acabou de dizer. Ele sempre passa dos limites, sempre. Por que eu não poderia?

—É só não colocar um limite — murmurei, olhando nos seus olhos e me aproximando cada vez mais até que meu peito tocasse o seu — Não vamos ultrapassar limites se eles simplesmente não existirem.

Dylan fechou seus olhos e grunhiu, como se estivesse lutando consigo mesmo. Talvez estivesse se segurando, o volume em suas calças entregava que ele queria tanto quanto eu, que nesse momento me desejava tanto quanto eu o desejava.

É tão errado, mas ao mesmo tempo tão certo.

—Não posso passar dos limites Bella, tenho medo de não conseguir me segurar.

—E por que deveria?

—Sei que é Virgem, e eu, eu não sou o cara certo. Estou longe de ser o certo para qualquer uma, mas você, definitivamente não sou o certo para você. Se eu te tocar, vai ser impossível parar, a não ser que você peça e algo me diz que você não vai pedir.

Eu sempre tive uma visão sobre isso, não era grande coisa, não imaginava um momento incrível e perfeito. Mas queria que existisse amor, muito amor envolvido e confiança, paixão, amizade.

Não existe nada disso com Dylan, mas mesmo assim eu o quero tanto que todas as coisas que imaginei se tornam peguenas diante do meu desejo por ele.

—Isso é uma escolha minha Dylan, não sua.

—Não, isso é uma decisão minha também. Não posso fazer isso, eu não mereço.

Ele realmente está tratando a minha virgindade como se fosse algo precioso?

Transar direito comigo não é nada para quem colocou a boca e os dedos bem no meio das minhas pernas.

Aquilo foi sexo, não importa se aconteceu penetração ou não.

—Eu não vou ficar aqui pedindo, é humilhante — eu já tinha perdido a paciência — essa foi a sua última oportunidade de me ter, pode ter certeza que não vai acontecer mais vezes. Nenhuma vez mais.

Me virei, andando rápido e com passos firmes em direção as escadas. Me sentindo uma completa idiota, eu praticamente implorei para ele me tocar e nada. Eu sou uma tonta.

Antes que eu conseguisse colocar os pés na escada, Dylan agarrou meu braço e me puxou com força fazendo com que meu corpo batesse contra o seu, me deixando de frente para ele, olhando seu rosto.

Até o fim Onde histórias criam vida. Descubra agora