BELLA
Empurrei Dylan com força me livrando do seu corpo colado ao meu e suas mãos em mim. Fui para o outro lado do quarto mantendo meus olhos nele, sua expressão era divertida, ele gosta desses joguinhos. Mas eu não gosto. E vou deixar isso bem claro para ele. Isso se eu não expulsar ele daqui aos chutes e gritos por sua tamanha falta de vergonha na cara.
—Você só pode ter algum problema — apontei, completamente indgnada — Ou é simplesmente falta de vergonha, por entrar assim no meu quarto como se fosse algum amigo íntimo.
Dylan se sentou na minha cama, e eu permaneci longe dele. Eu estava nervosa, furiosa na verdade. Enquanto ele estava extremamente tranquilo mexendo nas minhas maquiagens.
Respirei fundo, repassando na minha mente nossos últimos momentos juntos. Quando eu confessei gostar dele, e principalmente quando ele me expulsou da sua vida. E depois quando veio atrás, mas eu o queria bem longe.
Agora que o sentimento que eu sentia por ele já se aquietou, ele aparece aqui como se nada tivesse acontecido.
Isso não é justo, ele não pode brincar comigo assim como se o que eu sentisse não fosse nada.
Ele se distancia e depois aparace aqui falando essas coisas, com provocações e uma intimidade que não existe.
—Sua mãe me convidou.
—Claro que convidou. Infelizmente ela não pensa muito.
As vezes a minha mãe faz coisas que me dão a certeza de que ela não pensa antes de agir, completamente impulsiva.
Convidar o Dylan para o meu aniversário foi loucura, além de ser desconfortável para mim, tem a grande possibilidade de sair uma briga entre ele e o pai.
A não ser que...a não ser que minha mãe convidou ele apenas para afrontar Charlie.
Desde a terapia ela vem tendo uns comportamentos diferentes e não me admira se esse for o motivo.
—Posso ir embora se quiser, não quero te deixar desconfortável no seu aniversário.
Me virei para ele, os cabelos loiros e a pele clara. É tão irônico que ele pareça um anjo.
Um anjo caído.
Dylan facilmente seria confundido com um cara doce, se não fosse as tatuagens, os anéis de prata e um olhar tão frio quando o inverno.
—Tudo bem — dei de ombros — contanto que você e Charlie não briguem, está tudo bem.
—Não vou estragar seu aniversário.
—Já viu Charlie?
—Felizmente não, mas sei que vou trombar com ele a qualquer momento — esse é meu medo — mas fique tranquila, eu não vou arrumar confusão bem no dia do seu aniversário. Eu vou me controlar, prometo.
Sorri para ele, um sorriso em confirmação, que acreditava no que ele estava dizendo.
—Ele tem sido diferente ultimamente — comentei.
—Diferente como?
—Parece que nunca mais foi violento com a minha mãe.
—E você está confortável com isso?
—Não. Não é porque ele não faz mais isso, que anula tudo o que ele já fez no passado. Por mim ela deixava ele agora mesmo.
Dylan concordou com a cabeça, talvez satisfeito em saber que eu jamais perdoaria Charlie por tudo o que fez. Tanto com a minha mãe, quanto com ele.

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Até o fim
DragosteEu queria que fossemos para sempre, queria ir com você até o fim mas você não me deu escolha, não me deu nenhuma outra opção que não fosse te deixar. Me perdi e me esgotei em todas as vezes em que tentamos. Eu me virei, fui embora com o coração part...