Até o fim

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DYLAN

Quando eu recebi uma mensagem me convidando para o aniversário da Bella, eu achei absurdo. Mas não fiquei tão surpreso, a mãe dela se esforça tanto para ter uma família unida e em paz. Bom, No momento em que li, no mesmo instante disse para mim mesmo que não viria, isso não faz o menor sentido. Eu não poderia simplesmente aparecer no aniversário da garota que estava me odiando por eu ser um babaca com ela, e muito menos, entrar na casa do homem que me odeia e que eu também, o desprezo mais do que qualquer coisa no mundo.

Mas, conforme os dias foram passando, eu comecei a cogitar a possibilidade. Eu queria muito ver ela, queria olhar seu rosto depois de tanto tempo sem a ver. E mais que isso, queria pode conversar. Ela simplesmente me bloqueou em tudo, o acesso se tornou impossível.

Fui cara de pau aparecendo aqui, e tive ainda mais certeza disso quando notei a reação dela de início quando me viu. Eu conseguia ver nos seus olhos a raiva e o desconforto em olhar para mim. Naquele instante eu quis correr daqui, mas já era tarde, eu tinha que tentar.

Em meio as discussões, a tensão entre nós dois, Uma chama se acendeu, o calor e o desejo inebriante consumiram nós dois e agora, estamos aqui, com ela ajoelhada na minha frente me olhando nos olhos, e eu, bom, passam tantas coisas na minha cabeça.

Sou uma pessoa horrível, alguém repugnante e sei disso. Mas quando ela me olha, eu sinto como se não fosse tão desprezível assim. Os olhos dela brilham, me olhando de uma forma tão doce que faz com que eu pense que aos olhos de ao menos uma pessoa que realmente sabe o que eu sou, eu não seja um monstro.

Talvez seja por isso que eu goste dela. Porque para alguém, eu não sou tão ruim assim e consigo mostrar quem realmente sou. Me sinto confortável.

Gosto dela, quero ela por perto. Mas sei que não posso manter isso, mesmo querendo muito. Uma amizade séria algo bom se nós dois conseguissimos nos controlar. Agora não é somente com o meu controle que tenho que me preocupar, o dela também está em questão.

Eu ainda estava em vibração, ainda sentia a sensação de prazer percorrendo meu corpo. Juro, que em toda a minha vida, nunca recebi um oral tão bom antes, nunca senti meu corpo em uma sintonia de prazer tão gostosa.

Ela tinha algo diferente, notei isso desde a primeira vez que a vi. De imediato eu me senti atraído, meus olhos a buscavam por toda a casa, a todo momento.

Alguém bateu a porta, os seus olhos serenos se transformaram em uma expressão assustada. Eu também fiquei, dependendo de quem for que está do lado de fora, pode acabar de uma forma não muito boa.

Pensei que poderia ser Charlie, foi a primeira pessoa que veio na minha cabeça e pensei também no que iria acontecer quando Bella abrisse a porta e ele encontrasse nós dois aqui. Mas também, prometi a Bella que iria me manter longe de problemas.

—Eu não vou abrir — murmurou.

—Sabem que está aqui, não pode ignorar. Vai ser pior.

Ela me olhou, preucupada. Me questionei se ela estava com medo do que poderia acontecer por eu estar aqui ou se ela tem medo de Charlie.

Se eu descobrir que ele já fez ou faz algo a ela...juro que o mato sem pensar duas vezes. Eu mato ele.

—Não é a minha mãe Dylan, isso eu tenho certeza.

—Abre, é melhor.

—Por favor, se for ele, não faça nada.

—Te dei minha palavra que não iria arrumar nenhuma confusão no seu aniversário.

Se tem uma coisa que eu valorizo, é a palavra de alguém, tanto de um homem quanto de uma mulher. Quando você diz algo, tem que levar isso a sério e assumir até o fim.