Inês se virou pra trás assustada e fitou Bruna se aproximar com os olhos arregalados.
— A quanto tempo está aí? - Inês perguntou preocupada.
— Pouco tempo, mas suficiente pra descobrir que você é a vó da Marília! - A menina repetiu assustada com a revelação.
— Não diga isso em voz alta! - Inês pediu a puxando pra fora do quarto.
As duas foram em direção à sala da madre, Inês passava pelo corredor apressadamente.
— Então isso é verdade?! - A menor perguntou aflita.
— É sim. - Inês pediu cabisbaixa. — Mas por favor, mantenha isso em segredo. É só o que te peço.
— Mas como posso manter isso em segredo? Marília é minha melhor amiga, e tem o direito, não acha?
— Bruna, isso é uma longa história. Você não sabe nem da metade. - Inês disse cabisbaixa.
— Então as correspondências que você recebia de um tal de Mário Mendonça, eram sobre ela?! - Bruna perguntou.
— Como você sabe disso?
— Você se esqueceu de que eu era a encarregada de pegar a correspondência do convento?
— Oh sim! - Inês assentiu.
— De todas as cartas, metade eram de Mário. - Bruno se recordava.
— Sim, eu implorava para ele me mostrar como Marília estava, mas ele sempre se negava. - Inês disse cabisbaixa. — Só me mandava as cartas dizendo que ela estava bem, e que não se lembrava de mim direito. E isso me doía tanto. - A madre contava.
— Por isso eu sempre te encontrava chorando na sala?!
— Sim, eu perdi 12 anos da vida da minha princesa. - Ela dizia chorando.
— Oh meu deus, Madre! - Bruna se levantou para abraçá-la.
— Bruna, por favor. Não conte à ela, eu estou esperando o momento certo. - Inês pedia de joelhos.
— Se levante! - Bruna pediu preocupada com o estado emocional da mais velha. — Eu não irei contar, mas cuidado porque o momento certo pode ser tarde demais! - A mais nova alertou.
— Minha Marília, ela nunca mudou. Desde pequena defendia todos os seus amigos, e pessoas que mais amava. Gostava de correr por aí sem rumo. E Mário odiava que ela fizesse isso. - Inês se lembrava.
Flashback
— Eu sou a super Marília! E vou salvar a cidade! - Marília corria pelo jardim com uma capa amarrada às costas.
— Marília Dias! - Mário disse sério da porta de vidro.
— Sim, papai? - Ela parou de correr para fitá-lo.
— Pare de correr feito uma criança qualquer, haja como uma moça! - Ele pediu seriamente.
— Mário, deixe-a! Ela está se divertindo, é uma criança e só tem 4 anos. - Inês pedia educadamente.
— Você é a que menos tem direito de dizer qualquer coisa sobre ela. Ela é minha filha.
— E minha neta. E eu sou sua mãe. - Inês disse séria.
— Você não é minha mãe, você quer ser agora. - Ele rebateu sério.
— Parem de brigar os dois, "pu favô"! - Marília pedia assustada. — Eu paro de correr, papai. - Ela disse se sentando na grama.
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My sin - Malila
FanfictionMarília Mendonça, enviada para um convento por seus pais extremamente religiosos. O motivo? Marília gostar de garotas. Uma coisa normal nos dias de hoje, mas não para seus pais, que acreditavam ser obra demoníaca sobre sua filha. Ali estava ela, pre...