33 - Formatura

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— Marília! Você não pode fazer isso! - Maraisa caiu de joelhos no chão, aos prantos. 

— Maraisa, você não entende. Se eu for embora com o meu pai, nós nunca mais iremos nos ver, mas seu for embora sozinha, eu posso me esconder em qualquer lugar e te esperar a minha vida toda se for preciso. - Marília disse abraçando a menor. 

— Você promete pra mim que vai me esperar? 

— Eu prometo. Nem que eu passe a minha vida do outro lado da grade. - Marília selou os lábios das duas. 

Maiara correu e a empurrou na parede a abraçando fortemente. Luísa e Bruna foram em seguida. Hailey e Juliano foram os últimos a fechar o círculo de abraços. 

— Eu amo muito vocês, mas meu pai é um monstro. E eu não quero viver no mesmo teto que ele nenhum segundo à mais. Vocês definitivamente foram as melhores coisas que me aconteceram ao entrar aqui. Mas eu tenho amigas lá fora também, e vocês não imaginam a falta que eu sinto delas. - Marília limpou uma lágrima. 

— Todos nós temos uma vida lá fora, Marília. Mas sem dúvidas esse período aqui dentro vai ficar marcado. - Luísa sorriu. — Nos espere, Mali. 

— Todos vocês. - Sorriu. — Menos você, porque você vai me ajudar lá fora. - Disse abraçando Juliano fortemente. 

— Desde o dia que você pisou naquele aeroporto eu sabia que minha missão é te ajudar. - O rapaz sorriu emocionado. 

— Troye deve ser orgulhoso por ter alguém tão incrível ao lado dele. - Marília sorriu. 

— Mas Mali, quando você vai? - Bruna perguntou receosa. 

— Amanhã, após a nossa formatura. Eu nunca deixaria de cantar nossa última canção, Isa. - Sorriu segurando as mãos da latina. 

— Falando assim parece que você vai morrer, Marília. - Hailey fez o sinal da cruz. 

— E eu posso morrer. Afinal, corremos perigo quando saímos da nossa zona de conforto. - Marília piscou os olhos. — Mas eu continuaria amando vocês lá de cima. Ou lá de baixo. - Completou. 

— Lá de baixo? - Maraisa perguntou. 

— Sim, você é meu pecado. - Marília riu admirando a latina que corou. 

— E você não se sente mal sendo condenada ao inferno por culpa de um amor? 

— Jamais me sentiria mal, sendo condenada por amar alguém como você. Amar você vale qualquer punição, por mais severa que seja. E são poucas as pessoas que fazem valer à pena se arriscar. - Marília disse deixando Maraisa desconcertada. 

— Eu te amo, como eu nunca amei ninguém. - Maraisa sorriu. 

— E você me fez descobrir qual o gosto do verdadeiro amor.

(AMAR JAMAIS SERÁ UM PECADO)

— Quanta melação. - Maiara disse limpando uma lágrima. 

— Vamos descer? - Marília perguntou. 

— Na verdade, quando recebi seu chamado eu logo pensei em trazer comida. - Juliano levantou a sacolinha que repousava em cima da mesa. 

— Estamos dentro. - Maiara disse empurrando todas. 

— Aqui não! No telhado! - Juliano disse rindo. 

Todos subiram com cuidado nas telhas sentindo a adrenalina bater contra seus corpos ao ver a altura em que se encontravam. Eles se sentaram juntos, lado a lado. Juliano colocou a sacola nas telhas e distribuiu sanduíches do Subway para todos. 

My sin - Malila Onde histórias criam vida. Descubra agora