A garota sorriu e voltou ao quarto. Não fez nenhuma pergunta, e Marília agradeceu. Não queria contar pra mais ninguém o real motivo de estar ali. Não por vergonha, mas não gostava de se expor. Entrou na cabine do chuveiro, o frio percorreu sua espinha. Pendurou suas roupas no cabide e girou a torneira. Por sorte a água estava quente, o que a fez entrar por completo na ducha. Se ensaboou corretamente, esfregando as partes mais importantes. Não iria lavar o cabelo por conta da hora, então rapidamente saiu de lá. Ela se secou em uma toalha branca com o símbolo do convento, e pegou o pijama azul claro dado a todas que residiam ali. O fitou por alguns minutos, não era nada bonito. E digamos, bem grande para os que Marília costumava a usar.
— Que pijama mais horrível! - Ela reclamou, mas colocou assim mesmo.
Foi até a cabine sanitária e tirou seu celular do porta-papel higiênico. 17%. Estava dando graças a Deus pela bateria estar durando tanto. Ela foi até o quarto e guardou sua roupa suja em uma das aberturas da mala, quando escutou barulhos na janela. Eram pedrinhas sendo arremessadas. Ao esticar o pescoço, viu que era Juliano. Marilia sorriu e o pediu que esperasse. Precisava sair dali, mas como? Ela se perguntava. Não conhecia nada do convento e ainda por cima se encontrava no 3° andar. Bruna já estava no décimo sono pelo visto, então Marília teve uma idéia não tão brilhante. Como os quartos do convento possuíam enormes cortinas, eram elas que iriam ajudar Marilia. A loira testou a força do tecido se pendurando ainda dentro do quarto, e tudo correu bem. Era hora de testar do lado de fora. Marília nunca teve medo de tentar coisas diferentes, era uma qualidade sua. Escondeu seu celular em baixo do colchão e se apoiou no parapeito da janela. Juliano a observava lá de baixo atônito com as atitudes da loira.
— Você vai se machucar! - Ele tentava dizer lá de baixo.
Marília sorriu e sussurou:
— Eu sou filha do perigo!
Em uma fração de segundo a loira pulou a janela se segurando no tecido que se manteve forte e se esticou até a metade do 2° andar. Marília olhou pra baixo, devia estar a uns 4 metros de altura, porém resolveu pular assim mesmo. Caiu de pés no chão. Aquele salto merecia medalha olímpica. Juliano aplaudiu sendo prontamente impedido por Marília.
— Faça silêncio! Se esqueceu? - Ela riu.
— Desculpe! Trouxe o que pediu, e um agradinho da cafeteria. - Ele respondeu entregando o carregador e um saquinho com Carolinas (Profiteroles) dentro.
Marília deu um selinho nele que riu espantado. Os dois se tornariam grandes amigos. Marília se despediu rapidamente ao escutar alguns barulhos de dentro da igreja. Juliano correu para se esconder e a loira correu pro jardim de trás do convento. Lá ela observou grades botânicas, que só havia visto em filmes. Sem muito pensar se pôs a subir nelas alcançando uma janela qualquer. Assim que entrou viu que era o quarto errado, e se pôs a engatinhar silenciosamente chegando ao corredor de seu quarto.
— Deu tudo certo. - Ela sussurrou se jogando na cama a sorrir.
[Los Angeles, Califórnia]
— Gente se preparem, a menina mais linda do colégio está vindo! - Um menino de no máximo 14 anos gritava pelo corredor.
E ela descia as escadas. Com suas belas pernas um degrau após o outro calmamente.
Ela tinha uma bunda enorme, que fazia os adolescentes em puberdade daquela escola pirarem. Descia de cabeça baixa, após pisar o 1° andar jogou seus cabelos de uma forma sexy para o lado e olhou para frente sorrindo automaticamente.
Vestia uma saia curta preta, e uma blusa brilhante aberta aos lados. Nos pés seu amado salto alto.
— Qual é o seu nome, oh deusa da beleza?! - O menino bobo perguntava babando nela, enquanto se ajoelhava a seus pés.
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My sin - Malila
أدب الهواةMarília Mendonça, enviada para um convento por seus pais extremamente religiosos. O motivo? Marília gostar de garotas. Uma coisa normal nos dias de hoje, mas não para seus pais, que acreditavam ser obra demoníaca sobre sua filha. Ali estava ela, pre...