ᴍɪɴʜᴀ ᴘʀɪɴᴄᴇsᴀ⁴

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Aaron Black

— Aonde vai? - ouvi a voz do meu pai bem atrás de mim

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— Aonde vai? - ouvi a voz do meu pai bem atrás de mim.

— Na casa dos Sales.

— Você gosta muito dessa família não é?

— Sim… eles são legais.

— Gosto que se envolva com pessoas de bem, além de que isso te mantém longe do caos da minha vida.

Olhei sério para ele que estava parado com as mãos no bolso, pelas roupas imagino que ele tivesse acabado de chegar de uma reunião.
Sou basicamente filho de um traficante que se esconde atrás da sua loja de peças de carro, foi por causa dele que criei minha paixão por carros e corrida, amo mecânica seja ela qual for e é por isso que acabei me aproximando do Otávio, o pai dele é dono de uma das maiores oficinas de carro da cidade. 

Consequentemente conheci Emília, vulgo dona dos meus pensamentos mais sujos.

— O pai do seu amigo não quer um parceiro para conseguir peças de carro mais baratas?

— Não. Fica longe deles, não traga problemas. - falei com frieza.

— Parece que conseguiu uma nova família.

— Ao menos eles sabem o significado dessa palavra.

— Amor? Se for esse o significado, saiba que eu te amo filho.

— Se amasse mesmo largaria essa vida. - falei pegando a chave do meu dodge charger.

— Não dá mais, Aaron.

— Agora não mais, mas quando eu pedi a primeira vez dava sim. - virei as costas e saí.

A vida do meu pai é um completo caos, quando eu tinha dez anos fui surpreendido com homens encapuzados invadindo o meu quarto, eles estavam procurando meu pai e não estavam para conversa.
Antes que eu pudesse piscar os três caíram, meus ouvidos zumbiam enquanto eu olhava para os corpos ensanguentados no chão, lembro de ter olhado na direção do meu pai e ver ele machucado e ensanguentado segurando uma arma, logo depois ele pediu para que eu fechasse os olhos e só abrisse quando mandasse, quando finalmente abri os olhos não havia no meu quarto, nem mesmo uma única gota de sangue.

Com quinze anos observei a minha casa pegar fogo, os rivais dele mandaram queimar e aparentemente esperavam que ele estivesse lá dentro porque fizeram isso durante a madrugada, por sorte tínhamos ido ver uma corrida ilegal.

Com dezessete tive que aprender a me virar sozinho, sempre pulando de quarto de hotel em quarto de hotel, meu pai achou que fosse melhor assim, os inimigos dele não sabiam de mim e até hoje não sabem, pelo menos é isso que achamos.

Amor e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora