"Esperar o que? Porque mudar você não vai."

144 17 16
                                    

Otto: - A Luísa estava voltando a pintar para tentar ter algum lucro... e eu... contratei um grupo de bandidos para roubá-los. Mas eu juro, Gustavo, eu juro que eu fiz isso com a melhores das intenções.

Gustavo: - OI? PENDLENTON, QUAL É O SEU PROBLEMA?

Otto: - Gustavo, eu não iria deixar elas morarem em baixo da ponte, eu só queria elas aqui, comigo.

Gustavo: - Você mudou muito, César. Eu sinto muito por isso, mas eu realmente não quero ficar aqui e se puder não me procura mais.

Gustavo vai embora da mansão e volta pro hotel

POV Otto
Mais essa agora. Como eu fui burro, por que eu falei pra ele? Ele vai contar... certeza que vai.

Gustavo chega no hotel atordoado, não acreditava que o Otto seria capaz de fazer isso. Assim que passa pelo quarto de Luísa bate na porta, ela abre e percebe a situação do homem

Gustavo: - Podemos conversar, Luisinha?
Pergunta tentando disfarçar o estado que estava

Luísa: - Claro, Gusta, vem.

Ambos entram no quarto e se sentam na mesa da varanda. Gustavo suspira e conta tudo pra Luísa e assim que tem a coragem de olhar pra ela Luísa com lágrimas escorrendo pelo rosto

Gustavo: - Luísa... não fica assim, eu só te contei porque eu acreditava que você devia saber.

Luísa: - Você fez muito bem em me contar, Gusta. Eu só tô com raiva e medo. Raiva de mim mesma por ter confiado nele e medo por causa da Poliana.

Gustavo: - Ele não faria mal algum a menina, ele é um monstro, mas não é pra tanto, Luisinha.

Luísa: - Olha o que ele foi capaz de fazer... Gustavo, ele roubou meus quadros só pra eu e a minha sobrinha ficarmos dependentes dele. Isso é loucura, muita loucura.

Gustavo: - E o que você pretende fazer?

Luísa: - Minha vontade nesse momento é xingar e xingar muitas e muitas vezes ele.

Gustavo: - Nada que você não tenha feito antes, né?

Luísa: - Realmente.

Gustavo: - Você quer falar com ele?

Luísa: - Quero... pela Poliana.

Gustavo: - Certo. Agora?

Luísa: - Mais tarde. Vou esperar as meninas estarem na cama.

As horas se passam e eram dez da noite...

Luísa vai até a mansão 242 e toca a campainha

Sara: - Desculpa interrompê-lo na sua pesquisa, mas a dona Luísa está na porta.

Otto: - A Luísa? Deixe ela entrar.

POV Otto
vem.

Luísa entra na casa e Otto

Luísa: - Boa noite, Otto.

Otto: - Boa noite, Lu... ísa.

Luísa: - Por que, Otto? E só quero saber o por que.

Otto: - Você quer se sentar? Beber alguma coisa?

Luísa: - Me responde, Otto.

Otto: - Bom... quando a Poliana apareceu na minha vida e depois que eu descobri que ela era minha filha, eu vi realmente uma luz no fim do túnel, era como se algo estivesse mudando, mas eu pensei mais em mim do que nela... do que em você. E eu realmente peço desculpa, eu fui um escroto, mas Luísa... eu realmente fiz tudo porque queria vocês por perto, não fiz por mal... de verdade.

Luísa: - Como você tem coragem de falar que não fez por mal? Otto, você tem noção do quanto foi difícil pra mim? Pra Poliana?

Otto: - Luísa, eu sinto muito de verdade...

Luísa: - Otto, você foi capaz de pedir para roubarem meus quadros no momento que eu mais precisei.

Otto: - Mas eu nunca seria capaz de fazer nenhum mal a você, Lu.

Luísa: - Não seria? Otto, você já fez muito mal a mim, não necessariamente você tem que machucar uma pessoa fisicamente para magoá-la.

Otto: - Eu sei...

Luísa: - Ótimo, Otto, você reconheceu o que fez... eu só peço para que não faça nada a Poliana. Tchau, Otto.

Luísa se vira pra ir embora e Otto a segura levemente pela mão

Otto: - O que você veio fazer aqui?

Luísa: - Eu precisava ouvir isso de você... agora eu ouvi e eu preferia não ter ouvido.

Otto: - Luísa, me desculpa, por favor.

Luísa: - Não, Otto, eu não posso fazer isso. Espero de verdade que você um dia pare com isso, que um dia você mude, a Poliana merece um bom pai.

Luísa tenta ir embora novamente e Otto a segura

Otto: - Espera, Luísa.

Luísa: - Esperar o que? Porque mudar você não vai. Eu realmente me arrependo e muito de ter confiado em você, você não é digno da confiança de ninguém. Eu só tenho dó da Poly, mas eu não posso mudar essa situação, até isso você tirou de mim.

Luísa sai da mansão e Otto, ele se senta no sofá, as lágrimas pesam sobre seus olhos, Otto queria sumir...

POV Otto
E no final a culpa é sempre minha. Sempre foi, sempre vai ser. Eu nunca devia ter trazido elas para perto de mim, eu não sou uma boa pessoa e nunca vou ser. Eu não vou colocar em jogo a felicidade da Poliana.

Otto se decide que deveria se afastar da filha

Apenas um toque... mas de quem será o toque? (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora