Luísa saiu de lá, mas o "de lá" não saiu dela

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Quebra de tempo: 22 horas

No hospital estavam, Durval, Marcelo, Otto, Poliana e João, Glória e Gustavo haviam ido pra casa

O Médico adentra a recepção

Médico: - A Luísa já não corre mais risco.

Todos suspiram aliviados

Poliana: - E a gente já pode ver ela?

Médico: - Poder pode, mas acontece que ela não quer que ninguém a veja da forma que está, principalmente você e o menino.

Poliana: - Doutor, ela é minha tia, eu quero muito ver ela.

Médico: - Infelizmente eu não posso liberar.

Médico tira o olhar de Poliana e olha pros demais da sala

Médico: - Um tal de Otto ainda tá aqui ou foi pra casa?

Otto: - Sou eu.

Médico: - Se você quiser pode entrar, mas apenas dez minutos, depois ela tem que tomar os medicamentos.

Marcelo: - Por que ele pode e nós não?

Médico: - A Luísa só permitiu a entrada dele, eu não posso fazer nada.

Marcelo: - Você não vai deixar eu falar com a minha noiva depois de uma semana perdida, é sério isso?

Médico: - Eu não posso fazer nada.

Médico olha pra Otto

Médico: - Você vem?

Otto assinte com a cabeça e segue doutor até o quarto

Médico: - Pode entrar, vou ir checar outro paciente.
Diz enquanto ambos estavam em frente a porta

O médico sai e Otto adentra o quarto

Luísa: - Otto?

Otto: - Oi, Lu...
Diz enquanto fechava a porta e se aproximava da maca

Luísa: - Como tá todo mundo?

Otto: - Preocupados com você, mas bem na medida do possível.

Luísa: - Que bom.

Otto: - E como você tá?

Luísa: - Acho que não muito bem, né...
Comenta dando um leve riso

Otto: - Mas você vai ficar... eu sei que vai.

Luísa: - Vou sim... Otto, quem tá na recepção?

Otto: - A Poliana, Durval, Marcelo e João, a Glória acabou de ir pra casa e o Gusta a levou, por que?

Luísa: - Nada...

Otto sabia que ela queria saber se o Marcelo estava , por mais que ela não falasse

Otto: - Ele tá bem preocupado, acho que você deveria deixar ele entrar.

Luísa: - Acho melhor não.

Otto: - Ele ficou um pouco irritado... não entendeu porque você só liberou pra mim e pra ser sincero nem eu entendi.

Luísa: - Isso passa, daqui a pouco ele se acalma.

Otto: - Você não respondeu minha pergunta.

Luísa: - Eu também não sei, eu só queria te ver.
Desvia o olhar de Otto enquanto falava, estava bem envergonhada

Otto pega na mão dela

Otto: - Tá tudo bem, eu amei ter sido escolhido.
Diz enquanto acariciava a mão da mesma com o polegar

Luísa: - Você sabe quando eu vou receber alta?

Otto: - Lu, até um pouco tava todo mundo achando que você não acordaria, acho difícil essa alta vir rápido.

Luísa: - É... pode ser.

Otto se senta ao lado da maca e continua segurando a mão de Luísa, eles ficam assim por um pouco mais de cinco minutos quando a enfermeira chega com os medicamentos

Otto: - Então eu já vou, Lu.

Otto dá um beijinho na testa dela e volta pra recepção, ao chegar todos se levantam e olham pra ela

Otto: - Ela tá bem na medida do possível, só está cansada.

Durval: - O que ela falou?

Otto: - Perguntou de vocês, como estavam as coisas...

Durval: - Menos mal.

Passa-se a noite e era de manhã...

Marcelo e João vão embora, ficam apenas Otto, Durval e Poliana, além de Cláudia que havia acabado de chegar

As visitas foram abertas e Otto entra no quarto de Luísa

Otto: - Como passou de ontem pra hoje?

Luísa: - Bem e vocês? Dormiram aqui?

Otto: - Sim.

Luísa: - A Poly também?

Otto: - Sim...

Luísa: - Otto, leva ela pra casa logo, ela não pode ficar.

Otto: - Só se for a força né, Luísa... quando eu toco no assunto ela já se estressa.

Luísa: - É, mas eu...

Uma bandeja com medicamentos cai no fim do corredor e o barulho ecoa por ele todo, Luísa fica trêmula e se recolhe, Otto fica assustado com a reação dela, ela realmente não estava nada bem psicologicamente

Luísa: - Desculpa, é...

Otto interrompe

Otto: - Não precisa se desculpar, tá tudo bem agora, Lu...
Diz enquanto segurava na mão de Luísa

Luísa: - Você pode sair? Quero ficar sozinha.

Otto sai do quarto e volta pra recepção ao chegar vai até Durval

Otto: - A Luísa não tá bem. Ela treme com qualquer barulho que ouve, a tortura gerou um trauma imenso nela.

Durval suspira

Durval: - A não... e agora, Otto?

Otto: - Eu espero que o tempo a ajude, mas senão ajudar... precisamos buscar ajuda pra ela.

Durval: - Certo. E Otto... você sabe porque ela só liberou você?

Otto: - Ela tá cheia de hematomas... machucados que foram feitos na mata, acho que ela sente mais confiança, eu tava lá com ela né. Imagino que seja isso.

Durval: - Entendi... deve ser isso mesmo.

Apenas um toque... mas de quem será o toque? (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora