Choques...

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Marcelo adentra a casa e de cara com Otto assim, largado, seu olhar era fundo, era visível sua perda de peso, além da boca seca, ele se assusta, mas logo se recompõe

Marcelo: - Oi, Otto.

Otto: - O que aconteceu?
Pergunta apreensivo e com a clara voz de um bêbado

Marcelo: - Eu só vim pegar algumas coisas da Poliana mesmo.

Otto suspira e cai no sofá que estava atrás dele em sinal de alívio

Otto: - Ufa...

Otto volta o olhar pra Marcelo

Otto: - Quais coisas?

Marcelo mostra a lista pro homem

Otto: - Eu vou lá pegar.

Marcelo: - Tá bem.

Otto sai da sala, Marcelo começa a pensar no que viu, o homem totalmente perdido, embriagado, além das garrafas no canto da sala, o que será que estava acontecendo com Otto? Ele não tinha cara de ser depressivo, muito menos alcoólatra

Em alguns minutos Otto volta com uma caixa com as coisas da menina e da pra Marcelo. O mais novo pega a caixa e olha pro irmão

Marcelo: - Otto, tá tudo bem?

Otto: - Está sim, Marcelo.

Marcelo: - Você... é...
Diz desviando o olhar e voltando novamente pro grisalho

Marcelo: - Você é alcoólatra?
Diz perdendo a vergonha, seu receio era maior

Otto: - E você se importa?
Pergunta com um sorriso sarcástico

Marcelo: - Não.

Otto: - Então.

Marcelo: - Mas minha mãe sim, ele me pediu respostas e é isso que eu vou dar.

Otto: - Diz que não. Diz que eu tô ótimo.

Marcelo: - Você tá me pedindo pra mentir?

Otto: - Você não estará mentindo.

Marcelo: - O que tá acontecendo? Você não tá legal.

Otto solta um riso sarcástico

Otto: - Você sabe o que tá acontecendo. Então, vai lá, conta isso pra Glória.

Marcelo: - Cara, por que isso?

Otto: - Será que dá pra me deixar em paz?

Marcelo: - E você tá em paz, Otto?

Otto: - Não te interessa, Marcelo, agora... se puder ir.

Marcelo: - Você tá se fazendo de vítima, é isso mesmo?

Otto olha com um olhar incrédulo pra Marcelo

Otto: - Isso nem é uma pergunta.

Marcelo: - Você não é o mocinho, Otto.

Otto: - É, eu não sou. Você é.

Marcelo: - O que você quis dizer?

Otto: - Nada, Marcelo, vai embora.

Apenas um toque... mas de quem será o toque? (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora