A noite passa e já eram cinco da madrugada...
Otto acorda com um pouco de sol batendo no seu rosto, ele puxa um pouco mais da blusa dele pro rosto de Luísa para ela não acordar. Ele se levanta com cuidado e se senta do lado de Luísa, seu nariz estava escorrendo, mas nada que ele não pudesse suportar. Depois de um tempo Luísa acorda e se levanta
Otto: - Bom dia.
Luísa: - Bom dia.
Otto: - Você pode me dar minha blusa? Eu me sinto pelado de regata.
Fala meio sem graçaLuísa da um risinho e entrega a blusa e ele que a coloca
Otto: - Bem melhor. Luísa, podemos fazer o que falamos ontem? Eu quero sair desse lugar logo.
Luísa: - Podemos sim.
Ambos começam a andar pela mata em busca de algo ou alguém. Depois de um tempo, Otto vê uma mochila no chão e pega. Dentro dela tem três garrafas de 1 litro vazias, dois isqueiros, e duas barrinhas de cereal. Ele coloca nas costas e ambos seguem
Corte de tempo: 15 horas
Luísa e Otto estavam andando desde as cinco da manhã, ambos estavam fatigados, Luísa se senta no tronco de uma grande árvore e Otto se senta ao seu lado
Luísa: - Eu tô com medo.
Otto: - Medo de que, Lu?
Luísa: - De nunca mais ver quem eu amo, Otto.
Otto abaixa a cabeça
Luísa: - A gente tá a mais de sete horas andando nessa mata, não achamos nada praticamente e nem um sinal de água.
Otto: - Realmente... Luísa, eu queria só te dizer que vai ficar tudo bem, mas a verdade é que eu não sei se vai, eu vou fazer de tudo pra isso acontecer... mas eu não sei.
Luísa: - Otto, tá tudo bem... eu não tô preocupada por mim, eu tô preocupada pela Poliana, ela não merece perder a tia e o pai, ela já perdeu tanta gente, Otto. E eu... eu não quero morrer assim.
Otto: - Eu sei que isso não o que você amaria ouvir, mas eu tô aqui, Luísa, pro que der e vier. Não vou te deixar, tá bem?
Luísa: - Otto, eu não sei se é uma boa você continuar comigo, eu meio que tô te atrasando, talvez sem mim você tenha mais chance de voltar a ver a Poliana.
Otto: - Luísa, se eu voltar a ver a Poliana vai ser com você, eu não vou sair daqui. Para de falar bobagem.
Luísa: - Eu não sei mais o que fazer... a gente tá a dois dias sem beber e comer nada. Você talvez aguente mais, mas eu... eu não consigo passar mais dois dias sem água.
Otto: - Luísa, eu vou fazer de tudo pra termos água, a gente até achou uma mochila com umas garrafas vazias, uma hora aparece.
Luísa: - É... pode ser.
Otto passa o braço por de trás da Luísa
Otto: - A gente vai sair daqui... juntos.
Luísa apoia sua cabeça no ombro de Otto
Luísa: - Eu te perdoo, Otto e me desculpa por não ter tido isso antes.
Otto ficou extremamente radiante quando ouviu aquilo, ela o perdoou, por mais que não acontecesse nada entre eles isso era muito importante pra Otto. Ele apoia a cabeça dele na dela e com o polegar acaricia o seu braço
Após um tempo naquela posição eles ouvem uns estrondos, pareciam.... TROVOADAS! Antes que pudessem se tocar uma chuva começa a cair e ambos se olham
Otto: - Eu não disse?
Luísa corre pra longe da árvore e estende seus braços sentindo a chuva cair sobre ela. Otto pega as três garrafas na mochila e deixa abertas embaixo da chuva, ele corre e se taca no chão sentindo a chuva cair na seu abdômen
Luísa: - Que sensação... QUE SENSAÇÃO!
Otto solta um risinho com Luísa. Ambos abrem suas bocas para a chuva cair, finalmente matam sua sede
Otto pega as duas barrinhas de cerais e dá uma pra Luísa, ambos comem as suas e logo depois ela dá um abraço nele e é retribuída
Luísa: - Nunca gostei tanto de chuva na minha vida, Otto.
Otto: - Nem eu, Lu... nem eu.
Falam enquanto ainda estavam abraçados. Otto gira a Luísa com uma mão e logo envolve ela em outro abraço, ambos estavam rindo e muito
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Apenas um toque... mas de quem será o toque? (CONCLUÍDA)
RomansaApós a mudança de Luísa D'Ávila a casa do misterioso César Pendlenton, ou melhor, Otto Monteiro pela descoberta dele ser o pai de Poliana D'Ávila, tudo muda. Luísa estando de casamento marcado com Marcelo Pessoa, não sabe o que fazer. Aliás, ela est...