Boas notícias, Poly Poly!

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Durval Gustavo na frente do quarto chorando e vai até ele

Durval: - Como ela tá?

Gustavo: - Nada bem, Durval, nada bem...

Durval: - Opá...

Gustavo: - Com licença, eu preciso tomar um ar.

Gustavo sai do corredor e vai pro jardim do hospital, havia algumas crianças correndo, outras chorando... ele se senta em um banco perto de uma fonte

Gustavo suspira e fixa seu olhar na água que caia

Gustavo: - E agora? E agora? Nossa, mas a gente não tem um minuto de paz também, todo dia tamo aqui... Nesse hospital.

Gustavo: - Mas vai ficar tudo bem... eu sei que vai. A Luísa vai melhorar, ela vai.
Diz tentando fazer si mesmo acreditar nisso

Gustavo fecha os olhos

Gustavo: - Eu não sei, eu não sei se ela vai melhorar.
Diz abrindo os olhos novamente e suspirando

Corte de tempo: 20 horas

Mansão 242

Otto estava jogado no chão da adega, sim, jogado, essa é a melhor palavra pra descrever, ele estava encostado em uma prateleira, com uma garrafa de whisky em mãos, ele estava totalmente embriagado, com o olhar fundo e a boca seca

Sara aparece no cômodo e Otto olha pra mesma

Sara: - Senhor, está tudo bem? Você está molhado e bem fora de si.

Otto: - Está tudo bem, Sara.
Diz com a voz mole

Sara: - Não está, senhor. Você diz uma coisa, mas os sensores dizem outra.

Otto: - Eu não ligo pros sensores, saia daqui, Sara.

Sara: - Tudo bem.

Sara se retira da adega restando somente Otto. O homem fecha os olhos e simplesmente dorme

Passa-se dois dias

Hospital; quarto de Poliana

Gustavo: - Mas, Poly, logo, logo, você sai dessa maca.

Poliana: - Eu só queria ver minha tia.

Gustavo: - Ela também quer muito te ver, logo, logo tudo vai melhorar. Tá bem?

Poliana assinte, mas não muito convencida

Gustavo: - Ei, ei! Você não confia em mim?

Poliana: - Ela não pode mais andar, Gu... eu só queria poder dar um abraço na minha tia agora.

Gustavo: - Eu entendo, Poly.

Poliana: - Eu queria que tivesse acontecido comigo, tio, não com ela.

Gustavo: - Poliana, não! Não fala mais isso, você não sabe a dor que a sua tia sentiria com isso.

Poliana: - Eu falei sem pensar, mas é que... sei lá.
Diz cabisbaixa

Gustavo: - Eu sei, Poly, tá tudo bem.

Na recepção

Durval: - Não, de verdade... muito obrigado, Marcelo, por todo apoio.

Marcelo: - Não precisa agradecer, Durval.

Durval: - Precisa sim. Você não é da família, mas fica aqui o dia todo, você e João.

Marcelo: - Eu gosto muito da Poliana e da Luísa, você sabe, o João então...

Durval: - Sei, sei sim.

Durval sorri

Antes que ele pudesse dizer algo o Médico entra na recepção

Médico: - Durval?

Durval: - Sim.

Médico: - A Poliana já pode ir pra casa.

João se levanta

João: - Sério?

O Médico sorri

Médico: - Sério.

Marcelo: - Que ótima notícia. Podemos levar ela agora?

Médico: - Então, eu tô com uns documentos dela meio atrasado... preciso da assinatura do pai dela, já que é o responsável legal da menina. Eu não vi ele aqui... então.

Marcelo: - Ele não virá, doutor.

Médico: - Aconteceu algo com o rapaz?

Marcelo: - Ele não vai mais cuidar dela.

Médico: - E o que eu faço?

Marcelo: - A Luísa tem guarda compartilhada com a menina. Pode ser a assinatura dela?

Médico: - Não é o ideal, mas eu dou um jeito.

Marcelo: - Muito obrigado, doutor.

O Médico se retira da recepção e Durval vai com Marcelo até um canto da recepção

Marcelo: - Vocês não vão falar com ele?

Durval: - Falar o que, Marcelo? Olha o que esse maluco fez. Ele não vai chegar perto da minha família de novo.

Marcelo: - Eu entendo, o Otto é um idiota, porém você acha que ele vai aceitar isso?

Durval: - Não tem o que aceitar. É isso ou eu denuncio ele.

Marcelo: - Realmente, tá todo mundo louco por causa disso de android.

Durval: - Pois é.

Marcelo: - Tudo bem, então. Mas onde a Luísa e a Poly vão morar? Já que a Luísa não anda mais... não pode morar sozinha.

Durval: - Eu não tinha pensado nisso.

Marcelo: - Minha casa está disponível, tem um quarto livre que pode dormir as duas, é até que espaçoso.

Durval: - Por mim tudo bem, mas a Luísa... bom, aí eu já não sei.

Marcelo: - É...

Gustavo chega na recepção e vai até eles, suas expressões eram tensas

Gustavo: - Tudo bem por aqui?

Marcelo: - Tudo sim. A Poliana recebeu alta.

Gustavo: - Que ótimo, mas por que essas caras então?

Marcelo: - A gente tava falando sobre onde elas vão ficar já que a Luísa não vai poder mais morar sozinha.

Durval: - Na minha casa não dá. Aí a gente pensou na casa do Marcelo, mas você sabe né...

Gustavo: - Elas podem vir pra minha, moro sozinho mesmo, iria amar ter a companhia das duas.

Durval: - Por mim tudo bem.

Gustavo: - Tá certo então.

Corte de tempo: 20 minutos depois

João e Durval ajudavam a menina a sair do hospital, logicamente que antes ela passou no quarto da tia e ficou um bom tempo . João acompanha a amiga até o carro

João: - Amanhã eu apareço lá pra te dar um oi, Poly.

Poliana sorri e assinte com a cabeça. Durval deixa um beijo na testa da sobrinha e fecha a porta do carro. Gustavo entra e eles seguem em direção ao apartamento do homem

Apenas um toque... mas de quem será o toque? (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora