LIVRO DO MIDAS, o queridinho de vocês 🥰
Depois de ser cruelmente iludido pela mulher que amava, que só estava usando ele para ficar com os chefões, Midas se muda para o Morro do Santé. Longe da família de coração e dos amigos, tenta arduamente reco...
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Mais um dia normal na boca, resolvendo problemas e mais problemas. Se eu soubesse que ser dono de comunidade daria tanto trabalho, não teria aceitado esse Morro de presente.
E pra piorar, o Queiróz tá embaçando na minha, cheio de perguntinhas sobre minha antiga vida, e antigas namoradas. Não tô gostando.
Ainda bem que tá quase na hora do almoço, assim me livro dele por uma hora e meia.
FF - Eu peguei essa morena ontem. - Apontou a tela do celular na direção do D2.
D2 - Pegou como, homem? - Tirou o celular das mãos do outro, avaliando bem.
FF - Levei ela pro barraco e foi sequencia de socadão.
Revirei os olhos.
Midas - Vocês não tem mais nada pra fazer? - Os dois me olharam.
D2 devolveu o celular do FF, e os dois saíram da minha sala. Queiróz seguiu no canto dele, mexendo no celular. Depois de uns minutos, deu o horário do almoço e ele se levantou.
Queiróz - Quer almoçar lá em casa?
Respirei fundo e pensei bem antes de responder. No momento, eu e o mano não estamos no nosso melhor momento, então quanto mais distante ficar, melhor. Eu não perco a paciência com facilidade, apenas não gosto que pergunte do meu passado, sendo que deixei claro que sai do Morro do Vidigal para me reerguer.
Midas - Vou almoçar no bar da dona Nêna. - Avisei, encarando ele.
O mesmo deu de ombros e saiu da boca. Também me levantei, tranquei tudo e fui de moto até o bar. Pedi uma marmita caprichada e fui comer em casa, quieto.
[...]
Acordei elétrico por causa de um sonho ruim que tive com a Manu e a Sophia. As duas pareciam muito assustadas, bastante medo mesmo. Em um lugar escuro e apertado.
Sentei na cama e passei as mãos no rosto, indo no banheiro em seguida. Joguei água gelada no rosto umas três vezes, e depois soltei um mijão pra aliviar a bexiga. Escovei os dentes e voltei para o quarto, pegando o meu celular em cima da mesa de cabeceira. Disquei o número da Manu e liguei, deixando no viva-voz, pois vou passar protetor solar no rosto, daqui a pouco tenho que ir na boca e o sol tá torrando.
Manu: Oi. - Senti sua agitação logo no início.
Midas: Oi, loira. Tudo suave?
Manu: Não! Eu tô indo na UPA levar a Sophia, ela tá com febre e agitada pra caramba. Nunca vi ela assim, só quando os dentinhos estavam nascendo.
