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Morro do Santé, Julho.

MANU

MARATONA 02/05 

Finalmente vou sair desse hospital com os meus filhos e o meu namorado, que é um pai babão

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Finalmente vou sair desse hospital com os meus filhos e o meu namorado, que é um pai babão. Midas ficou do meu lado o tempo inteiro, deixando o morro na segurança do Queiróz e do FF.

Ele não quer sair do nosso lado, tem receio que o Pardal faça algo comigo e com os nossos filhos. E eu entendo ele perfeitamente, também compartilho desse mesmo receio.

Midas - Vou levar as bolsas para o carro, tá? Já volto. - Beijou minha testa, depois minha boca. - Eu te amo.

Manu - Eu também te amo, grandão. - Sorri e beijei ele novamente. - Já aproveita pra ver se as cadeirinhas estão bem presas no carro, tá? - Ele aceitou com a cabeça.

Ryan beijou a testa dos filhos e saiu do quarto, fechando a porta em seguida.

Virei de costas pra porta e continuei arrumando a roupa dos gêmeos, para eles se sentirem confortáveis. Escutei a porta abrir novamente, mas não olhei.

Manu - Esqueceu de algo, amor? - Coloquei a chupeta na boca do Renan, que já estava fazendo bico de choro.

Escutei passos, mas não obtive respostas, então virei e meu sangue gelou quando vi o Pardal apontando uma arma pra mim, enquanto tinha os olhos focados nos gêmeos.

Pardal - O cara é foda mesmo, veio logo dois de uma vez. - Sorriu de canto.

Manu - Não sei o que você veio fazer aqui, mas não é uma boa ideia, Pardal. - Engoli a saliva com dificuldade. - Vai embora, por favor. - Apontei para a porta.

Pardal - Fica quieta, tá? Só...fica quieta! - Passou a mão na cabeça, ainda apontando a arma pra mim.

Eu pensei em falar algo para acalmar ele, mas parece que a minha voz só deixa ele mais irritado.

Pardal - Vem comigo! - Avançou para pegar o meu braço, mas eu fui para trás e bati com as costas na cama, balançando a mesma de leve. Olhei para os meus filhos, vendo que eles se mexeram, mas não acordaram. - Faz o que eu tô mandando, Manuella! - Avançou mais uma vez, agora conseguindo segurar o meu braço com força.

Manu - Tá me machucando, Pardal! - Reclamei baixinho, com medo de acordar meus bebês.

Não quero que ele machuque os meus filhos.

Pardal - Eu não precisaria fazer isso se você deixasse eu ver a minha filha. - Bateu com a arma na minha cabeça, fazendo um gemido de dor sair da minha boca. - Fica quieta e me segue, entendeu? - Cochichou no meu ouvido.

Manu - Não posso deixar eles desse jeito, vão cair da cama. - Olhei para eles, depois voltei meu olhar para o desgraçado. - Deixa eu colocar eles no berço, aí eu faço o que tu quiser.

Ele aceitou e me soltou, apontando a arma pra mim novamente. Peguei o Rafael com cuidado e levei até o berço, deixando um beijo na sua cabeça, depois fiz o mesmo com o Renan.

Sem ele notar, segurei a prancheta que fica nos pés da cama e me virei com rapidez, batendo com a prancheta no seu rosto. A arma caiu no chão, e eu fui rápida em pegar ela e apontar para ele, que tá me olhando com ódio.

Pardal - Por que as coisas contigo tem que ser tão complicadas? - Negou com a cabeça.

Manu - Tá falando sério? - Ri sem um pingo de humor. - Agora tu tá fodido, Pardal.

Ainda apontando a arma pra ele, caminhei de costas até a mesa ao lado da cama e peguei meu celular, usando a minha digital para desbloquear e abrir minha conversa com o Midas.

Manu: Pardal tá aqui!

Ele deve tá ocupado guardando as bolsas e checando as cadeirinhas dos bebês, então é melhor dar um toque.

Midas: O que foi, linda? - Sua voz soou no alto-falante do celular.

Manu: Vem rápido pro quarto!

Midas: O que aconteceu? - Ouvi a porta do carro bater.

Manu: Pardal tá aqui.

Midas: Merda!

E a ligação foi encerrada.

Larguei o celular em cima da mesa novamente e segurei a arma com as duas mãos.

Manu - Qual era o teu plano? Por que tu não tá nervoso?

Pardal - Acha mesmo que vou te contar os meus planos, Manuzinha? - Tombou a cabeça para o lado. - Olha só, eu sei que você não vai atirar em mim, então eu vou sair antes que o teu macho chegue.

Ri.

Manu - Tu sabe que eu vou atirar, sim. - Rosnei.

Pardal - Quer mesmo acordar os teus filhos com o barulho do tiro? Fora que vai atrair médicos, enfermeiras e polícia. Tenho certeza que cê não quer os policias aqui, amorzinho.

Ele tá certo. Se souberem que eu atirei, vão me prender, e de quebra vão levar o Midas junto.

Manu - Some daqui, Pardal! - Ele sorriu convencido e saiu correndo do quarto.

Me apoiei na cama e soltei a arma em cima da mesma, passando as mãos nos cabelos. Segundos depois o Midas entrou no quarto com a arma em mãos, mas abaixou ela quando viu só eu e nossos bebês.

Midas - Cadê ele? - Guardou a arma no cós da bermuda e chegou mais perto, segurando meu rosto com as duas mãos. - O que foi isso na sua testa?

Expliquei tudo que aconteceu, recebendo um abraço acolhedor.

Midas - Que inferno! Esse desgraçado sempre acha um jeito de se safar.

Manu - Vamos embora?

Ele aceitou e me ajudou a pegar os gêmeos.

[...]

Deixei os gêmeos dormindo nos berços, liguei a babá eletrônica e saí do quarto, deixando o abajur ligado e a porta encostada. Entrei no quarto meu e do Midas, vendo ele sentado nos pés da cama, mexendo no celular.

Manu - Vou tomar banho, tá? - Deixei a babá eletrônica do lado dele.

Midas - Tá. Eu vou lá fora falar com o Queiróz, mas já volto.

Aceitei e beijei ele antes de ir pro banheiro. Tirei minha roupa, liguei o chuveiro na água morna e soltei o cabelo, quero lavar ele hoje. Tô cansada e acho que esse banho vai me deixar um pouco melhor.

Depois de lavar bem meu corpo e meu cabelo, vesti o roupão e sequei o chão do banheiro. Depois fui até o quarto e escolhi uma calcinha de renda branca e um top de academia rosa escuro.

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SEM REVISÃO!

Meu Recomeço - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora