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SEM REVISÃO!

Morro do Santé, Novembro.

MIDAS

Hoje é aniversário da Sophia, e eu não consigo achar um presente decente

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Hoje é aniversário da Sophia, e eu não consigo achar um presente decente.

Sou péssimo comprando bonecas ou qualquer outro brinquedo infantil. Pensei em dar uma bicicleta, mas ela só tem 3 anos, ainda é nova. Pedi ajuda pro Queiróz, mas ele é pior que eu, queria dar um patins pra criança.

FF - Quando foi aniversário da minha filha, levei ela em uma loja e deixei a mesma escolher o que queria. - Falou olhando pra mim.

É uma ideia boa, na verdade.

Midas - Acho que vou fazer o mesmo, é mais fácil.

Peguei meu celular no bolso e mandei mensagem pra minha dona.

Midas: Tá ocupada?

Loirinha: Não, grandão.

Loirinha: Quer o quê?

Midas: Vou levar tu e a Soph pra almoçar no shopping.

Midas: 11:30 busco vocês aí.

Loirinha: Poderia ter avisado mais cedo, né? Tô terminando de fazer o almoço.

Midas: Deixa pra janta, linda. Beijos.

Loirinha: Beijos, doido.

Guardei o celular no bolso da bermuda e chamei o Queiróz no radinho.

Midas: Brota aqui na boca, Queiróz.

Queiróz: Tô chegando, patrão.

Uns 10 minutos depois ele apareceu, e o FF saiu. O mano sentou de frente pra mim, do outro lado da mesa, e me encarou sério.

Midas - Tenho que sair, tu fica no comando até eu voltar. - Avisei.

Queiróz - Beleza, mané. - Tirou a verdinha do bolso e acendeu. - A Brenda vai fazer um bolo pra Sophia hoje, não sei se ela já avisou pra Manu.

Midas - Também não sei. - Me levantei. - Tô indo nessa, liga se precisar de algo.

Fiz um toque com ele e fui pra casa me arrumar.

[...]

Manu - Oi, amor. - Ficou na ponta dos pés e me beijou. - Entra, vou só pegar minha bolsa lá no quarto.

Entrei e fechei a porta, deixando ela ir até o segundo andar. Caminhei até o cercadinho e fui recebido pela Soph com um sorriso enorme. Peguei a pequena no colo e beijei sua bochecha gordinha.

Midas - E aí, anjinho.

Sophia - Parabés pra mim. - Falou, toda animada.

Midas - Isso aí, anjinho, feliz aniversário.

Escutei passos e olhei na direção do barulho, vendo a Manu observando a gente. Minha loira tá linda com um vestido verde claro colado e uma sandália branca.

Manu - Podemos ir? Tô doida de fome. - Aceitei e saímos de casa.

Arrumei a Soph na cadeirinha, enquanto a Manu trancava a casa. Depois abri a porta pra minha loira, recebendo um beijo em agradecimento. Sentei no banco do motorista e liguei o carro, metendo marcha pra fora da comunidade.

Quando entramos no shopping, fomos direto pra área de alimentação, que estava lotada. Escolhemos uma mesa com três cadeiras e sentamos, logo sendo atendidos por um garçom.

Manu - A Brenda vai fazer um bolo pra Soph lá na casa dela e do meu primo. Tu vai, né?

Midas - Vou, loirinha. - Coloquei minha mão na sua coxa. - Eu não sabia o que dar de presente pra Soph, então eu vou levar ela em uma loja de brinquedos e vou deixar ela escolher. Tu apoia?

Manu - Claro. - Sorriu.

Nosso pedido chegou e eu esperei a Manu dar comida pra Sophia, depois comi junto com ela. Assim que terminamos de comer, paguei a conta e fomos para a sorveteria mais próxima. Pedi um cascão de chocolate e baunilha, e a Manu pediu um cascão de uva e nata, com calca de chocolate e granulado colorido.

Sophia - Cavalinho. - Apontou para o cavalo com rodinhas, um brinquedo bobo pra criança.

Manu - Quer brincar, filha? - Ela concordou, toda animada.

Manu soltou ela no chão e entregou o dinheiro para o cara que cuida dos brinquedos. Coloquei a Soph em cima do cavalo e peguei o controle com o cara, guiando ela pelo shopping, mas só naquele corredor. Enquanto ela brincava no cavalo, Manu tirou algumas fotos e foi mandando pra Brenda, que se derreteu com a fofura da afilhada.

Brenda: Sophia tá crescendo, logo vai querer um irmãozinho.

Foi a mensagem que eu vi ela mandar pra minha loira. Quando senti que ela ia me olhar, virei meu rosto para a Sophia, fingindo estar interessado no maldito cavalo estranho.

[...]

Midas - Pode escolher o que cê quiser, anjinho. - Já escolhi a loja, agora só falta a Soph escolher o que ela quer ganhar.

Ela ficou por um bom tempo olhando tudo com incerteza, até chegar no corredor dar bonecas que são praticamente do tamanho dela.

Manu - Tu vai sair daqui falido. - Riu, e eu acompanhei ela.

Midas - Não me importo, vai ser por um bom motivo.

Abracei a loira por trás, apoiando o queixo no topo da sua cabeça. Ela colocou as mãos por cima da minha e relaxou o corpo.

Manu - Ainda é teu sonho ser pai um dia?

Midas - Sim. Mas não se sinta pressionada, beleza? Diferente do meu relacionamento com a Alice, eu sei que tu quer, só tenho que esperar o teu tempo.

Manu - Que bom que tu sabe que eu jamais faria contigo o que aquela vaca fez.

Sorri.

Midas - Confio em ti muito mais do que confiei nela, Manuella. Desde o primeiro momento que te vi, soube que podia confiar em ti de olhos fechados. E também sabia que ia me apaixonar por ti com facilidade. - Beijei o topo da sua cabeça, depois voltei a apoiar meu queixo.

Manu - Bom saber que sentimos a mesma coisa.

Depois de longos minutos, Sophia escolheu uma boneca exatamente do tamanho dela, com lindos cabelos ruivos e olhos verdes. Chamei uma atendente para pegar a boneca no alto com a escada e depois fomos para o caixa. Paguei a boneca caríssima e saímos da loja.

Sophia - Soninho. - Abraçou uma perna da Manu.

Entreguei a sacola com a caixa da boneca pra Manu e peguei a Soph no colo, deixando ela confortável o suficiente para dormir.

Midas - Quer fazer mais alguma coisa?

Manu - Tá com tempo? - Aceitei. - Vamos ao cinema?

Midas - Bora.

Fomos até a área do cinema, e deixei a Manu escolher o filme. Depois de pegar os dois ingressos, fomos comprar pipoca e refrigerante.

Manu - Amo filme de terror. - Falou, animada.

Sentamos nas poltronas e eu arrumei a bebê no meu colo, com cuidado para ela não acordar. Passei meu preço pelo pescoço da Manu e deixei ela me dar pipoca na boca.

Meu Recomeço - FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora