CAPÍTULO DEZ

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KILLIAN ROSSI

"O que devo fazer?"

Eu me perguntava, eu ainda estava acomodado no banco de passageiro enquanto Vicent estacionava o carro.

Eu mexia nervosamente minhas mãos.

Sentindo sentimentos de indecisão quando ele finalmente desligou o carro e o som do se extinguiu sobrando só o som das nossas respirações. Tudo que fiz nos próximos dois minutos foi automático.

Sai do carro junto com ele, e caminhamos até ao elevador, vendo ele chamar o mesmo. Assim que entramos, ele apertou em seu andar que era o décimo segundo e o mesmo começou a subir.

" Que merda estou fazendo? Indo dormir na casa do meu chefe? Eu nem sei quais são as intenções dele."

Minha mente entrou imediatamente em pânico.

E se ele me matasse?

Não teria ninguém para avisar e ninguém sentiria minha falta. Não sabem que eu vim dormir aqui, então ele não poderia ser acusado de assassinato já que-meu santo, eu vou morrer!

Meu corpo imediatamente ficou tenso quando o plim foi ouvido e as portas se abriram. Saí com ele da grande caixa de metal, caminhando até a porta do seu apartamento, e observo ele digitar uma senha na fechadura eletrônica.

"Será que quando eu passar por essa porta ele vai me atacar? Minha morte vai ser lenta ou rápida? Eu sei que disse que queria morrer algum tempo outras, mas eu não tô pronto pra morrer"

— Killian? — Levantei meu olhar para ele que já estava dentro do apartamento segurando a porta para eu poder entrar — Por favor, entre.

"Chegou minha hora...mas eu ainda nem fiz faculdade. Eu deveria ter feito faculdade assim que terminei o ensino médio, eu deverei ter me casado e saído mais. Eu vou morrer."

— Killian?

Respirei fundo antes de caminhar em direção a minha morte.

— Com licença.

Disse entrando no apartamento, o barulho da porta se fechando e as chaves sendo colocadas em cima da mesa.

— Sinta-se a vontade.

Ele disse passando por mim.

— Quer tomar banho antes de comer algo?

— Hã...pode ser.

— Vem.

Ele disse segurando meu pulso e praticamente me arrastando até um quarto, que parecia ser o dele.

— Bem, o banheiro é ali — Ele diz apontando uma porta branca que havia no quarto — Ali fica o closet, encontre alguma coisa que sirva em você. Tem cuecas novas na terceira gaveta no lado direito, de baixo das jaquetas — Ele diz apontando para um local que tinha um grande vidro fosco — Tem pasta de dente, escova e sabonete na segunda gaveta do banheiro, ah, e as toalhas estão na segunda porta do armário do banheiro — Ele diz apontando para os locais.

E eu passei o olhar por todo o quarto. O seu quarto tinha um tom calor e suave, que fazia a pessoa se sentir confortável mesmo não estando em casa. Mas eu ainda me sentia nervoso.

— Se precisar de alguma coisa é só me chamar.

— Ah-ok. Obrigado.

— Sinta-se em casa — Ele diz e eu afirmo com a cabeça, vejo ele se virar e sair do quarto fechando a porta.

Imediatamente me sentei na cama, tentando controlar minha respiração.

— O que eu tô fazendo?

Me perguntei, levando um grande tempo para levantar da cama. Tomei um banho demorado, mas isso não ajudou a relaxar, pelo fato que eu estava na casa do meu chefe.

Entrei no closet, vendo uma grande quantidade de roupa. Primeiro peguei uma cueca, onde ele havia falado ter e ali havia todos os tamanhos, peguei uma branca e analisei seu closet para encontrar algo para vestir.

Peguei uma camisa preta e um short também da mesma cor que serviu perfeitamente em meu corpo, oque era estranho por sua cintura ser mais larga que a minha.

Me analisei no espelho, passando a mão entre os fios do meu cabelo. Fui em direção a minha mochila e peguei meu celular vendo que o mesmo estava descarregado. Procurei meu carregador por toda a mochila e não o encontrei nem nos bolsos do lado da mesma.

Me dei por vencido e desistir em continuar minha procura.

Ainda meio receoso e com o celular em mãos, sai do quarto caminhando pelo corredor. Aproveitando as pequenas passadas para observar o mesmo que tinha o mesmo estilo de cores que o quarto. Cheguei a sala que era linda, os sofás em um tom claro com almofadas pretas, um grande tapete da mesma cor que a almofada em frente ao sofá e uma teve enorme de frente pro mesmo.

Olhei para o lado direito, tinha uma lareira com duas poltronas em frente a mesma, mas não pude deixar de observar o grande vidro que ficava no local que deveria estar uma parede. Mesmo achando estranho, não me contive em observar o céu noturno da cidade enquanto a neve caia.

Realmente uma bela vista.

Mas ainda me mantinha incomodo e temeroso, pelo fato daquele vidro poder ser transparente e alguém poder me ver do outro lado.

Deixei meus pensamentos mirabolantes de lado quando senti um cheiro estranho, mas gostoso ao mesmo tempo. Caminhei em direção ao cheiro, chegando na cozinha que era verdadeiramente luxuosa.

O som de talheres batendo contra a panela, o cheiro de manteiga derretida com um tempero desconhecido fez o meu estômago roncar.

Mas o surpreendente era o fato que ele estava cozinhando.

Meus olhos seguiram cada movimento seu, vendo o quanto ele parecia concentrado cortando algo que eu não conseguia ver oque era.

— Vicent?

Vi ele levantar sua cabeça e parar de cortar oque sei lá era aquilo, observei um sorriso espontânea surgir em seus lábios.

Meu coração acelerou.

Mas fiquei intrigado.

— Aí está você — Ele diz colocando a faca de lado — É alérgico a frutos-do-mar?

— Não.

— Então sente-se estou preparando nosso jantar.

— Jantar?

— Sim — Ele diz pegando a faca novamente e voltando a corta.

— Você está cozinhando?

— Sim, estou cozinhando pra você.

Ele estava cozinhando pra... mim?

UMA NOVA VIDA PARA O CAPO - A FAMÍLIA BLACK - LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora