Meu Garoto Jordan

69- Um oi?

Continua...

JORDAN

A sensação de morte era como dormir com dor? Uma dor insuportável na garganta... um incômodo nos braços. E algo forte queimando nossas narinas?Eu provavelmente estou no inferno, isso é certo pela situação em que estou. Se existe paraíso eu não teria mérito de nem mesmo pisar lá.
Mas então os meus olhos imploram para se abrirem, um tipo de camada grossa cola meus cílios longos na parte superior. Que porra estou fazendo?!
Um apito seguido invade minha audição e vejo uma fraca luz a minha frente. Tudo que consigo perceber é que tem a porra de um tubo na minha garganta!

Me debato com a ânsia de vômito e dois enfermeiros correm na minha direção. Uma mulher estranhamente parecida com a antiga enfermeira da minha realidade infernal. Droga! Eu estou aqui ainda!

Eles gritam meu nome e tentam me tranquilizar de alguma forma. Não consigo ouvir nada que eles me dizem.

Que porra! Eu não sai desse mundo bizarro!

Talvez eu estou realmente louco...

— Acalme-se, Sr Lowe. O senhor está em um hospital em Nova York. Consegue me compreender?

Tento colocar minhas mãos dentro da boca para retirar o tubo.

Um dos enfermeiros me pede para respirar fundo e puxam lentamente. A sensação é horrível, desconfortável e dolorosa pra caralho.
Consigo sentir o gosto de sangue vindo do tubo e vomito seja lá o que estava no meu estômago.

— Olhe para a luz, certo? — Tento focar na droga da lanterna e meus olhos lacrimejam.

Quanto tempo eu fiquei dormindo?

— Melhor chamarmos o Dr.

Diz uma das enfermeiras.

— Jordan, consegue nos ouvir normalmente?

Assinto com a cabeça e noto meus batimentos se acalmando.

— Ele tem os movimentos das mãos e dos pés pois se debateu bastante. Chame o Dr.

Encaro meu quarto de cima a baixo. A nova prisão temporária.

— Quem me trouxe? — Pergunto baixo.

Quem me encontrou na estrada?

— Você se lembra do seu nome? Está vendo quantas pessoas aqui? — Fala a enfermeira. — Lowe?

— Sou Jordan Lowe... Günther. — Os enfermeiros se encaram. — Tem 3 enfermeiros aqui. 2 Homens e uma mulher.

— Perfeito. Você se lembrou do seu sobrenome alemão também.

Um Dr aparece no quarto vestindo um uniforme vermelho escuro. Ele faz as análises de sempre e fico na expectativa de que eles me deixem em paz.

— Está sentindo alguma dor ou incômodo?

— Estou com dor de cabeça. — Falo simplesmente.

— Certo, ja avisamos os familiares.

Reviro os olhos.
Não tenho família no outro mundo!

Dylan entra no quarto apressadamente e preciso respirar fundo para não revirar os olhos novamente. Tudo tão igual! Ele se aproxima da cama.

— Jordan! Que bom que está bem... tivemos...

— Medo do pior, você nos deu um baita susto. — Completo sua frase e ele cai na risada.

— Com certeza esse é o meu Jordan.