Meu Garoto Jordan

60- O Preço da morte.

JORDAN

Afasto com o dedo o fio de cabelo que está deslizando por meu rosto. Demora 7 segundos para que eu me lembre que é impossível meu cabelo ser tão cumprido assim. Abro meus olhos e vejo Ayanna deitada de frente para mim. Estou em cima da barreira de travesseiros que eu mesmo havia feito.

Droga... Eu mesmo passei.

Reviro os olhos para eu mesmo e retiro minha mão de dentro da camisa dela. Minha mão está tão quente que sinto desconforto por tirar ela dali.
Ayanna está em um sono completamente tranquilo, aparentemente. Seu rosto está relaxado e ela parece linda e serena.
Fazia tanto tempo que eu não acordava assim com ela... Será que Aya está conseguindo o que quer? Fazendo-me se apaixonar por ela novamente? Isso é impossível.. eu me tranquei para ela mas então o que estou fazendo agora?

Hmmm... estou em um tipo de missão impossível.

Ela cheira tão bem.
Ela é tão linda.
Seu cabelo é tão perfeito.
Ela é tão atraente e sexy.

Estou fazendo isso de novo!

Fecho meus olhos frustrado.
Eu deveria tratar ela da mesma forma que fui tratado ou então transformar tudo isso em um verdadeiro inferno para ela. Mas e se?

E se eu pudesse apenas viver na paz que ela me trás? Claro que ela me confunde mas quando estou em suas mãos é como se todos os problemas sumissem de vez.
Eu estaria sendo idiota novamente?
O que faço agora? Quero ela mas não posso suportar ser humilhado novamente. Passar por tudo aquilo ou coisa pior. Mas ela está tão disposta para mim que seria um verdadeiro desperdício não aproveitar.

Ayanna se move para frente e encosta sua cabeça na minha. Sua perna se move para cima do meu quadril e ela não parece ter ciência do que fez.

Suspiro fundo ao olhar para sua coxa deslizando para cima do meu... Porra, melhor tirar. Mas no entanto, não faço nada e sinto meu membro querendo viver. Se eu me virar de frente vai ser pior. O despertador toca e respiro aliviado quando ela se move.

— Bom dia. — Falo enquanto ela processa onde está.

— Bom dia. — Fala com a voz sonolenta.

Sorrio no automático.

Ela analisa os travesseiros e um sorriso travesso surge em seus lábios.

— A "barreira" não deu certo, né?

Balanço a cabeça.

— Infelizmente não.

— Sei "infelizmente". — Faz aspas com os dedos.

Me sento e observo ela rir.

— Anda, levanta logo que temos que ir.

Ela cobre a cabeça com o edredom e entro no banheiro deixando a porta aberta. Escovo os dentes e tiro a calça para tomar um banho.
Aperto o recipiente de shampoo e aplico no cabelo fazendo espuma de imediato. Fecho os olhos para enxaguar e tenho a sensação de estar sendo observado. Passo a mão no rosto para tirar o excesso do rosto e olho por cima do ombro. Como imaginei, Ayanna está parada recostada no batente da porta do banheiro olhando com malícia para minha bunda. Sorrio disfarçadamente quando ela molha os lábios.