Meu Garoto Jordan

52- Decisões erradas.

JORDAN

Todo ódio que jamais pensei que existisse em mim, estava presente naquele momento. O ciúmes cegava meus olhos e caminhei lentamente até o quarto onde Hardin estava. Com duas batidas ele abriu a porta.
Eles transaram... Isso não podia ser real. Minha Ayanna tinha se entregado para outro. E eu como um idiota não transo desde que ela me deixou. Aquela raiva me consumia de dentro para fora e Hardin não ajudou com sua primeira palavra.

— O que você quer, babaca?

Acerto um soco em seu olho que faz Hardin perder o equilíbrio. Estou sem noção da minha própria força... Ele se levanta em choque e tenta me devolver um no estômago, já que não alcança meu rosto. O miserável falha e devolvo um que tira seu fôlego. Dou um chute entre suas coxas e ele grita.

Tomara que nunca mais consiga usá-lo, seu filho da puta.

Hardin cai de joelhos com as mãos no membro que só estava coberto por sua cueca.

— P...porra!O que eu ...fiz?

— Você fez tudo. — Falo e com um último soco ele cai.

Saio do quarto e bato a porta.

A culpa é dela! O meu ódio, falta de controle, minha dependência, ciúmes, estresse, dores, arrependimento! Tudo é culpa dela!

Ela está conseguindo acabar comigo.

Pego um maço de cigarro e saio daquela festa sem esperar pelos caras. Nunca deveria ter vindo.
Eu queria ver ela, mas não com outro. Bufo sem paciência.
Ayanna transou com outro... ela deixou claro que não me pertence mas então como eu posso me sentir tão dela?...

Eu amava cada sexo com ela. Um era sempre melhor que o outro. Seu corpo e pele eram tão macios. Ela sempre foi muito sensível aos meus toques. Tinha uma boca de outro mundo e nossos gemidos viravam música juntos. Estávamos sempre em sincronia nos movimentos e isso me fazia ir ao céu. Nunca quis outra depois dela.
Mas agora... eu queria ser capaz de transar com qualquer uma. Igual os velhos tempos.

Mas eu não conseguiria.

Me sento em cima do banco da pequena praça.

Trago até sentir meus pulmões arderem. Queria que qualquer dor fosse melhor que essa... Minha garota não era mais minha. O corpo era somente dela agora. E sim. Estou com raiva, muita raiva!
Meu celular vibra no meu bolso e vejo outra ligação da minha mãe.

Dessa vez eu atendo.

— Até que enfim, Jord! Por onde você estava?

— Trabalhando. — Respondo.

— filho, você não me respondia a mais de uma semana. Você está bem?

Respiro fundo.

— Mãe, tudo que você precisa saber é que... Eu vou ficar bem, eu prometo. — A linha fica em silêncio.

— Eu sinto que você não está nada bem, se quiser pode vir para Alemanha comigo. Eu só quero ver você bem. Recebi a ligação da escola dizendo que você foi suspenso por agredir um professor e que constantemente vem tendo atitudes agressivas.