Meu Garoto Jordan

50- Uma história, dois lados.

JORDAN

Observo Ayanna de cima a baixo enquanto ela anda até o seu carro. Tudo o que eu menos queria é que ela tivesse que voltar para casa mas ela não pode ficar grudada em mim.
Ainda sim, me sinto estranho quando nos despedimos e ela me diz "tchau". Isso pesa mais que levantar 200 kg com os braços. Porra, o que é isso?!
Por que estou com essa sensação estranha de que não vou ver ela depois desse tchau? Tento tirar esses pensamento da minha mente e vejo seu carro sair pelo estacionamento. Me viro para subir e chego rapidamente ao meu apartamento. Medusa está enrola sobre si mesma e nem se dá ao trabalho de levantar a cabeça quando entro.

Ponho sua manta sobre ela e a observo dormir um pouco. Esse apartamento parece tão chato sem a Anna aqui e absolutamente tudo me lembra ela felizmente.

Meu celular vibra e deixo tocar ao ler o nome da tela.

Depois de algumas insistências eu decido aceitar.

— Porra, como você é chata!

— Eu mandei você vir aqui ontem, Jordan! Se esqueceu?

Ahh, merda. Me esqueci disso.

— Eu esqueci.

— Venha logo antes que minha mãe fique mais brava do que já está! — Nego e ela se irrita. — Jordan, ou você vem ou então vou te infernizar pro resto do ano.

— Você é insuportável!

Encerro a chamada e pego a chave da Ferrari.

— Eu já volto, neném.

Vejo notificações da Everly mas ignoro suas mensagens e dirijo até a casa da Cameron. Passo em uma joalheria e pego a pulseira que mandei fazer para Anna.
A linda e delicada pulseira possui os mesmos rubis que meu anel e um pequeno pingente de moto de cristal brilha no meio da pulseira. Cada letra de seu nome está grifada em 6 dos rubis. Guardo na caixinha preta de veludo e sorrio enquanto sigo o caminho para a casa da Cameron.

Sorrio por imaginar sua reação.

Será que ela vai gostar? Moto, Lowe?! Isso é coisa que você faz... mas ela talvez entenda minha intenção. Foi depois daquele dia na moto que tomei minha decisão de querer ela.

Estaciono o carro e saio do mesmo com passos apressados.
Toco a campainha e Cameron atende a porta. Ela está bem arrumada e parece que estava ansiosa com algo.

— Oi. — Diz e reviro os olhos.

— Pode me entregar logo?

— Entra aí, minha mãe foi no mercado e já volta.

Bufo sem paciência.

— Não posso esperar muito tempo, Cameron!

— Ela já vem.

Entro e coloco minhas mãos dentro do bolso da jaqueta.

— Quer beber alguma coisa?

— Não. — Respondo, notando que esqueci meu celular no carro. Porra! — Manda sua mãe vir logo.

— Ok. — Ela começa a digitar algo no celular e bebe a água que pos no copo. — Ela disse que está no caixa do mercado.

Suspiro sem paciência.

— Por que está com tanta pressa? — Me pergunta.

— Porque eu tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar aqui esperando sua mãe.

— Essas suas "coisas importantes" podem esperar muito bem. Ninguém mandou você não vir ontem como disse.

Encaro seu rosto.