Meu Garoto Jordan

76- O favorito.

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JORDAN

— Quer parcelar, Sr?

Tiro os olhos do celular por breves segundos e balanço a cabeça para a mulher do caixa.

— No débito. — Insiro o cartão preto e a mulher me encara de cima a baixo. — Valeu.

— Obrigada, volte sempre.

Se Deus quiser, nunca!

Entro no carro e sigo para a casa da Anna.
Não da pra acreditar que aquela cara de maconha fez aquilo. Se a Anna quisesse eu tiraria ela daquele hospício de loucos.
O único que se salva ali é o Sr Louis. De resto
são loucos, dignos de um manicômio. Eu faria de tudo pra tirar a Anna de lá mas ela nunca deixaria o pai dela.

— Ei, Lowe! Faz tempo que também não te vejo. Hoje é o dia das surpresas.

Sorrio com fingimento e ele libera o portão para mim.

Quando paro em frente a porta minhas mãos soam de repente. Sem saber o que me espera lá dentro eu toco a campainha.

— Residência dos Pembertons. O que posso ajudar? — A idosa que abre a porta me analisa de cima a baixo. — Ah... você é o Jordan Lowe, não é?

— Sou. A Anna me ligou. — Mostro as sacolas para ela e a velha parece ter entendido na hora.

— Acontece que a Senhora Briana já está aqui. E o senhor não pode entrar.

Reviro os olhos.

— Oh vel... Senhora! Eu estou pouco me fudendo para essa bruxa com cabelo de dragão. Eu vim ver a minha namorada. Então por favor me deixe entrar.

— Melina!? — Escuto a voz do capeta. — Melina? Preciso de um café expresso urgente!

— Estou indo, Senhora! Garoto, não posso te deixar entrar.

Perco a paciência mas respiro fundo.

— Ótimo, então você não deixou. — Empurro a porta tomando o cuidado para não machuca-lá.

— Ei!

Quando atravesso a sala para subir dou de cara com ô demônio em pessoa. Seus olhos me analisam com espanto e logo depois surge a incredulidade nela.

— O que diabos você está fazendo aqui!? Saia imediatamente!!

— Eu vim ver a Anna e não você! — Ela ri.

— Você está na minha casa e não na dela!

— Que eu saiba, essa casa, a empresa, os carros, os funcionários, as outras casas, o dinheiro, os cartões e tudo que pertence ao Louis é da AYANNA!

Ela fecha os punhos.

— Você não sabe de nada! Saia da minha casa ou eu vou chamar a polícia!

— Chama caralho! Vai lá!

Ayanna aparece na ponta do primeiro degrau de cima e me olha com preocupação. Enrolada em uma coberta e com o rosto vermelho como se tivesse chorado por longos minutos.