Adrian Domenly
Dormimos abraçados. Na noite anterior, eu a puxei para mais perto enquanto ela dormia. A sensação de tê-la acordando em meu peito foi algo indescritível. Ela ainda está adormecida, e o sol já está alto. Hoje é sábado, e vou trabalhar de casa. Me permito ficar com ela deitada mais um pouco. O cheiro dela é um vício, e o calor do seu corpo colado ao meu é uma tentação irresistível.
Vejo seus olhos abrindo lentamente e se fixando em mim. Ela dá um sorriso tímido, e suas bochechas se tingem de rosa. Porra, ela é linda. Ela se levanta, afastando-se um pouco de mim.
— Que horas são? — Pergunta com uma voz doce, ainda entre o sono e a vigília.
Pego meu relógio e olho.
— São oito da manhã.
— Ainda é cedo para um sábado.
Ela volta a se deitar, mas não no meu peito. Puxo-a de volta para mim, e ela não faz nenhum som ou tenta recusar. Talvez eu esteja gostando demais dela aqui. Caralho, estou perdido.
Durmo mais uma hora com ela até que decido me levantar. Fecho a cortina com cuidado para não incomodá-la, tomo um banho rápido e desço.
Vou até a cozinha onde Maria, responsável pela casa, está ocupada. Não costumamos comer juntos nos fins de semana, geralmente estamos de ressaca ou ocupados com outras coisas.
— Maria? — Chamo-a.
— Sim, senhor? — Ela se vira para mim. Maria é a mais antiga na casa e praticamente a governanta.
— Leve meu café para o escritório e prepare algo para a Lisa.
— Sim, senhor.
Subo as escadas até meu escritório. Meu tio José vem hoje para discutirmos alguns contratos. Ele é um caralho de chato, tanto nos negócios quanto na máfia, achando que não sou um bom cabo. Respiro fundo quando a porta é aberta por Collen, maldita mania de entrar sem bater.
— Por que você não bate?
— Não há necessidade! — Ele dá de ombros e se senta na cadeira em frente à minha mesa.
— Parece que uma das fábricas de drogas não conseguiu produzir o suficiente.
Já é cedo e já tenho problemas para resolver. Isso me deixa tão puto.
— Por quê?
— Parece que não chegou produto suficiente para o ensacamento.
Jogo minhas costas na cadeira e balanço-a de um lado para o outro.
— Se não chegou, é porque houve algum erro.
— Acha que alguém pode ter desviado o produto?
— Acho que tem alguém tentando me enganar. Vá verificar, castigue quem for o culpado, e se for roubo, mate.
— Considerado feito.
— Leve o Tomy com você.
Ele balança a cabeça em sinal de concordância e sai da sala. Tomy é um dos nossos melhores homens e entende bem do produto.
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OS MAFIOSOS - ADRIAN DOMENLY
RomanceLisa Ranet vê sua vida virar de cabeça para baixo quando seu irmão contrai uma dívida com um mafioso. Ela tenta de todas as formas encontrar uma solução para pagar a dívida, mas sem sucesso. Sem outra saída, Lisa acaba fazendo um acordo com Adrian D...