OS MAFIOSOS - ADRIAN DOMENLY

CAPÍTULO 54

Depois de transarmos, não quis me levantar da cama por que é onde nós entendemos mais é sempre aqui seja na conversa ou transando.
Adrian, está sentado encostado na cabeça da minha cama e eu estou do lado dele, vestindo uma camisa para que finalmente ele pare de olhar os meus peitos porque me deixa com vergonha.
-parece que cicatrizou mesmo.
Estou mostrando a ele a ferida do tiro, ele estava insistindo muito para ver.
-Lisa? - Ele me chamando pelo nome sei que vem algo sério, a expressão dele muda para durar e me sento de frente para ele -você precisa saber que nunca errei um tiro na vida.
-Isso eu sei, todos falam sobre isso.
-não - ele baixou o olhar antes de olhar para mim e parecia ser algo delicado sobre o que ele queria falar, ele está com o olhar vazio -meu pai era um doente, até com os filhos e ele aprendeu que para me tornar bom tinha que colocar algo que me importava a prova e...
Nunca vi o Adrian perder as palavras e a expressão dele é fria, mas algo me diz que isso o machuca.
-Meu pai, ele entendia que para me punir tinha que colocar quem eu me importava na mira da minha arma.
Não pude deixar de arregalar os olhos de surpresa, Adrian pegou minha mão e fez um leve carinho.
-Ele sempre colocou o Collen, Marco e até o Vincent, se eles faziam algo errado tinha que atirar nele e se eu acertasse era porque eles mereciam, nunca acertava de verdade apenas de raspão para que meu pai entendesse que eles pagou, se eu errasse matava meu irmão, então treinei muito e aprendi a atirar muito bem - ele respirou fundo - não ia atirar no Daniel para valer era só uma forma de castigá-lo.
-não posso acreditar que seu pai fazia isso com os próprios filhos.
Falei em uma voz um tanto triste, posso não ter o melhor pai do mundo, mas pelo menos ele não fazia isso.
-está tudo bem - ele levou a palma da minha mão até a boca beijando ela -já passou, mas preciso que você entenda que não queria matar o seu irmão, mesmo que ele estivesse tentado me matar.
-Agradeço por isso, mas preciso que você arrume outro tipo de punição como conversar?
Ele abriu um sorriso, o que me fez sorrir também de forma genuína.
-por que se por acaso eu também merecesse uma punição?
Ele abriu um sorriso safado com o meu comentário e me jogou na cama subindo em mim, ele ainda está nu e posso sentir ele todo, que se apóia apenas nos cotovelos.
-Para você eu tenho uma punição especial.
Ele me beijou, em um beijo lento envolvendo as nossas línguas soltei um pequeno gemido e eu precisava falar com com ele sobre o meu pai antes que ele descobrisse.
-Adrian?
Falei empurrando ele para separar os nossos lábios ele resmunga um pouco mais separou.
-Diga minha espertinha .
-Também preciso dizer uma coisa - respirei fundo antes de falar -meu pai era um traidor e fugiu para a máfia...
-Eu sei - ele me interrompeu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha -eu sei, quem é seu pai e o que ele fez! Sei que é só uma fachada isso que ele fugiu com uma mulher rica.
Uma onda de surpresa me atacou e fiquei impressionada, mas ele manteve a expressão neutra e um pequeno sorriso curto no rosto, ele ainda está em cima de mim apenas apoiado nos cotovelos.
-Sou o chefe da máfia amor, sempre descubro as coisas.
Ignorei tudo o que ele falou, pequena parte em que ele me chamou de amor me fez abrir um sorriso.
-você me chamou de que?
Ele fingiu pensar, depois olhou para mim com uma expressão divertida no rosto.
-amor? Acho que foi isso.
-Para brincar comigo.
-não estou brincando, Lisa.
Então a expressão dele se tornou dura e percebi que realmente não se tratava de uma brincadeira para ele, ele disse que não era disso e acho que isso é um grande avanço.
-Adrian...
Ele me deu um beijo e me impediu de falar um beijo quente e delicado, quando ele se afastou entendi que ele precisava de mais um tempo para pensar.
-Está bem, mas tem uma coisa que você não sabe.
- o que?
Engoli em seco antes de falar, tenho medo da reação do Adrian.
-Meu pai me prometeu o filho dessa do Coltrepes?
Se passou um segundo dois, e a expressão do Adrian mudou para muito furioso com a mandíbula travada e os olhos em chamas.
Como?
Ele se levantou de cima de mim e me olhou ainda com a expressão muito muito furiosa.
-eu também não sei, minha tia recebeu uma ligação do meu pai e falou alguma coisa.
Adrian, se levantou furiosamente e começou a pegar as roupas dele do chão se vestindo.
-Aquele desgraçado irá pagar.
-Adrian?  - chamei, mas ele não me olhou -adrian?
Ele finalmente me olhou, não estou entendendo o que está acontecendo, mas o olhar dele é de que alguém irá morrer muito em breve.
-oi espertinha?
-O que está havendo?
Ele terminou de vestir a calça fechando ela e se inclinou sobre a cama para me dar um beijo suave na boca.
-Vamos para a minha casa, preciso discutir com o Vincent e com o Colleen se é guerra que o Diogo quer é guerra que ele terá!
Que não! Não quero que as pessoas morram por causa de mim! Isso foi só ideias loucas do meu pai que nunca vi.
-Adrian, não comece uma guerra por mim!
Pedi. Ele apenas colocou a camisa de gola e puxou as mangas até os cotovelos antes de me olhar.
-Essa guerra já estava para explodir, esse foi o último deslize do Diogo.
-mas Adrian?
Ele veio até mim e segurou meu rosto entre as mãos e me dando  um beijo em forma de me tranquilizar.
-Vamos para a minha casa, não irei deixar você sozinha e nem sobre vigia.
Ia desafiar mais vi preocupação no olhar dele e não queria preocupar ele mais que o necessário, ele ainda parecia um pouco furioso e não adiantaria eu começar um debate com ele sobre isso.
-Está bem.
Fui até o guarda roupa e vesti uma roupa rapidamente, um short jeans tive dificuldade em fechar o sutiã mas os mãos do Adrian me arrancaram primeiro fechando ele, vesti a blusa.
-Pronta?
-sim.
Adrian, pegou a minha mão e fomos em direção a saída da minha casa, o celular dele tocou e ele tirou do bolso atendendo.
-Sim, preciso que você vá para a mansão agora.
Ele falou e podia jura que era o Vincent, Adrian parecia muito irritado e está com o olhar cheio de ódio posso ver o Sammer na frente da minha casa em pé. Ele faz um leve movimento com a cabeça de cumprimento.
Lembro que tenho que avisar a minha mãe e assim que pego no meu bolso não sinto meu celular.
-meu celular.
Falei ao Adrian que ainda falava ao celular, ele suspirou e ia voltar quando coloco minha mão no peito dele impedindo que se mexa.
-Volto já só vai demorar um segundo.
Ele balança a cabeça como um sim e voltou para casa abrindo a porta rapidamente deixando ela aberta já que não vou demorar, vou até a cozinha vendo meu celular no balcão, assim que o alcanço uma voz profunda e rouca fala, nas minhas costas
-Quer dizer que é verdade.
Assim que me virei encontrei uma versão do Daniel alguns anos na frente e os olhos frios de quem deixou a família a anos, percebi tarde demais outro homem na minha costas, como se estivesse me encurralando.
-Pai? - perguntei incrédula -o que você está fazendo aqui?
Ele tentou se aproximar de mim, mas dei um passo para o lado para poder ficar de frente para eles.
-Eu sou seu pai! Não está feliz em me ver.
-Você fugiu a anos, Não tem direito de querer ser um bom pai agora.
Meu pai riu ,deu uma risada curta e olhou para mim com um olhar de indiferença.
-E ele tem? - ele fez um gesto para a entrada da casa - ele é o chefe da máfia, imagina minha surpresa quando ele veio e me falou que você tinha virado puta do chefe da máfia.
-Ele quem? - perguntei querendo ganhar tempo para que Adrian entrasse aqui tempo suficiente.
-ele.
Meu pai fez um gesto para um canto mais escuro da sala e lá estava o Antony, um pouco mais magro e com o cabelo parecendo que não é cordato a meses.
- Antony?
-Oi Lisa.
A voz dele é carregada de tristeza e sem emoção.
-mas como?
Perguntei, Anthony abriu a boca para falar quando meu pai o interrompeu.
-Não temos tempo vamos!
Ele estava achando mesmo que eu iria com eles? Não com certeza não. Quando não me mexi, meu pai fez um gesto para que o homem viesse até mim e percebi o pano na mão dele.
Tentei correr mas não deu certo meu pai entrou na minha frente e usei todas as minhas forças em um única tentativa de socorro.
-ADRIAN!