CAPÍTULO 49

3.1K 235 20
                                    

Acordei com o sol da janela no meu rosto e abri os olhos, já são 9 horas do dia, não sei em que momento dormi, com choro e latejar desse braço. Não tô com vontade de sair, queria ficar aqui, peguei meu celular e vi várias ligações do Adrian, a última mensagem dele dizia.

Precisamos conversar, se não quiser atender irei aí!

Sempre querendo dar ordens, superei irritada ele acha que pode me controlar? Ele não pode, não sou um brinquedo dele! Ele atirou em mim! Caramba. Alguém bate na porta do meu quarto e vejo o Daniel, ele não está com uma aparência nada boa, ele tá com o rosto todo machucado.
- Você está horrível!
Meu irmão senta na cama e me olha com um olhar triste e culpado.
- Não, mais que você.
Falei sorrindo, para tentar descontrair um pouco, estamos muito desgastados com tudo o que aconteceu.
- acho que preciso começar te pedindo desculpas por tudo, por ter me envolvido com a máfia, por ter deixado você ir no meu lugar.
Meu irmão parecia abatido e com os olhos tristes e ele finalmente está se libertando da culpa e só posso ficar aqui ouvindo ele.
- Eu não dedurei eles a ninguém de outra máfia eu só...- ele parecia pensar em alguma coisa  - não gosto deles, muito menos do Adrian sinto que ele vai te fazer mal.
Mais mal que esse? Ele me deu um tiro! Se ele tivesse errado? Eu teria morrido.
- E o que você fez?
Ele respirou fundo e desviou os olhos dos meus por alguns segundos, tem coisas que ele não me conta?
- Depois de um tempo que o Antony sumiu, ele me ligou e contou o que aconteceu - Antony? - Fiquei com muita raiva e ele me disse para mantê-lo informado sobre os Domenly, quando eu cheguei da casa dos Domenly liguei para ele e falei que eles estariam em uma pista de corrida, eu juro que não sei a quem ele contou.
Antony? Está envolvido em alguma máfia? E tentou matar Adrian e os irmãos? Com certeza foi uma das piores escolhas do Antony na vida.
- por que ele te pediu isso?
Perguntei, ele deu de ombros.
- Ele falou que ia salvar você dele.
Me salvar? Antony está louco? Ele quase não saiu de lá com vida e ainda quer me salvar.
O Antony com certeza está em perigo agora o Adrian irá mata ele e não há nada que eu possa fazer, não consigo evitar de me sentir culpada por ele ter se metido nisso.
- Você sabe que ele vem atrás de você, né?
Daniel tomou uma longa respiração, mesmo sabendo que por hora o Adrian, tenha deixado de lado esse assunto de espancar o Daniel, o Adrian virá atrás dele para saber quem atacou ele.
- Eu sei e irei falar a verdade, quando ele vim.
- Você sabe que ele irá matar o Antony, né?
- Eu sei.
Balancei a cabeça como um sim, espero que depois disso o Adrian deixe meu irmão em paz, e a mim também.

São quase quatro da tarde e eu não sair do quarto, minha mãe me trouxe suco, estou sem vontade de comer ou sair do quarto, me levanto e vou até o banheiro e me olho no espelho o roxo ainda é muito aparente no meu rosto, os meus olhos estão inchados de tanto chorar suspiro irritada.
Assim que volto para o quarto vejo o meu celular tocando e o nome do Adrian, aparecendo na tela, meu coração idiota da um pulo. Respiro fundo e pego o celular colocando no ouvido. Não consigo falar nada e a voz dele sair como um suspiro.
- Espertinha?
- não me chama assim!
Falo com raiva, não quero que ele tente amenizar a dor que estou sentindo, as lágrimas começam a escorrer dos meus olhos.
- Você está bem?
A pela voz dele sair fraca como se ele estivesse com dificuldade em respirar, sinto uma dor no peito.
- Não! Não me liga, não me procura! Me esqueça para mim, você me matou com aquele tiro.
- você sabe que não posso.
A voz dele saiu fraca e mais uma lágrima escorreu dos meus olhos, enxuguei ela rapidamente.
- Pode ou sou capaz de sair desse país.
Houve uma longa pausa e quando achei que ele não ia falar a voz dele saiu em um tom mais grosso.
- Pois então tente!
Ele desligou o celular, eu me joguei na cama sentindo uma dor no meu peito e olhei para o teto e chorei em silêncio. Não fui à faculdade com o rosto assim e também não me sinto bem para sair de casa, acho que ninguém está! Por estamos todos em casa, a Sasha também dormiu aqui. Me levantei e fui até a cozinha vendo ela preparar alguma coisa.
- Oi? Está com fome?
Perguntou ela assim que me viu parada na porta da cozinha, balancei a cabeça como não.
- Não, eu apenas estou...
Nem sei o que estou fazendo! Tentando esquecer me distrair, meu braço ainda dói pelo tiro de raspão. Sasha me olha com uma expressão triste.
- Olha como sua amiga posso dizer que você está melhor do que eu pensei que estaria, você sempre teve essa força.
Conheci Sasha quando trabalhei na lanchonete e nos tornamos bastante amigas, não sei como, mas acabamos deixando um pouco de lado a nossa amizade. Me aproximo dela colocando xícaras no balcão da cozinha.
- Sasha?
Ela olhou para mim, com aqueles olhos grandes e lindos que ela sempre teve.
- obrigada, por tudo por sempre estar com meu irmão e minha mãe e comigo, não sei como mas nossa amizade esfriou um pouco.
Falei e ela abriu um sorriso curto e me olhou triste.
- Eu me sinto culpada por isso eu acabei me envolvendo com seu irmão e esqueci de você.
- Não importa você faz aquele cabeça de vento feliz.
Ela riu uma risada curta, nos abraçando por alguns minutos até que ouvimos passos vindo para a cozinha, meu irmão apareceu na porta da cozinha.
- vocês estão esquisitas .
Falou ele, e olhou para nós duas que riamos e vi uma lágrima escorrer dos olhos da Sasha.
- Não mais que você!
- eu não sou esquisito.
- só um porquinho amor.
Sasha fez um sinal com os dedos pequenos e meu irmão jogou a cabeça para trás bufando.
- Vamos assistir.
Sasha saiu e foi em direção à sala com meu irmão, tem uma coisa que eu preciso fazer: Marco, peguei meu celular e liguei para ele que atendeu na segunda chamada.
- Alô?
- Oi é a Lisa.
- Lisa - ele parecia estar falando alto demais para alguém ouvir - que bom ouvir sua voz.
- Digo o mesmo, estava preocupada com você.
Ele deu uma risadinha curta, como forma de descontrair.
- Estou bem, foi só um arranhão.
- não, foi não.
Escutei a voz do Colleen do outro lado, desmentindo o irmão que bufou.
- O Collen está aí?
Houve uma pequena pausa do outro lado da linha.
- Está, estamos todos aqui.
Engoli em seco, sabia bem a quem queria se referir com isso.
- e como você está?
Me encostei no balcão da cozinha e olhei para o meu braço enfaixado e respirei fundo.
- Tô bem, meu braço dói um pouco, sabe como é, sem anestesia.
Escutei sussurros do outro lado da linha e depois a voz do marco saiu mais grave.
- Porque? - Ele quis saber mas queria sentir toda aquela dor para me lembrar.
- Esqueça o que falei - respirei fundo - tá sendo cuidado por uma enfermeira de novo?
Ele riu, uma risada que me fez rir também.
- Estou, ela é mais bonita que você e ainda não sei se ela sabe desenhar como você.
Me peguei lembrando daquele dia e como eu rir com o Marco, foi no mesmo dia em que eu e o Adrian... Não consegui segurar as lágrimas que escorreram de meus olhos.
- Desculpe marco, tenho que desligar.
Queria evitar que minha voz saísse como se estivesse chorando mais não deu.
- Nós nos vemos depois então.
Foi só o que ele falou, depois eu desliguei, voltei para o meu quarto e deitei na cama. Adrian me mataria mesmo? Eu não consigo acreditar nisso porque dói demais no meu peito.

OS MAFIOSOS - ADRIAN DOMENLYOnde histórias criam vida. Descubra agora