Chuva

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Ao acordar na manhã seguinte, Harry rolou na cama e se espreguiçou, soltando um gemido de satisfação. Aquela cama era realmente boa. Fazia tempo que não dormia tão bem. Ergueu o tronco, apoiando as mãos sobre o colchão e olhou em volta. Chovia forte lá fora. Jogou as pernas para fora da cama e esfregou os olhos levemente inchados.

Resmungou algo inaudível enquanto seguia até o banheiro, se arrastando sobre os próprios pés. Harry nunca havia se sentido dessa forma. Com vontade de ficar na cama o dia inteiro curtindo preguiça.

Fez sua higiene matinal depressa e se vestiu para mais um dia de trabalho. Enquanto descia a escadaria principal, notou Louis deitado sobre um dos sofás. De bruços, com o braço pendurado e a boca entreaberta. Seus cabelos estavam por toda a parte e ele usava a mesma roupa de ontem à noite. Na televisão passava um desenho animado.

Harry até tentara, mas seu olhar passou rapidamente pelo traseiro do advogado. Qual é? Ele não é de ferro. Não faz mal olhar um pouquinho, certo?

Olhou em volta, confuso. Pensou em se aproximar e acordá-lo para o trabalho. Mas Tomlinson dormia tão bem que não teve coragem. Aliás, não era da sua conta.

Ignorando-o, seguiu até o quarto do Tomlinson mais velho. Deu três batidinhas na porta e entrou assim que Mark sibilou um "Entre", baixinho.

— Bom dia senhor Tomlinson, como dormiu? — perguntou, aproximando-se do mais velho =, o ajudando a se levantar da cama — Acabei dormindo um pouco demais, me desculpe.

— Oh meu jovem, pode dormir o quanto quiser. — sorriu carinhosamente para Harry — Está um bom dia para isso. — dizia enquanto se encaminhavam para o banheiro — Meu filho já foi trabalhar?

— Bom, ele está dormindo no sofá. — disse confuso, colocando creme dental na escova de Mark — Deve ter pegado no sono enquanto assistia ontem à noite.

— Não é isso... — ele riu de leve, balançando a cabeça como se reprovasse aquela atitude — Sempre que chove, Louis dorme na sala para ficar por perto, porque sabe que tenho medo de tempestades. — O cacheado franziu o cenho — Digo a ele que não é necessário, mas aquele garoto nunca me ouve.

— Louis se preocupa mesmo com o senhor. — disse aquilo mesmo que por dentro tudo estivesse uma confusão. Eles realmente estavam falando do mesmo homem? Talvez Tomlinson tivesse mesmo um coração — Vou lhe dar privacidade. Qualquer coisa pode me chamar, estarei do outro lado da porta. — dito isso, o cacheado saiu do banheiro em tempo de ver o advogado entrar no quarto. Sua expressão era confusa e seus olhos se encontravam inchados.

— Meu pai está bem? — perguntou de repente. Harry apenas assentiu — Ainda está chovendo.

— Sim, seu pai está bem. Muito bem.

Louis acenou com a cabeça, coçando a nuca em seguida. Olhou em volta, enfiando as mãos nos bolsos frontais da calça. Harry o encarou, sentindo uma leve raiva queimar dentro de si. Por que ele tinha que ser tão bonito? Isso não vale.

— O que foi? — indagou, confuso pela forma que o mais novo o olhava — Admirando minha beleza, é?

Harry revirou os olhos.

— Não seja convencido. — disse rispidamente, cruzando os braços — Estava apenas olhando esse seu ninho de passarinho. — apontou para o cabelo do mais velho — Está horrível.

Louis apenas riu.

— Claro que está, acabei de acordar. — aproximou-se devagar — Por que não vai tomar café da manhã enquanto converso com meu pai?

The Case (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora