Raiva

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Era tarde e Harry se sentia cansado. Com a cabeça apoiada na janela do carro, ele observava a cidade lá fora. Alguns pingos de chuva deslizavam pelo vidro, prendendo sua atenção. Estava silêncio dentro do veículo, exceto pela música Vienna do Billy Joel que tocava baixinho. Desviou seus olhos da janela para fitar Louis que dirigia tranquilamente. Observou seus traços, apreciando cada detalhe. A expressão séria. Os olhos azuis intensos. Os lábios entreabertos, sendo umedecidos por sua língua macia. O cacheado engoliu seco e desviou o olhar para a janela novamente, sentindo seu coração bater forte dentro do peito.

— Então... — a voz rouca de Louis soou, atraindo a atenção do mais novo para si — É sua última semana lá em casa.

— Yeah.... — suspirou, piscando lentamente. Tomlinson o olhou por alguns instantes.

— Você parece triste. Aconteceu alguma coisa? — sua pergunta deixara Harry angustiado.

— Sabe quando você tenta deixar certas coisas para trás e ... Elas voltam com tudo, te sufocando. — balançou a cabeça. O advogado com encarou com um vinco entre as sobrancelhas — Me sinto assim as vezes.

— E por que quer deixar as coisas para trás?

— Porque elas me machucam. — fungou o nariz, olhando para frente. Pela sua visão periférica, podia notar que Louis ainda o encarava — Eu quero esquecer. Quero que o passado fique para trás e...

— Quer esquecer de tudo? — sua voz soou baixa. Harry assentiu com a cabeça, sem coragem de o olhar nos olhos — Por quê?

— Porque sei que nada vai ser como antes e as lembranças são uma tortura.

Tomlinson parou o carro, e só então o mais novo percebeu que já haviam chegado. Louis retirou o cinto e se virou completamente na direção do cacheado que se manteve na mesma posição, encarando a janela.

— Apesar de todas as coisas que aconteceram no passado, eu odiaria esquecer de tudo. — foi sincero. Harry engoliu o choro e ergueu o queixo, lutando para se manter forte — O passado te assombra tanto assim?

— Sim! — tomando coragem, virou-se para Louis, encarando seus olhos azuis brilhantes — E eu odeio me sentir assim. Odeio estar me sentindo bem ao seu lado de novo. Odeio me sentir aquele garotinho idiota que você deixou para trás.

— Harry...

— Te esquecer foi a coisa mais difícil que tive que fazer, e eu não quero ter que fazer isso de novo. — disse com raiva. Em seguida abriu a porta do carro e saiu do mesmo, fechando segundos depois. Louis o observou caminhar apressado pelo gramado em direção a porta de entrada, com a fraca chuva, molhando seu corpo alto.

O advogado tombou a cabeça para trás, a apoiando no banco e passou as mãos pelo rosto em um gesto desesperado. Ele não conseguia entender o que havia acontecido. Parecia que tudo estava bem. O que ele tinha feito de errado?

Harry entrou em seu quarto e fechou a porta atrás de si, a trancando. Caminhou até o centro do quarto e respirou fundo, levando uma das mãos ao peito, esfregando o local. Sentia-se fraco e envergonhado. Não devia ter deixado aquilo escapar. O plano era deixar tudo como estava, sem mencionar o passado, sem deixar uma brecha para que Louis dissesse algo que pudesse machucá-lo ainda mais.

— Merda de sentimentos idiotas. — grunhiu irritado, fechando os olhos. Pulou de susto quando alguém bateu na porta. Engoliu seco e se aproximou lentamente, encarando a madeira branca.

The Case (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora