— Vamos! Desamarrem eles! - Ordena Manoel.
Os soldados soltaram Sérgio e Otto e os escoltaram até a carruagem.
— Precisa de algo vossa alteza?
— Não obrigado. - Otto envolve o corte de sua testa com um pano e o amarra.
Eles voltam em segurança até o palácio. Dessa vez estavam duas vezes mais protegidos e ficaram bem.
Otto desce da carruagem e ajuda Sérgio a descer. Só agora Otto consegue notar que o cabelo de Sérgio estava curto. Ele arregala os olhos incrédulo.
— Não me diga que aqueles desgraçados..
— Otto por favor.. - Ele segura o ombro dele. — Mantenha a calma, vamos cuidar dos nossos ferimentos e tudo ficará bem! - Ele sorri atencioso.
Otto controla a sua raiva e respira fundo, adentrando o palácio aonde encontra Luísa e Poliana tricotando uma belo tapete.
— OTTO! - A mulher joga os objetos de tricô no chão e abraça Otto. Ele a envolve pela cintura e beija o topo de sua cabeça.
— Senti tanta sua falta.. - Ela resmunga baixinho entre o pescoço do noivo.
— Está tudo bem meu amor. - Ele segura firmemente seus quadris. — Pelo menos eu.. - Ele afunda seu rosto no pescoço da mulher e libera as lágrimas que tanto repreendia.
(....)
Otto sai do banho, veste seu roupão e enxuga seus cabelos. Quando ele estava prestes a tirar o roupão pra se vestir Luísa adentra os aposentos. Otto arregala os olhos a logo cobre o corte com o pano.
— Está se sentindo melhor meu amor? - Ela vai até ele e o abraça.
— Es-Estou sim.. - Ele retribui o abraço.
— O quê é isso na sua testa? - Ela aponta para sua testa.
— Na-nada não. - Ele cobre a testa com a mão. — Nova moda..
— Otto! - Ela o repreende com o olhar. — O quê é isso?
— Um pano Luísa. - Ele se senta na cama e resmunga.
— Estou perguntando o quê esse pano cobre imbecil! - ela tenta tirar mas Otto segura em seus punhos e franze o cenho.
— Pare com isso! Deixe de ser intrometida. - Luísa ergue a sombrancelha e abre a boca.
— Intrometida? Otto?
— Desculpe.. - Ele abaixa a cabeça. —
só não...Luisa pula em cima dele, fazendo os dois cairem em cima da cama. Ele segura em suas pernas enquanto Luísa aproveita a oportunidade e retira o pano que estava amarrado em sua testa. Revelando um enorme e profundo corte.
— Otto.. - Ela arregala os olhos e espreme os lábios para não chorar.
— O quê...
— EU FALEI PRA VOCÊ NÃO FAZER ISSO! - Ele toma o pano das mãos de Luísa e volta a amarra em sua testa.
— O quê fizeram com você?
— Nada Luisa. - Ele se levanta da cama e vai em direção a porta.
— EU NÃO SOU NENHUM DOS SEUS SERVOS PRA SER TRATADA ASSIM! - Ela o puxa pelo ombro e o coloca contra a parede.
— Me fale! O que fizeram com você?
A respiração dele está desregulada ela está está próxima demais.
— Eu não lembro.. - Ele suspira. — Eu não lembro Luísa.
— Vamos. - Ela o puxa pela mão até a cama.
— O quê vai fazer? - Diz se sentando e cruzando as pernas.
— Cuidar de você oras.. - Ela pede a uma das servas para lhe trazer tudo que é necessário para cuidar da ferida.
Não demora muitos minutos e a serva lhe trás tudo que ela pediu.
— Isso vai doer um pouco. - Ela pega um pano macio com ervas e mergulha em uma água morna, logo em seguida passando por sua testa com toda delicadeza que podia.
— Me disseram que iria chorar ao me ver assim - Ele sorri sem humor. — Pelo visto é verdade.
— Otto não começa.. - Ela retira o excesso de sangue e enxuga com um pano seco.
— Não começar? - Ele espreme os olhos. — Luísa.. eu vou ficar com um cicatriz enorme na testa.. eu vou ser uma aberra.. - Luisa coloca seu dedo indicador em seus lábios. O impossibilitando de falar.
— Se falar mais alguma coisa referente a sua aparência eu te esgano! - Diz firmemente enquanto termina de enrolar o ferimento com um pano seco e limpo.
— Tem mais algum ferimento? - Otto acena com a cabeça e começa a retirar roupão o retira lentamente por conta dos ferimentos. Ele cai sob seus quadris.
Luisa observava seu corpo agora com mais atenção. Seu peitoral e abdômen eram definidos, haviam bastante cicatrizes devidos a lutas que ele já se meteu. Além de uma marca de nascença na região da costela que parecia um coração, na haver com o homem que a têm. Completamente adorável.
— Será que você pode parar de me olhar assim? - Ele encara Luísa que arregala os olhos assustada.
— E.. tá. - Ela suspira. - Onde está os ferimentos?
— Analisou tanto meu corpo e não achou os ferimento? Aonde a senhorita estava olhando?
Luisa sente seu rosto arder mas logo volta a sus postura seria.
— Devia ser só um arranhão. Eu não vi nada aí.
— Arranhão? - Otto aponta para o grande corte que estava na altura de seu peito. — Eu poderia ter morrido.
— Vira essa boca pra lá! - Ela se aproxima dele e faz os mesmo procedimento que fez no ferimento anterior.
— Pronto! - Ela faz o nó final e encara Otto. Percebendo a expressão seria do homem ela estranha — Está tudo bem?
— Não.. - Ele suspira pesadamente.. — O.. o Marcelo.. - Suas mãos começam a ficar trêmulas.
— Oh meu amor.. - Ela o abraça. Otto a envolve em seus braços enquanto ela sentia o corpo do noivo quente em contato com o seu.
— Ele morreu por minha causa Luísa.. - Ele deixa suas lágrimas cairem, umedecendo a roupa que Luísa estava usando.
— Não... você não tem culpa.. - Ela acaricia seus cabelos. — Não se martirize.. por favor..
Otto se aconchega nos braços quentes e acolhedores da mulher. A carícias da mulher fez ele dormir. O deitou nos lençóis da enorme cama e se deitou junto a ele, aquecendo seus corpos um com o outro.
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O Reino Vizinho. |•°Luotto [Concluída ✔️]
Historical FictionDesde que nascer Luísa e Otto foram destinados a se casarem. Em um acordo com o Reino De Artena E ao reino vizinho. O Reino de Aquiles. Luisa com sua personalidade forte não aceitará se casar com um homem mais velho que ela e que não ama. E fará...