Morto

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Otto sai da carruagem e caminha até o palácio de Quimera. Acompanhado de Marcelo e Jeff. Ambos estavam com sangue nos olhos. Seus maxilares estava contraídos e segurando firmemente o punho da espada. Os guardas que estavam na porta do palácio tentaram os impedir de passar mas são atingidos por flechas. Jeff trouxe alguns soldados por precaução. E realmente precisaram. Roger era astuto, sabia que Otto viria vingar Sérgio. Então se precaveu.

Adentram os portões do palácio juntamente com os guardas. Uma luta começou ali mesmo. Os guardas de Roger já estavam esperando eles.

Otto e Marcelo com a ajuda de mais alguns guardas vão até a prisão subterrânea. Aonde encontra Roger próximo a Sérgio que foi espancado.

— Solte-o - Otto se aproxima de Roger

— Nem mais um passo. Ou ele morre. - Roger apontava uma besta em direção a cabeça de Sérgio. Fazendo Otto recuar para trás.

— Solte-o e não desimaremos seu exército. - Marcelo empunha a espada e respira fundo contendo sua raiva.

— O exército foi formado para proteger o rei! - Ele sorri. — Alias.  - Ele encara Marcelo. — Como é o nome daquele garoto? Aah lembrei. João não é mesmo?

Marcelo serra o punho e contraí seus dentes para não falar nenhuma besteira.

— O quê tem ele..

— O conheci. Bom rapaz! O vi trabalhando no campo e minha filha se encantou pelo rapaz. - Ele passa a lâmina pela bochecha de Sérgio. Fazendo sair uma pouca quantidade de sangue. — Percebi que tens muita afinidade com o garoto.

— Não ouse encostar no garoto!

— Ou você vai fazer o quê? Você é apenas um duque maldito e.. - uma flecha é cravada ao lado de Roger. Na altura de sua cabeça, fazendo o rei perder o fôlego.

— Solte o Sérgio. Não queremos uma guerra. Queremos? - Jeff aponta o arco em direção ao rei.

— Desgraçados.. - Roger pega a lâmina e faz um corte profundo na perna de Sérgio. Fazendo o homem gritar de dor. Logo a joga no chão e sai correndo da prisão. Jeff e Marcelo estavam distraídos tentando estancar o sangue.

Otto seguiu Roger até seus aposentos. Prendeu a respiração e abriu a porta lentamente. Seus olhos claros se arregalaram. O corpo do Grisalho não processou o quê estava acontecendo.

Roger pegou uma das lanças de seu soldado e joga em direção ao príncipe. Otto só pôde ver a lâmina da lança vindo em seu direção. Ele fecha os olhos e protege a cabeça com a mãos.

Ouve-se barulho de sangue caindo. Otto retira as mãos de sua cabeça e olha para a palma delas. Estavam cobertas de sangue.

A pupila do homem se dilatou. Estava apavorado. Sua respiração estava desregulada. Estava atordoado. Olha para os aposentos de Roger e não encontra mais ninguém. Provavelmente fugiu.

Ele sente algo agarrar sua perna. Otto direciona seu olhar para o chão e encontra Marcelo caído com uma das mãos segurando em sua perna. A lança tinha perfurado seu abdômen em poucos segundos aquele piso virou uma poça de sangue.

— Mar-Marcelo. - lágrimas escorrem de seu rosto. Otto se abaixa e segura a cabeça do amigo que estava sendo sufocado pelo próprio sangue. A apoiando em sua perna enquanto gritava pelo nome de jeff e de algum de seus soldados.

— MARCELO! - Otto mexia o homem de varias maneiras.

— Otto.. - Um voz falha chama a atenção de Otto novamente. — Por favor.. não morra. - colocando sua mão por cima da de Otto e lhe oferece um sorriso sincero enquanto aos poucos sua visão fica falha.

— NÃO! NÃO MORRA. - Ele dá leves tapinhas na cara de Marcelo. Mas nada acontece. — ABRA OS OLHOS! JÁ IREMOS PARA CASA! - Fala em meio a soluços enquanto suas lágrimas caiam sob o rosto do moreno. —  MARCELO! ! - Ele segura em seus ombros e mexe Marcelo na tentativa de deixa-lo consciente. Mas já era tarde demais.

Logo os soldados chegaram. Otto estava abraçado com o corpo do amigo enquanto tentava mantê-lo acordado. Mas ele já tinha falecido.

— Vamos vossa alteza. - Um dos homens segura o braço de Otto

— EU NÃO VOU DEIXA-LO MORRER!

— Senhor.. infelizmente ele já faleceu. - Otto o encara. Suas íris azul agora estava escurecida. O canto dos olhos estava vermelho e seu olhar transmitia fúria

— Ele não morreu. - Ele nega com a cabeça. — Marcelo e forte ele não.. - Ele soluça. — Ele não nos deixaria..

— Por favor vossa alteza. Vamos logo aqui está perigoso! - Aconselha o guarda.

Com relutância Otto se retira daquele local que estava perigoso. Acompanhando de Sérgio e Jeff. Todos entram na carruagem. Nenhum deles pronunciam nenhuma palavra. A perna de Otto não parava de se mexer. O ódio, tristeza e ansiedade tomavam conta da mente daquele homem.

Otto não pensava em mais nada ao não da vingança.

O Reino Vizinho. |•°Luotto  [Concluída ✔️]Onde histórias criam vida. Descubra agora