Mais um dia de inverno, nessa vez ele foi rigoroso, o frio estava tão intenso que as lojas de roupas de frio ficaram sem estoque, Otto e Sérgio estavam se arrumando para partirem para Artena depois de quase uma semana fora.
— Será que em Artena está tão frio como aqui? - Diz enquanto pentea seus cabelos longos.
— Creio que não, o verão está prestes a chegar, nessas horas a neve deve estar aos poucos derretendo.
— Espero que sim. - Sérgio assente com a cabeça enquanto faz um rabo de cavalo. — Bom.. é melhor partirmos, o sol já se pôs.
— Tem razão. - Otto encara o céu escuro através da janela. — Reiner! Grisha!
— Estamos aqui majestade! - Afirma o servo de cabelos ruivos.
— Levem nossos pertences até a carruagem, daqui a pouco partimos.
Eles o reverenciam, pegam as malas e caminham até a carruagem na qual estava coberta pela neve.
— Otto.
— Sim?
— Não acha melhor os servos e as bagagens irem na carruagem e irmos a cavalo? Acho mais seguro.
— Hmm. - Otto retira sua coroa e a coloca em uma das malas. — Tem total razão, acha que parecemos nobres? - Diz enquanto olhava seu reflexo no espelho, Sérgio fica atrás de Otto e também vê seu reflexo.
— Creio que não.
— Ótimo, coloque seu capuz. - E assim ele faz.
Otto e Sérgio montam em seus cavalos e partem para Artena enquanto torciam para não serem reconhecidos no caminho.
[...]
Batendo brutalmente a caneca de cerveja contra a mesa de carvalho do bar, Cláudia se lamentava diante das amigas totalmente fora de si, Luísa e Joana que a ouvia e também falavam estavam tão vermelhas quanto ela.
— Aquele infeliz do meu marido! - Ela toma mais um gole da cerveja. — Não o vejo há meses, e não recebo uma carta sequer!
Joana e Luísa gargalham ao notar uma grande quantidade de espuma um pouco acima dos lábios da amiga
— Sérgio também está sumido, mas pelo menos me manda cartas.
— Ah sim! Otto também. - Afirma com uma voz grogue. — Que saudades do meu grisalho! - Luisa bate a testa contra a mesa do bar, fazendo as seis canecas vazias de cerveja tremerem.
— E os filhos? - Cláudia leva uma azeitona em conserva até a boca.
— Charlotte está bem. - Joana sorri enquanto passa a mão por suas bochechas vermelhas. — Ela é uma verdeira lady.
— Arthur está bem, nos últimos dias anda focando mais nos estudos do quê em espadas. - Luísa passa a mão pelos cabelos. — Já Poliana está pra me enlouquecer.
Cláudia cospe o caroço da azeitona fazendo ela cair dentro da caneca de cerveja de Luísa.
— Ops.. - Cláudia gargalha da cara irritada da amiga.
— CLÁUDIA! - Luísa espalma as mãos contra a mesa de carvalho, fazendo um barulho alto.
— FOI SEM QUERER! - Luísa caminha até a amiga e segura em seus ombros, a chacoalhando rapidamente.
— Chega! - O dono do bar separa as amigas. — Vocês estão bêbadas! Chamem seus maridos e dê o fora daqui! - Sua voz grossa e grave faz Joana se assustar.
— Olha Aqui seu careca metido! - Luisa cerra os olhos. — Você não pode falar assim com a..
— Vamos embora! Deixe esse projeto de viking aí! - Cláudia puxa Luísa pelo braço e sai do bar.
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O Reino Vizinho. |•°Luotto [Concluída ✔️]
Historical FictionDesde que nascer Luísa e Otto foram destinados a se casarem. Em um acordo com o Reino De Artena E ao reino vizinho. O Reino de Aquiles. Luisa com sua personalidade forte não aceitará se casar com um homem mais velho que ela e que não ama. E fará...