Nova geração

134 15 13
                                    

Uma semana depois.

Em frente a um espelho, sentada no banco de sua penteadeira Luísa se desfazia de sua maquiagem. Havia acabado de sair de mais uma das festas nada convencionais que Cláudia organizava e estava exausta.

Ela fecha os olhos e seu coração parar por um segundo ao sentir o hálito quente do marido contra sua pele sensível.

- Está tão estonteante. Ainda mais com este vestido. - Ele suspira a fragrância que ela usava. - Quer ajuda? - Luísa chacoalha a cabeça.

- Não, obrigada. - Luisa continua retirando sua maquiagem.

Otto não a dá ouvidos e delicadamente retira as presilhas que prendiam seu cabelo em um belo coque. Seus cabelos caem, alguns fios foram intrusos e caíram em seus olhos.

- Otto, eu já falei que não preciso de ajuda! - Esbraveja enquanto tenta retirar seu batom com um lenço.

- Já virou um hábito irreversível. - Ele sorri enquanto retira os fios de seus olhos. - Arthur já está dormindo. - Luísa assente com a cabeça.

- Eu sei.. - Ela suspira ao sentir os dedos dele roçando em sua nuca para em seguida retirar seu colar. Ele o coloca em seu porta jóias. - Otto. Não precisa fazer isso.

- Okay.. - Ele se senta na ponta na cama. - Queria saber por quê está há quase 8 meses sem falar comigo.

- Você sabe muito bem o porquê. - Diz enquanto escovava seu cabelo.

- Luísa. - Ele irruga a testa. - Você procurou essa suposta mulher se duvidar até no inferno! E não a encontrou. - Luisa umedece os lábios e volta sua atenção para seu cabelo. - Disses que tinha me perdoado.

Luísa pôde ver pelo reflexo dele no espelho o quão abatido estava. Ela segura firmemente o cabo da escova enquanto procurava se entreter, fazendo algumas tranças em seu cabelo.

- Sério Luísa? Não vai falar nada?

- O quê quer ouvir? - Ele suspira e nega com a cabeça.

- Nosso casamentos está se desfazendo por algo que você criou na sua cabeça! Eu perdi o nascimento e o desenvolvimento do meu filho por algo fútil!

- Nosso filho Otto.

- Pare de tentar fugir dessas circunstâncias! Vejo pelo seu olhar que nada está bem. - Ele franze o cenho novamente. - Me diga Luísa. - Diz em um tom sério. - Em todos esses meses, achou algo que me comprometeu? - Luísa encara os olhos semicerrados do marido, ele a fuzilava com o olhar isso a deixava desnorteada. Realmente, em todos esses meses ela não encontrou nada comprometedor, mas estava tão obcecada em achar essa tal mulher que ainda não tinha percebido.

- Responda-me D'Ávila! - Seu tom rígido faz o corpo de Luísa arrepiar.

Ela mexe os lábios para responder, mas um barulho alto que ecoou por todo o corredor os assustaram. Logo um choro de um bebê se fez presente no local.

- Achei que o Arthur já tinha dormido. - Otto se levanta e percebe a expressão assustada de Luísa.

- O quê foi? - Ele ergue uma das sobrancelhas.

- Joana.. - Luísa segura a barra do vestido e corre desesperadamente até os aposentos da amiga.

Otto por sua vez, vai em direção ao quarto do bebê que se mexia no berço assustado pelo barulho repentino em plena madrugada.

- Ei.. - Seu tom de voz manço faz o bebê aos poucos parar de chorar e encarar o pai. Otto pega o filho nos braços e arruma o gorrinho que usava. - Está tudo bem agora hm? - Ele suspira. - Vamos lá pra fora, parece que ganhará um novo amiguinho. - Ele sorri enquanto caminha com o filho pelo jardim do palácio. Arthur estava entretido segurando e mordendo o colar do pai. Já Otto estava aflito. Providenciou que Ulisses atendesse pessoalmente Joana para não ter nenhuma complicação. É então andando pela estrada de pedra que Otto encontra Sérgio, apoiado em uma das colunas do castelo.

O Reino Vizinho. |•°Luotto  [Concluída ✔️]Onde histórias criam vida. Descubra agora