O Reino Vizinho. |•°Luotto [Concluída ✔️]

Bravinha

— Nossa  Senhora Aila. - Diz provando o Cordeiro assado. — Isso aqui está uma delícia!

— Coma devagar. Se não irá engasgar. - Diz em um tom doce enquanto cortava os legumes para o ensopado.

— Desculpa. - Diz lambendo os dedos. — Mas sua comida é magnífica. — Ela pega mais uma parte do cordeiro.

— EI! - ela bate de leve na mão da mulher. — Vai faltar no banquete!

— Desculpa. - Ela faz uma cara fofa e volta a comer.

— Mas a mim você deixa. Não é Aila? - Otto surge no local e pega um carré de cordeiro. Passando no molho de pimenta e levante até a boca.

— Ah garoto! agora irei ter que assar mais! - Ela abre um sorriso no rosto. — Mas fico feliz que vossa alteza gosta da minha comida.

— E quem não gostaria? - ele leva a mão até a bandeja. Era o último carré de cordeiro. Mas Luísa teve a mesma ideia. Ambos seguravam o osso do carré ao mesmo tempo.

Luísa cerra os olhos em direção a Otto. O grisalho pressiona os lábios e encara intensamente.

— Você já comeu dois!

— Quem você pensa que é? A Aila e a chefe de cozinha do MEU palácio.

— Enquanto não for rainha não tens o direito de chamar esse palácio de seu! - Retruca.

— Você fala demais. - Ela pega o carré rapidamente e se prepara pra correr.

— SUA.. - Otto a segura pelo braço e a coloca contra a parede da cozinha. Era construída de tijolos de pedra e barro. Alguns grãos de terra caem no chão quando Luísa encosta suas costas lá.

— Sua o quê? - Ela o encara serrando os dentes.

Ambas as respirações estavam aceleradas. Otto direciona seu olhar ao lábios de Luísa e volta a encara-la.

— Bravinha.. - Ele sussurra e pega o carré da mão da princesa. Levando até sua boca.

— Brutamontes! - Ela espalma sua mão no peitoral de Otto. O fazendo se afastar para trás.

— Que baixinha forte. - Pensa.

— Parem de agir como duas crianças! - Disse a senhora de cabelos loiros. — Vocês são noivos! Não podem se tratar feito inimigos!

Luisa e Otto se entreolham. Otto sorri  Passando a ponta da língua em seu dente canino.

— Sorriso de cafajeste. - Pensa Luísa.

— Já disse a senhora. - Ela o encara — Só caso com quem eu amo. E ele não faz o meu tipo. - Ela o provoca. Ferindo o ego de Otto.

— Não faço seu tipo? - Ele franze o cenho. — O quê tem de errado comigo?

— Está ofendido? - Ela cruza os braços e sorri.

— Estou muito ofendido! - Diz indignado. — Aila! Tem algo de errado comigo? É algo no meu nariz? - Ele se olha no reflexo das panelas

— Não tem nada de errado com vossa alteza. Luísa está brincando. - Diz simpática.

— Hmm não estou não! - Ela gargalha. — Achei que Artena teria  homens mais atraentes. - Ela olha suas unhas.

— Você tem um péssimo gosto então. - Ele ajeita o cabelo. — Com licença. - Ele se retira da cozinha.

— Vossa alteza não perde a oportunidade de insulta-lo né? - Diz sorridente cortando o rabanete.

Luisa apenas sorri. Se despede de Aila.

                             (...)

Otto caminha até um belo rio de águas cristalinas. Uma pequena cachoeira aonde Sérgio estava saltando.

— Vocês são loucos! - Diz Otto retirando o cinto e em seguida sua camisa e as botas.

— Vamos lá Otto! Deixe de ser chato e junte-se a nós! - Diz Marcelo.

— Hoje o duque está muito engraçadinho para meu gosto! - Ele retira sua calça. Ficando apenas com as vestes íntimas.

Otto entra na água gelada do rio e se junta aos amigos.

— Temos uma grande notícia. - Marcelo coloca sua mão no ombro de Sérgio.

— Não conte a todos!  Estás fuxiqueiro que nem as domésticas do palácios.

— Falem logo!  - Otto estava curioso.

— Sérgio está cortejando a dama de companhia da princesa de Aquiles. Vulgo sua noiva. - Ele sorri.

— Dama de companhia da Luísa?

— Sim. O nome dela é Joana. Uma formosa mulher. - Ele passa a mão pelo longo cabelo.

— Os homens de Artena estão se apaixonando pelas mulheres de Aquiles. Ironia não?

— Eu não amo a Luísa. - Otto cruza os braços.

Marcelo e Sérgio se entreolham e sorriem. Otto serra os olhos em direção aos amigos.

— Que caras são essas?

— Nada.. vamos nadar!

— Aposto 30 moedas de prata que não ganhas do Otto.

— 30 moedas de prata? Vai falir. Duque.

— É o quê veremos.