O Reino Vizinho. |•°Luotto [Concluída ✔️]

Complicações

" Batendo seu punho cerrado na parede Otto encara Luísa sentada em um poltrona há poucos metros dali. O olhar de fúria dele sobre ela fazia Luísa se assustar, nunca o viu perder a cabeça desse jeito.

- Otto.. vo.. - Ela é interrompida

- O QUÊ TENS NA CABEÇA? - Ele enxuga as lágrimas que há pouco tempo escorriam por toda a extensão de seu rosto. - COMO PÔDE SER TÃO IMPRUDENTE E DEIXÁ-LO NAQUELE LUGAR?

- Sei que fui imprudente, mas não precisa gritar comigo! - Adverte em um tom autoritário.

- Olha aqui. - Ele caminha até ela apontando seu dedo indicador em direção a ela. - Estamos falando do herdeiro do trono. - Ele franze as sobrancelhas. - Não vou abaixar a cabeça para as coisas estúpidas que você faz, Luísa. - Ela pisca algumas vezes para se certificar que não estava sonhando ou tendo alucinações.

- Está me chamando de estúpida? - Ela se levanta rapidamente. - EU NÃO ADMITO QUE FALA ASSIM COMIGO! - Otto arregala os olhos, em fração de segundos seu cérebro processou o quê aquela agitação poderia causar, logo em seguida espreme os lábios e dá um passo para frente, acariciando os ombros da esposa.

- Perdão.. - Ele suspira. - Eu passei dos limites. - Ele fita o chão.

- Que bom que sabe! - Ela cruza os braços aborrecida.

- Me desculpa meu amor. - ele a envolve em seus braços. - Eu só.. - ele suspira novamente. - Não tem justificativa. Perdão.

- Sei como você é apegado a ele. - Ela envolve o rosto dele com suas mãos. - Eu errei, sei disso e já pedi desculpas.

- Desculpa por gritar com você.. - Ele acaricia o rosto dela. - Sei que não pode passar estresse. - Ele nega com a cabeça. - Agora eu que fui imprudente. - Ele sorri.

- Está sendo duas vezes mais imprudente se não me ouvir.

- O quê?

- Fique comigo. - Seus olhos começam a marejar.

- Sempre meu amor. - Ele une suas testas. - Mas..

- Mas nada Otto! - Ela segura firmemente o tecido de seu manto. - Não percebe que se for para a.. - Ela arregala os olhos quando ouve o barulho dos cascos de cavalos se aproximarem do cômodo aonde eles estavam. - Otto.. - suas mãos começam a ficar trêmulas.

- Meu amor, ei! - Ele enxuga as lágrimas dela e segura firmemente seu rosto, a obrigando encara-lo. - Escute.. escute. - Ele respira fundo. - Fique aqui, chamarei Joana e Cláudia para ficarem contigo.. não fique nervosa, tudo bem? - Luísa assente com a cabeça. - Eu te amo. - Otto deposita um beijo singelo em seus lábios e sai apressadamente de seus aposentos. Minutos depois Joana, Cláudia e mais alguns guardas entram no cômodo.

- Luísa, se acalme. - Cláudia acaricia as mãos pálidas da amiga.

- COMO NÃO CLÁUDIA? O OTTO.. - Ela cerra os dentes enquanto suas lágrimas escorriam por suas bochechas. - O Otto foi pra quimera.. - Diz em um tom arrastado.

- E sairá de lá bem. - Joana acaricia os cabelos da amiga. - Preocupe-se com você e com ele. - Luísa assente com a cabeça, depois disso teve que tomar medicações para conseguir dormir sem aquela agitação toda."

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Tempo atual.

Otto e Sérgio caminham até o castelo de Canes, lugar aonde iriam ficar por algumas semanas.

- Essa viagem foi cansativa. - Sérgio estrala os dedos. - Já mandou o mensageiro entregar as cartas para elas? - Eles sobem as escadas do palácio.

- Já sim. - Ele arruma os cabelos platinados. - Creio que em poucos dias chegará até elas.