ㅡ Eu não acredito... ㅡ Comecei a rir do biquinho que ele fez quando parou perto de mim. ㅡ Isso é de verdade? ㅡ Tentei tocar no tufo de pelos que estava no seu queixo.
ㅡ Ou, fiquei duas horas colocando. ㅡ Ele afastou o rosto para trás.
ㅡ É sério isso? Por isso precisou demorar tanto? ㅡ Ri observando sua fantasia. Até com a bolsa com um pedaço da coroa para fora ele estava.
ㅡ Isso. ㅡ Ele sorriu. ㅡ O que achou? Sou criativo, né?
ㅡ Como conseguiu pensar nisso? ㅡ Fiz ele dar uma volta para conseguir analisar melhor a fantasia.
ㅡ Por que acha que te chamo de Rapunzel? ㅡ Ele indicou meu longo cabelo com o queixo.
ㅡ Ok, pergunta idiota. ㅡ Ri ainda impressionada com a ideia.
ㅡ E você me recebeu a vassouradas quando " invadi " a sua casa. Igual ao filme, só que vassoura, ao invés de frigideira. ㅡ Ele explicou. Sorri com sua criatividade. A música começou a ficar mais alta, as pessoas se animaram e começaram a dançar.
Sucri olhou para mim, jogou a bolsa para trás e me estendeu sua mão.
ㅡ Quer dançar loirinha? ㅡ Eu balancei a cabeça em negativa na mesma hora.
ㅡ Eu não sei dançar! ㅡ Exclamei para que ele escutasse.
ㅡ Eu também não. ㅡ Ele riu. ㅡ Mas, quero dançar com você. ㅡ Sucri pegou na minha mão e me puxou para perto. Senti seu hálito no meu ouvido e logo depois a pele do meu pescoço arrepiou. ㅡ Algumas vergonhas valem a pena, se eu puder me divertir com você.
A verdade é que eu sabia, sim, dançar. Mas, ninguém sabia disso, apenas Lud, que me pegou dançando no quarto sozinha uma vez. Eu estava super empolgada dançando no quarto, quando me virei e me deparei com ela parada me encarando com os olhos arregalados. Quase morri do coração. No fim ela aplaudiu e disse que me colocaria numa aula de dança, porque eu tinha talento. Mas, implorei que ela não fizesse isso. Eu não tinha coragem de dançar na frente das pessoas, só de imaginar, minha barriga já embrulhava.
Eu não era profissional, é lógico, como já disse, nunca fiz aula. Mas, gosto. Tenho facilidade de pegar coreografias e me sinto muito bem dançando. Quase tão bem quanto quando fotografo.
Sucri me puxou para o meio das pessoas que dançavam sem se preocupar com nada. Alguns muito bem, alguns muito mal, outros estavam dando a vida na dança, enquanto outros só se mexiam para a direita e para a esquerda.
Sucri começou a dançar na minha frente, daquele jeitinho tranquilo e sem muitos movimentos, como se estivesse apenas me encorajando.
Era estranho vê-lo fantasiado do José Bezerra, porque sempre tive um crush estúpido pelo José Bezerra, desde que o filme lançou.
Na verdade, eu me acho uma pessoa muito estranha por ter crushs em personagens inexistentes desde nova, como no Naruto, Peter Pan, Luke de Jessie, José Bezerra e Robin do Teen Titans. A diferença é que enquanto fui crescendo, meus crushs foram de desenhos, para personagens livros.
Era totalmente insano ver a junção desses dois bem ali na minha frente. Afinal, Sucri estava vestido de um personagem de desenho, ao mesmo tempo que era um personagem de livro!
Eu até queria vencer a minha timidez ali e tentar dançar, poderia mesmo ser divertido. Mas, estava ocupada demais me sentindo atraída pelo Sucri e perdendo meus sentidos.
ㅡ Vai, Morgana! Se solta! ㅡ Ele pegou minhas mãos e começou a tentar mexer o meu corpo enquanto puxava uma mão de cada vez.
Balancei a cabeça para tentar expulsar aqueles pensamentos e me concentrei na música.
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Amor à primeira linha II
Roman d'amourSEGUNDO LIVRO DA SÉRIE MONTGOMERY E se você escrevesse uma história de amor na qual você é a personagem principal e inventasse o cara perfeito que se apaixona por você? E se, de repente, ele saísse magicamente do livro e caísse no seu quarto?