ㅡ Sucri, já chega. Vamos dormir. ㅡ Tentei pegar o caderno de sua mão, mas ele rolou pela cama, parando na beirada e olhando para o livro aberto.
ㅡ Era um dia de imenso calor. Eu não curto muito o verão porque moro numa cidade que não tem praia. Até tem cachoeira, mas sou medrosa demais para encarar. ㅡ Ele voltou a ler enquanto eu o ainda tentava alcançar. ㅡ Ah, isso é verdade.
ㅡ Sucri! ㅡ Ele olhou para mim. Olhou com aqueles olhos apaixonantes que fizeram o meu coração palpitar errado por um momento. Quando percebi, já havia cedido. Logo ele voltou a ler.
" Tiago tinha viajado, então eu também não podia invadir a casa dele para usar a piscina. Com ele em casa eu fazia muito isso, mas sem ele já acho falta de respeito com a família.
Eu tinha uma piscina na minha casa, mas choveu a beça na última semana e apodreceu a água toda. Contratei uns caras para limpar, mas os produtos precisam reagir por uns dias até eu poder utilizar da piscina.
Estava morrendo no chão gelado da minha sala quando o celular apitou ao meu lado. Eu tinha deixado ele no chão porque também estava quente e eu não estava aguentando segurar. "
ㅡ Eu lembro desse dia. ㅡ Voltou para o meu lado na cama. ㅡ Uma dúvida que sempre tive... Você nunca mencionou os seus pais na minha realidade, e eu nunca vi ninguém além de você e do Tiago lá. Quem morava com você?
ㅡ Eu... Não sei. ㅡ Franzi o cenho. ㅡ Quando escrevi a personagem, não pensei nisso. Só a coloquei morando sozinha, eu acho. Não tenho pais e acho que não coloquei na história também.
ㅡ Bom... Eu não sei se você sabe ou se lembra, mas a Morgana que conheci morava numa baita casa grande e bonita. Se você veio mesmo da minha realidade e seus pais são de lá, você deve ser uma herdeira ou coisa assim. ㅡ Eu quis rir quando ouvi sua suposição. Eu sempre me perguntei o que houve com os meus pais ou quem são, mas nunca me passou pela cabeça a possibilidade de eu ser uma herdeira.
ㅡ Você está fritando a minha cabeça, volte a ler. ㅡ Sucri deu com os ombros e voltou o seu foco às páginas do caderno.
" Era uma mensagem do Sucri. Ele perguntou se eu estava livre e se queria sair com ele e eu dei uns pulinhos antes de responder que sim. Corri para tomar um banho e me arrumar, pois ele disse que chegaria em meia hora, e eu levo uma vida pra me arrumar.
Tomei um banho, lavei o cabelo, porque suei e ele estava podre, coloquei uma roupa fresca e antes de conseguir me maquiar, a campainha de casa tocou. Olhei a hora e percebi que já tinham passado meia hora.
Bem, levando em consideração que lavei o cabelo, até que fui bem rápida.
Sem me maquiar, desci até o andar debaixo e e saí para abrir o portão para ele. Devo deixar em evidência que eu congelei na frente do portão quando vi um Sucri suado, sem camisa e se abanando com ela.
ㅡ Me desculpa. ㅡ Ele passou a mão na testa. ㅡ Eu não aguentei, ta muito quente.
ㅡ Ô se tá... ㅡ Deixei escapar, o que também fez escapar um sorriso nos lábios dele, pois obviamente notou a minha cara de fascinada. ㅡ Digo... ㅡ Dei espaço para ele entrar. ㅡ Entra.
ㅡ Acho que era melhor ter deixado isso pra de noite. ㅡ Ele riu passando pelo meu jardim.
ㅡ Na verdade, quando me chamou pra sair, pensei que seria de noite. ㅡ Entramos dentro da minha casa e eu fechei a porta atrás de mim.
ㅡ Eu também. ㅡ Ele riu. ㅡ Mas... Sei lá, fiquei ansioso e queria te ver. ㅡ E mais uma vez o meu coração palpitou errado e eu precisei engolir em seco para continuar. Para minha sorte, estava um calor do caramba, então minhas bochechas já estavam vermelhas o suficiente para não transparecer o quanto eu estava corando.
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Amor à primeira linha II
RomansaSEGUNDO LIVRO DA SÉRIE MONTGOMERY E se você escrevesse uma história de amor na qual você é a personagem principal e inventasse o cara perfeito que se apaixona por você? E se, de repente, ele saísse magicamente do livro e caísse no seu quarto?