Cap 33

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Sophie Wilson

Caminho até a cama onde Andrew está todo esparramado usando apenas uma cueca box azul me esperando. Me deito em seu colo e ele me aperta forte, quase me sufocando enquanto passa a barba por fazer no meu rosto o que me faz rir de forma leve depois do dia intenso.

- Sem mais delongas que tal me contar quando foi que as crises voltaram. - ele se afrouxa um pouco o abraço e eu escondo o rosto na curva do seu pescoço aspirando seu perfume gostoso.

- Piorou depois do sequestro. - Sussurro sem me mexer, eu estava segura ali e sabia disso, fora que aquele contato estava bom demais.

- Alguma outra vez você teve episódios tão intensos assim?

Me afasto dele e sento na cama, dessa forma conseguiria observar sua reação diante ao que eu ia dizer. Não era uma história bonita, mas era uma superação.

- Tive na adolescência, um pouco depois de ter ido morar com a minha avó, na época fiz acompanhamento psicológico no centro comunitário do bairro, mas parei assim que vi uma melhora, não tinha tempo para aquilo, precisava trabalhar para ajudar minha avó com as despesas de casa.

Paro de falar por um instante enquanto tomo fôlego e seguro as lágrimas que teimam em querer escapar simplesmente por lembrar da minha querida vozinha. Recupero minha voz e começo a narrar a minha história, completamente desconhecida por todos a minha volta sem contar Hillary, eu e ela compartilhavamos dos nossos segredos mais secretos e profundos, a nossa sintonia era surreal desde o primeiro momento.

" As vezes tudo começa com um aperto no peito, é um sintoma característico das crises de pânico que tenho as vezes, o que muda é a intensidade, a grande maioria das vezes eu consigo disfarçar bem, mas as vezes foge do meu controle e os sintomas extravasam me fazendo perecer diante deles. Situações de conflito sempre tenderam a me deixar assim, o problema é que depois do sequestro eu piorei, não sei dizer se foi por conta do sequestro em si ou de eu me ver novamente no lugar em que cresci e todos os fantasmas do passado terem vindo a tona."

Com o dorso da mão seco uma lágrima teimosa que sai do meu olho direito e nego com a cabeça quando Andrew tenta se sentar para ficar mais próximo a mim, se ele fizesse isso eu ia acabar chorando de verdade e no momento eu estava decidida a contar tudo de uma só vez.

Com o dorso da mão seco uma lágrima teimosa que sai do meu olho direito e nego com a cabeça quando Andrew tenta se sentar para ficar mais próximo a mim, se ele fizesse isso eu ia acabar chorando de verdade e no momento eu estava decidida a contar ...

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" Consigo me lembrar de todas as vezes que escutei meus pais brigando, eu era bem pequena, mas consigo lembrar, alguma parte de mim não me deixa esquecer... Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha quatro anos, eles tinham brigado e ele saiu para esfriar a cabeça, perdeu o controle e acabou batendo na traseira de um caminhão na via expressa. Eu era muito apegada a ele e quando eu perguntava minha mãe dizia que ele tinha nos deixado por eu ser uma criança chorona e mimada."

"Ela não deixou que meus avós me vissem depois do acidente, acredito que para eles não falarem nada para mim sobre meu pai e devido a insistência deles ela resolveu se mudar para o Brooklyn. Fiquei sabendo dessa parte da minha história já no fim da adolescência quando escapei das garras da minha querida mãe e do meu padrasto que por sua vez também viviam em pé de guerra."

Seduzindo meu Chefe - Família McNa 4Onde histórias criam vida. Descubra agora