Sophie Wilson
– Estava analisando e revisando os últimos contratos ontem antes de dormir cheguei a conclusão de que já podemos ir embora no próximo final de semana, o que acha?
– Está falando sério? Era por isso que estava tão concentrado? – Ele assente e não tira a atenção de mim. – Não vejo a hora de estar em casa e no nosso escritório, viajar é bom, mas estar em casa é melhor ainda. – Sorrio e o olho para ter certeza de que ele está falando sério.
– Estou falando muito sério. – Ele ri com a minha desconfiança e balança a cabeça de forma quase incrédula por eu estar desconfiando. – Como está a sua parte? Aposto que já finalizou tudo o que precisava a um tempão e não me avisou porque está ajudando em outras coisas, já vi como está bem popular por aqui, assim como é em Nova York, só não sei como consegue. – Andrew volta sua atenção ao espelho na sua frente enquanto fala e fecha os botões de sua camisa social.
Esse horário da manhã é o que ele mais gosta de conversar, fica mais falante e risonho, talvez seja porque a noite anterior foi bem aproveitada e quando chega o fim da tarde está tao estressado que não quer saber de tanto papo. Se bem que ele é assim desde quando a gente começou a se aproximar mais no trabalho depois de eu ter virado amiga das meninas e não apenas uma funcionária dele, porque nesse sentido ele era estritamente profissional, até mesmo hoje em dia quando precisa uma máscara de austeridade toma conta dele e até mesmo eu que o conheço fico desconfortável.– Pimentinha? Está tudo bem?
Pisco algumas vezes tentando voltar ao planeta Terra e não prestar tanto atenção nos meus devaneios, nem na imagem da perdição que é o corpo desse homem que está bem na minha frente a modo de eu quase babar e nem para a cama onde estou sentada que clama pela minha volta a ela para mais uma horinha de sono ou algo mais interessante do que dormir.
Eita motivo da minha "insônia".
FOCO SOPHIE!
– Minha parte está concluída há um tempinho, já podemos ir sem deixar nenhum trabalho não finalizado, na verdade estou dando bastante atenção para o pessoal novo com uns novos contratos e ajudando o nosso querido CEO com uns assuntos da diretoria que ele supostamente está com dificuldade. – Dou um longo suspiro desviando minha atenção dele e abro a galeria do meu celular olhando as últimas fotos que as meninas enviaram delas, das crianças e do meu bichano. – Estou morrendo de saudades de Simpatia e do pessoal, as crianças parecem que cresceram tanto que estão quase virando adolescentes.
– Para quê exagerar não é mesmo? – Da risada e vem até mim dando um leve beijo em meus lábios, se afastando em seguida para colocar alguns papeis em sua pasta junto com seu notebook.
– Não é exagero grandão, estou realmente com saudade de todos e com uma vontade imensa de dormir agarradinha com Simpatia. – Ele franze a testa e aponta um dedo para o próprio peito como se estivesse sendo descartado, o que não acontece já que o gato me troca facilmente por ele todas as vezes que o próprio está na minha casa.
– Foi uma boa ideia deixar ele com a Hillary? – Ele se aproxima da cama onde estou sentada e se abaixa na minha direção devagar, quase me deixando hipnotizada, eu como uma boa safada já estou pensando na gente se pegando e se perdendo um no outro aqui e agora, para o meu azar ele só pega a gravata que está do meu lado e se afasta de novo com um sorrisinho sacana de quem sabe provocar nos lábios perfeitos.
– Isso é maldade grandão. – Finjo estar magoada fazendo meu melhor bico e ele agora ri abertamente sabendo exatamente do que estou falando. – Ah... e sobre o Simpatia, você deveria ter feito esse questionamento antes de a gente viajar não? Estamos a quase dois meses fora.
– Tem razão... Talvez ainda tenhamos um gato quando voltarmos.
– Tenhamos? – O olho desconfiada já que ele nunca falou dessa forma sobre algo nosso, muito menos o bichano que ele me deu.
– Você entendeu mulher...
– Uhum... – Pisco algumas vezes para tirar o pensamento de que ele talvez queira algo mais intenso como um namoro entre a gente e volto ao foco da questão. – Hillary sua querida e responsável irmã está ficando lá em casa com Pedrinho esse tempo que estamos aqui, me manda fotos e vídeos do gato todos os dias, ele está sendo bem cuidado.
– Já pensou que pode ser fotos que ela tirou nos primeiros dias antes de o gato sumir né?
– Andrew... – Choramingo me levantado indo até ele e dando um tapa em seu braço, que não deve nem ter feito cócegas e é claro que o faz gargalhar.
– Ele deve estar bem, tenha calma, estou só brincando. – Me segura pelo ombros e deposita um beijo na minha testa.
Eu assinto fingindo irritação por ele estar me provocando desde que acordamos e troco de assunto começando a conversar sobre a conclusão dos últimos contratos enquanto terminamos de nos arrumar. Não demora muito para sairmos juntos do quarto, de longe da para ver um dos seguranças que fica no nosso andar ao lado do elevador claramente nos esperando, sei disso pela intensidade que ele nos olha e como a postura de Andrew mudou para mais rígida em milésimos de segundos.
Assim que nos aproximamos o homem nos da um bom dia e estende um envelope para Andrew que pega prontamente acenando com a cabeça, ele logo se afasta voltando ao seu posto no final do corredor saindo da nossa linha de visão rapidamente. Foi como se ele nunca estivesse estado ali de um tempo para outro. Bizarro!
Drew espera até entrarmos na grande caixa de metal para abrir o envelope tirar de lá um documento encadernado com uma enorme escrita CONFIDENCIAL na capa, eu não preciso ser uma gênia para saber o que tem ali, obviamente é um dossiê sobre a vida de Emma, cada pequeno detalhe dela minunciosamente pesquisado e comprovado, não me admira que eles tenham conseguido todas as informações em apenas dois dias.
Enquanto a equipe coletava informações para fazer um bom relatório Andrew estava obviamente coletando suas próprias informações quando conversávamos todos juntos durante as refeições ou em outros momentos em que nos encontrávamos no hotel, até mesmo para apenas observar a pequena Amélia no parquinho com outras crianças, o que me deixava encantada todas as vezes simplesmente por eu amar crianças.
Andrew conseguia todas as informações que podia de forma sutil e aparentemente despreocupada em suas conversas simples e educadas, eu nem sei dizer se ele conseguia focar em algum momento nas crianças brincando ao nosso redor dado ao passado conturbado que eu sei apenas uma parte, uma bem dolorosa por sinal.
Volto ao presente quando ele aperta o botão que para o elevador e ele faz um barulho alto que é ignorado pelo grade homem ao meu lado. Com calma ele foleia as páginas e lê com atenção se atentando nas partes deixadas em destaque, obviamente que o trabalho ia ser entregue perfeito, eu nem sei qual foi a hora em que aqueles papéis foram solicitados, se é que foram, as vezes é um padrão onde são submetidas todas as pessoas que se aproximam dos McNa por qualquer motivo.
Com um suspiro quase que aliviado ele guarda o documento de volta na pasta e me entrega pedindo silenciosamente para que eu o leia mais tarde, por mais que eu esteja louca para saber o que estava escrito não pergunto, sei que ele conversará sobre após eu ler. Aciona novamente o botão e em instantes voltamos a descer, com calma e carinho ele puxa meu corpo de encontro ao dele depositando um beijo na minha testa o que me faz fechar os olhos e suspirar de prazer e felicidade.
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Seduzindo meu Chefe - Família McNa 4
RomanceEle tem um passado que ninguém conhece, mas que deixou marcas irreparáveis. Ela é o ar fresco que falta na vida dele. Depois de anos trabalhando juntos será que eles tem um futuro lado a lado que não seja trabalho e amizade? Andrew McNa tem os seus...