A Dor do Adeus - 1-46

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 O dormitório da Lufa-Lufa estava imerso em um silêncio profundo quando Emma tomou a decisão de se ausentar das aulas. O repentino fim de seu relacionamento com Severus a havia deixado em pedaços. A ideia de encarar o professor de Poções naquele momento era simplesmente impensável, e a dor que a consumia era quase insuportável.

 As horas pareciam esticar-se infinitamente, e Emma permaneceu estendida em sua cama, imersa em pensamentos sombrios. A última coisa que desejava era que alguém a visse naquele estado, tão vulnerável e desolada. Entretanto, alguém eventualmente percebeu sua ausência.

 Remus Lupin, o carinhoso pai adotivo de Emma e um dos professores de Hogwarts, sempre teve um instinto aguçado quando se tratava dela. Ele não demorou a perceber que algo não estava certo ao não encontrar sua protegida no Salão Principal ou nas aulas.

 O professor lançou um olhar ao redor da sala, mas notou de imediato que Emma não estava presente, o que era bastante incomum, considerando que ela nunca faltava às suas aulas. Ele se aproximou da mesa de Harry Potter, inclinando-se levemente para frente.

 "Harry," ele começou, sussurrando para não perturbar os alunos que estavam concentrados na lição. "Você tem ideia de onde a Emma está?"

 Harry balançou a cabeça em negação. "Não faço ideia, Remus. Não a vi o dia todo; ela sequer apareceu para o café da manhã ou almoço."

 Remus franziu a testa, a preocupação começando a dominar seu olhar. Ele se afastou de Harry e se aproximou de uma colega da Lufa-Lufa. "Senhorita Willis, você tem alguma ideia de onde a Senhorita Stevens está?" perguntou, sua voz carregada de inquietação.

 A garota olhou para o professor e assentiu. "Acredito que ela está no dormitório. Pelo que ouvi das colegas de quarto dela, ela não quis sair da cama esta manhã." Ela compartilhou a informação com uma expressão de preocupação nos olhos.

 Ele soltou um suspiro de preocupação. "Entendi, obrigado," respondeu, agradecido pela informação.

 Quando o sino da escola finalmente tocou, marcando o fim da aula, Remus esperou pacientemente que todos os alunos saíssem antes de se dirigir à Comunal da Lufa-Lufa, a preocupação o consumindo por inteiro.

 Descendo as escadas em direção à Comunal da Lufa-Lufa, Remus não perdeu tempo. Assim que entrou, dirigiu-se imediatamente para a ala dos dormitórios da Lufa-Lufa e bateu suavemente na porta do quarto de Emma. Ao não receber resposta, ele tomou a decisão de entrar. O quarto estava envolto na penumbra, e lá estava Emma, deitada na cama, coberta pelos lençóis.

 Com todo o cuidado do mundo, ele se aproximou e sentou-se delicadamente na beirada da cama. "Emma, querida, o que aconteceu?" perguntou com voz suave e preocupada.

 Os olhos dela estavam inchados de tanto chorar, mas Emma não queria tocar no assunto do término com Severus. "Só... algo aconteceu, pai. Não quero falar sobre isso," sussurrou com voz embargada.

 Remus não pressionou. Ele entendia que, às vezes, as palavras não podiam aliviar a dor. Em vez disso, ele simplesmente estendeu os braços e envolveu Emma em um abraço caloroso. Ela afundou a cabeça em seu peito, e ele acariciou seus cabelos com ternura, oferecendo o conforto silencioso que ela precisava naquele momento difícil.

 Ele depositou um beijo suave na cabeça dela. "Eu sei que algo sério deve ter acontecido para te deixar assim, mas entendo que você não queira falar sobre isso," sussurrou com compreensão.

 "Desculpa, pai. Eu só... não consigo falar sobre isso agora," disse, com a voz começando a embargar. Seus olhos demonstravam a tormenta de emoções que ela estava enfrentando.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora