Despertar Mágico - 2-26

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 O dia em questão se revelava de extrema importância para os membros da Armada de Dumbledore. Naquela data, eles estavam prestes a dar um passo adiante em seus treinamentos, um marco significativo em sua jornada mágica.

 O feitiço que iriam aprender nesse momento era um dos mais avançados e desafiadores: o feitiço para conjurar um Patrono. Esta habilidade mágica permitia que eles trouxessem à vida uma manifestação da própria felicidade, uma luz que repeliria as trevas representadas pelos temíveis Dementadores.

 Essas criaturas sinistras, originárias das travas sombrias, eram conhecidas por sua capacidade de drenar a alegria e a esperança de qualquer pessoa que cruzasse seu caminho.

 A Sala Precisa estava repleta de bruxos ansiosos, todos ansiosos para aprender a habilidade de conjurar um Patrono. Dentre eles, Harry se destacava como um dos poucos que já havia dominado essa magia especial.

 Ele sentia a responsabilidade de compartilhar seus conhecimentos com os outros, consciente da importância vital de todos saberem como espantar os Dementadores.

 Harry dirigiu-se aos membros da Armada de Dumbledore com um tom de voz calmo e encorajador. "Olhem, pessoal," começou ele, "o segredo para conjurar um Patrono está em focar nas suas memórias mais felizes. Deve ser algo que só traga alegria, sem espaço para tristeza, raiva ou culpa."

 Conforme os alunos da Armada de Dumbledore se esforçavam para aplicar as instruções de Harry, a Sala Precisa ecoava com o som de tentativas fervorosas. No entanto, uma crescente sensação de frustração começava a se manifestar, já que, apesar dos esforços, ninguém parecia estar obtendo sucesso imediato.

 Parecia que ou as memórias não eram suficientemente felizes ou alguns lutavam para encontrar uma memória que tivesse força o bastante.

 Emma encontrava-se no final da extensa fila que havia se formado na Sala Precisa. Ela respirou fundo e fechou os olhos, mergulhando em um mar de memórias felizes que havia guardado com carinho. Seu primeiro pensamento a levou a momentos compartilhados com Cedric, um lugar seguro e cheio de alegria.

 No entanto, as lágrimas começaram a surgir, e as lembranças se tornaram turvas com a tristeza da perda de seu amado Cedric. Era como se uma sombra tivesse se projetado sobre a alegria que antes irradiava dessas memórias.

 Ela não se deixou abater. Ela sabia que precisava encontrar uma fonte inabalável de felicidade em suas recordações para que seu Patrono pudesse se manifestar plenamente. Ela direcionou seus pensamentos para Remus, que a tinha acolhido como uma filha e compartilhado inúmeros momentos de ternura e carinho com ela.

 Essas memórias eram repletas de amor e segurança, e sua mente as acolheu como um refúgio contra a escuridão que tentava penetrar.

 Hermione, ao lado de Emma, compartilhava o sentimento de desafio que pairava sobre a Sala Precisa naquele momento. Ela lançou um olhar para Ron, que estava focado em sua própria tentativa, e então dirigiu-se a Emma com um suspiro. "Isso está se revelando mais difícil do que poderíamos ter imaginado, não é?"

 Ron expressou sua frustração, franzindo a testa enquanto refletia sobre a dificuldade de encontrar memórias puramente felizes. "É como se todas as memórias tivessem um lado ruim, que droga," ele murmurou.

 A Sala Precisa estava repleta de uma mistura palpável de frustração e concentração intensa. Os membros da Armada de Dumbledore estavam empenhados em uma luta interior, desesperadamente buscando em suas memórias uma lembrança feliz que fosse suficientemente poderosa para desencadear o feitiço do Patrono.

 Enquanto a Sala Precisa continuava repleta de pessoas lutando para conjurar seus Patronos, Emma mergulhou em sua busca de uma memória feliz. Com os olhos ainda fechados, sua mente vagou por uma série de lembranças, passando por diversos momentos em sua vida.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora