O Fantasma do Passado - 2-46

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 Passou-se um dia angustiante desde o horrendo episódio de tortura que Emma enfrentou nas mãos impiedosas de Bellatrix. A corajosa jovem bruxa suportou uma série de sessões de tormento, cada uma mais brutal do que a anterior, desafiando sua resiliência.

 Embora lutasse para manter uma postura forte diante da adversidade, seu corpo exibia os sinais do desgaste, sua força enfraquecida e sua saúde declinando rapidamente.

 A experiência deixou marcas não apenas físicas, mas também psicológicas, enquanto Emma tentava encontrar forças para enfrentar o tormento que a envolvia.

 A fragilidade de Emma era agora evidente, manifestando-se em um corpo magro e pálido que denotava claramente os efeitos devastadores das sessões de tortura. Seus olhos, outrora vivos, agora revelavam um cansaço profundo, a visão turva testemunhando o peso que ela carregava. 

 Os cortes profundos em seu rosto, resultantes da cruel adaga de Bellatrix, não apenas permaneciam abertos, mas também se transformavam em feridas inflamadas, marcando a agonia que ela suportara. Hematomas e feridas decoravam seu corpo, testemunhando a brutalidade infligida.

 Emma, perdendo uma quantidade considerável de sangue, estava presa em um estado de incerteza, sem saber por quanto mais conseguiria se manter desperta diante da exaustão que a consumia. Cada momento se tornava uma batalha contra a fraqueza crescente, enquanto ela enfrentava uma escuridão que ameaçava envolvê-la completamente.

 Um clima de pesar envolvia o Salão Principal de Hogwarts, como uma sombra silenciosa pairando sobre todos os presentes.

 Alunos e professores compartilhavam olhares marcados pela tristeza e impotência diante da figura fragilizada de Emma.

 A atmosfera era densa, impregnada pela consciência coletiva de que o tempo da jovem bruxa estava se esgotando rapidamente.

 A empatia se refletia nos rostos dos presentes, todos conscientes da dor que Emma enfrentava e da inevitabilidade de sua luta se aproximar do fim. O silêncio no Salão era uma expressão coletiva de solidariedade, enquanto cada indivíduo testemunhava a tragédia que se desenrolava diante deles.

 Severus encontrava-se em um estado de tensão exclusiva, testemunhando a situação de Emma se deteriorar enquanto sua própria angústia aumentava. O desgaste visível na saúde dela o deixava desconfortável, e a impotência diante da inevitabilidade da perda era avassaladora.

 Não estava preparado para encarar a possibilidade de perder a mulher que amava, e a sensação de inutilidade o envolvia intensamente. Em meio à tragédia que se desdobrava diante de seus olhos, Severus experimentava uma sensação avassaladora de incapacidade, incapaz de oferecer mais do que sua presença silenciosa e um coração pesado de preocupação.

 A profundidade de seus sentimentos exacerbava a dolorosa consciência de que ele estava à mercê de forças além de seu controle, assistindo impotente enquanto a vida de Emma pendia precariamente.

 Conversas sussurradas e olhares carregados de preocupação permeavam o ambiente constantemente, formando uma trama de apreensão ao redor de Emma.

 No entanto, apesar do desejo coletivo de ajudar, pairava uma sensação de impotência, já que ninguém tinha a resposta para libertar a jovem bruxa das garras cruéis dos Comensais da Morte. A gravidade da situação impedia qualquer ação precipitada, pois cada pensamento de resgate trazia consigo o risco iminente de colocar Emma em ainda mais perigo.

 O dilema deixava a comunidade de Hogwarts em um estado de suspense e incerteza, onde a vontade de intervir era contrabalanceada pelo temor dos desdobramentos desconhecidos que poderiam se desencadear.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora