Injustiça em Hogwarts - 2-14

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 Naquela manhã, o sol raiava sobre as torres de Hogwarts, lançando uma luz dourada sobre o castelo centenário. No entanto, o brilho da manhã foi ofuscado por uma notícia que se espalhou rapidamente pelos corredores do castelo, deixando todos que a ouviram profundamente perplexos e frustrados.

 A notícia em questão dizia respeito à inesperada demissão do querido professor Lupin, que havia sido um guia e mentor para muitos estudantes. A perplexidade e a frustração se misturavam nos rostos dos alunos, enquanto se esforçavam para entender a razão por trás dessa decisão inesperada

 A notícia da demissão do professor Lupin ecoou pelos corredores e salas de Hogwarts, se espalhando como um rumor incansável, até chegar aos ouvidos de Emma. Ela, em particular, sentiu uma enxurrada de emoções avassaladoras: uma raiva profunda e uma tristeza dilacerante.

 Seu coração se encheu de indignação ao perceber que seu pai, uma das pessoas que ela mais amava neste mundo, havia sido vítima da intolerância e discriminação impiedosa de Dolores Umbridge, uma mulher cuja crueldade deixava cicatrizes profundas em todos aqueles que ousassem ser diferentes em um lugar que deveria ser um refúgio seguro para todos.

 O motivo que sustentava a decisão só serviu para inflamar ainda mais a raiva dentro de Emma. E isso em si, foi devido à sua condição de lobisomem, uma condição que ele controlava com maestria e que jamais havia representado qualquer ameaça à escola, era uma afronta à lógica e ao senso comum.

 A reputação de Remus como um homem de natureza extremamente gentil e controlada era conhecida por todos em Hogwarts. Portanto, o fato de Dolores Umbridge vê-lo como uma ameaça à escola só intensificou a revolta e a indignação que todos sentiam em relação a ela. Sua decisão arbitrária e discriminatória feriu profundamente a justiça e a compaixão que a comunidade de Hogwarts sempre valorizou.

 Emma estava atônita, incapaz de acreditar que alguém como Dolores Umbridge, com seu preconceito flagrante, pudesse ocupar uma posição de autoridade na escola. No fundo de seu coração, ela tinha a convicção de que a demissão de Remus era não apenas injusta, mas também cruel.

 Era doloroso testemunhar o poder de alguém que agia de maneira tão discriminatória, e isso só reforçava sua determinação em se opor à injustiça e lutar pelos valores de igualdade e compaixão que Hogwarts sempre representara para ela.

 Determinada a não permitir que essa injustiça continuasse, Emma tomou a firme decisão de agir. Sua mente estava repleta de resolução quando ela escolheu enfrentar Dolores Umbridge pelo tratamento injusto que seu pai, Remus, havia recebido.

 Com passos decididos, ela caminhava em direção ao escritório da mulher, a determinação em seus olhos igualando-se à força que ela sentia dentro de si.

 Naquele momento, a única coisa que consumia a mente de Emma era a determinação de fazer justiça ao nome de Remus. Ela e todos os alunos compartilhavam a certeza de que ele era o melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que já haviam tido.

 Ninguém desejava um substituto, pois a demissão de Remus significaria que ele teria que deixar Hogwarts, uma perspectiva que parecia uma facada em seu coração. Para Emma, que já enfrentara a perda de Cedric, a ideia de perder Remus também era insuportável. Ela reconhecia que a força que mantinha dentro de Hogwarts estava profundamente ligada ao apoio que ele lhe oferecia, e não podia suportar a ideia de tê-lo longe.

 No momento em que Emma estava prestes a bater na porta do escritório de Umbridge, uma mão delicadamente segurou seu braço, interrompendo seu gesto. Quando ela se virou, deparou-se com os olhos negros e penetrantes de Severus Snape, cujo olhar encontrou o dela de forma intensa e intrigante.

 Com uma expressão de preocupação, ele sussurrou suavemente: "Emma, você não deveria fazer isso. Eu entendo sua raiva, mas confrontá-la só irá agravar a situação..."

 Emma sentiu o tom sério na voz de Severus, misturado com uma genuína preocupação. Era evidente que ele se importava com seu bem-estar, o que a pegou de surpresa e a deixou momentaneamente desnorteada.

 Emma respondeu com a voz trêmula, lutando para encontrar as palavras certas. "Eu... eu simplesmente não posso permitir que isso aconteça", ela murmurou, com os olhos marejados. "Remus não merece isso..."

 Severus apertou suavemente o braço de Emma, transmitindo empatia. "Eu entendo, Emma", ele murmurou, sua voz carregada de preocupação. "Contestar Dolores é perigoso, e não a fará mudar de ideia. E...eu não quero que ela machuque você."

 Emma balançou a cabeça, lágrimas começando a se formar em seus olhos. Sensível à sua angústia, Severus a envolveu suavemente e a conduziu para longe do escritório de Umbridge, guiando-a até uma sala vazia onde poderiam conversar mais tranquilamente.

 Ela olhou profundamente nos olhos de Severus, seus próprios olhos ainda úmidos de lágrimas que ameaçavam cair. "Ele é um bom professor...", disse com um tremor na voz. "Ele nunca fez mal a ninguém..."

 "Eu sei..." Severus abraçou Emma com ternura. "Eu sei, minha querida..."

 A jovem retribuiu o abraço de Severus, apoiando a cabeça no peito dele em busca de conforto. Sua voz estava trêmula e embargada quando ela sussurrou: "Eu não quero que ele vá embora... não quero ficar sozinha..."

 Severus sentiu seu coração apertar pela aflição de Emma. "Você nunca estará sozinha, Emma. Eu prometo que estarei sempre aqui para você...", disse com voz suave. Ele se afastou ligeiramente do abraço, mas suas mãos permaneceram gentis ao segurarem o rosto dela. "Você pode sempre contar comigo, para qualquer coisa... sempre..."

 Um sorriso tímido iluminou o rosto de Emma, e ela se sentiu grata por ter Severus ao seu lado. "Obrigada, Severus... Fico feliz que você ainda esteja aqui," ela agradeceu, com um olhar de apreço em seus olhos.

 Severus sorriu de volta, acariciando a bochecha de Emma com carinho. "Não precisa me agradecer. Só... me prometa que não vai mais enfrentar a Umbridge?" Ele pediu com preocupação em sua voz, querendo assegurar o bem-estar dela.

 Emma balançou a cabeça levemente, consciente de que, embora fosse corajosa, havia ocasiões em que a prudência era a escolha mais sensata. "Eu prometo," ela assegurou a Severus com um olhar grato nos olhos.

 Severus concordou com um suspiro de alívio, sentindo-se grato por ver Emma se afastar da ameaça representada por Dolores Umbridge. Não que ele tivesse medo daquela mulher com suas roupas ridículas, mas ele simplesmente não suportava a ideia de ver Emma se machucar de alguma forma.

 Os dois permaneceram juntos por mais um momento, e Severus fez o que estava ao seu alcance para confortar Emma em meio àquela difícil situação. Ele entendia o quanto ela necessitava da presença de Remus em sua vida, e embora soubesse que nunca poderia substituí-lo completamente, esperava ao menos oferecer a ela uma fração do conforto que Remus proporcionava.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora