Para Sempre Nós - Severus Snape

Reencontro Apaixonado - 2-30

 No dia seguinte à fuga incrivelmente corajosa dos gêmeos Weasley da escola e ao espetáculo espetacular de fogos de artifício na sala de aula, promovido por eles sob o nariz de Dolores Umbridge, Emma encontrava-se vagando pelos corredores da escola de Hogwarts. Tinha sido um dia repleto de aulas e atividades.

 Enquanto caminhava, Emma se aproximou da porta que conduzia às sombrias masmorras da escola. Foi nesse momento que ela decidiu fazer uma breve visita ao escritório de Severus.

 Desde o Natal, Emma não havia tido a oportunidade de passar tempo com Severus, o que a fazia sentir saudades e, ao mesmo tempo, ansiedade pela reunião. A relação entre eles havia se tornado um pouco confusa nos últimos tempos, repleta de altos e baixos, mas, mesmo assim, Emma estava em paz com essa incerteza.

 Ela sentia que sua vida estava gradualmente voltando aos trilhos, assim como antes de todos os eventos caóticos que haviam ocorrido recentemente. A única coisa que ainda a incomodava era a presença persistente de Dolores Umbridge em Hogwarts, uma figura que ela desejava profundamente que deixasse a escola.

 Ao bater na porta do escritório de Severus, Emma não teve que esperar muito tempo para ouvir a voz dele murmurando um "Entre." Ela empurrou a porta com cuidado e entrou. Dentro do escritório, viu Severus de pé, segurando um livro aberto nas mãos.

 Assim que notou a presença de Emma, ele sorriu e fechou o livro, devolvendo-o à prateleira, como se sua chegada fosse mais importante do que suas atividades anteriores.

 "Oi Severus," Emma cumprimentou, com um sorriso afetuoso, e se aproximou dele. Sem hesitar, ela o abraçou calorosamente, expressando assim sua alegria em revê-lo.

 Severus retribuiu o abraço imediatamente, acolhendo-a em seus braços. Com ternura, ele perguntou: "Oi, querida. Como você está?"

 "Eu estou ótima, melhor agora que te vi," Emma respondeu com um toque de carinho em sua voz.

 Severus sorriu e cariciou a bochecha de Emma com ternura, dando um suave beijo em sua testa. "Senti sua falta nesses últimos dias, e ouvi algumas coisas sobre você," ele confessou.

 Emma arqueou uma sobrancelha, demonstrando curiosidade. "E o que você ouviu sobre mim?" ela perguntou.

 "Inicialmente, fui informado de que você teve uma troca de palavras com Umbridge que a deixou à beira de te expulsar", iniciou Severus. "Além disso, surgiram rumores de que você colaborou com os gêmeos Weasley em seu plano de fuga. Você nega essas alegações?" Ele perguntou.

 Emma assentiu com um sorriso travesso. "Não, eu não nego. Eles pediram minha ajuda, e eu nunca recusaria uma oportunidade de irritar a Umbridge. Foi uma experiência incrível," ela admitiu com entusiasmo.

 Severus riu, um som que raramente era ouvido por aqueles que não o conheciam intimamente. "A Umbridge é uma figura insuportável. A ideia de vê-la correndo assustada diante de um punhado de fogos de artifício é, para dizer o mínimo, bastante reconfortante," ele concordou.

 Emma riu junto com ele. "Foi realmente engraçado. A expressão dela naquela sala foi impagável," ela concordou, relembrando com diversão o momento em que Umbridge fora pega de surpresa pelos fogos de artifício.

 "Isso porque você não a viu depois na sala dos professores", Severus riu novamente. "Ela gritava e batia o pé no chão, exigindo que todos os alunos que riram dela fossem expulsos. E nós, os outros professores, não sabíamos se devíamos rir ou levar aquilo a sério", ele compartilhou com uma mistura de diversão e perplexidade.

 Ela ri novamente, e Severus admira o sorriso dela por um momento, permitindo-se sorrir também. "Eu adoraria ter visto isso, Severus," Emma disse.

 Severus acariciou a bochecha dela novamente e, em seguida, seu tom adquiriu uma seriedade maior. "Mas, em relação à outra questão, o fato de você ter quase sido expulsa e ainda ter afirmado que não se importava com isso," ele começou, demonstrando preocupação.

 Ela desviou o olhar por um momento. "Ah... isso, bem, eu não queria que ela visse medo em mim," Emma explicou.

 "O que eu já te disse? Eu disse para você tomar cuidado com Umbridge, eu não posso te perder, Emma," ele expressou com um tom de profunda preocupação em suas palavras.

 Emma sorriu suavemente e olhou de volta para Severus, demonstrando sua gratidão pela preocupação dele. "Eu sei, Severus. Eu sei que fui um pouco longe com Umbridge, mas você sabe o que ela fez?", ela questionou.

 A testa dele se franziu. "O que ela fez?", Severus perguntou.

 "Ela bateu no rosto do Harry, deu um tapa na cara dele," Emma explicou com um suspiro. "Eu só quis assustá-la," ela acrescentou.

 Ele balançou a cabeça. "Ela realmente pareceu ficar assustada, o que exatamente você disse?", Severus perguntou.

 "Eu disse a ela 'Se você ousar tocar no Harry ou em qualquer um de nós, eu me assegurarei de que você jamais possa tocar em mais nada, mesmo que isso signifique ser expulsa ou até mesmo ir para Azkaban'," Emma disse com convicção, enquanto sorria ao relembrar a expressão de choque de Umbridge.

 Uma risada suave escapou dos lábios de Severus. "Você é completamente louca, sabia?", ele comentou

 "Eu sei," ela riu. "Sabe? Eu aprendi com você a intimidar as pessoas, eu fiz aquele seu olhar e usei aquele seu tom de voz," Emma confessou.

 "Sério?" Severus sorriu. "Não sei se fico com medo de você ou se fico orgulhoso," ele brincou.

 Emma ri novamente. "Acho que um pouco dos dois," ela respondeu de forma descontraída, aproveitando o momento de cumplicidade com Severus.

 "Bem, eu queria ter visto você naquele momento, pois tenho certeza que você estava linda naquele jeito intimidante..." Severus disse com um tom de flerte na voz, colocando as mãos na cintura dela.

 A ruiva sorriu e colocou as mãos nos ombros dele. "Posso te mostrar, se quiser..." Ela sugeriu, mantendo o tom de flerte em sua voz.

 "Me contento apenas imaginando você intimidante enquanto beijo esses seus lábios..." Ele se aproximou do rosto dela, sugerindo um momento mais íntimo entre os dois.

 Eles juntaram seus lábios em um beijo lento a princípio, um encontro suave de desejo reprimido que logo se intensificou.

 O calor entre eles aumentou, e suas línguas dançaram em um ritmo apaixonado e sedutor. Severus, com a firmeza que lhe era característica, envolveu as coxas de Emma com suas mãos, elevando-a suavemente e a fazendo se sentar na mesa dele.

 O beijo continuou, profundo e intenso, enquanto suas mãos exploravam com desejo e ansiedade, fazendo com que a paixão entre eles se acendesse ainda mais. E naquele momento, tudo o mais desapareceu, deixando apenas o ardente encontro de seus corações e a chama do amor que compartilhavam.

 Severus e Emma se entregaram à paixão que queimava entre eles, desfrutando do toque um do outro com uma intensidade avassaladora. O ambiente ao redor desapareceu, deixando-os envoltos no calor de seu desejo mútuo. Suas mãos exploraram avidamente, traçando os contornos de seus corpos, reacendendo a chama do amor que compartilhavam.

 Os lábios de Severus deixaram um rastro de beijos ardentes pelo pescoço de Emma, enquanto sua respiração acelerava, ecoando a aceleração dos batimentos cardíacos. Cada carícia, cada toque, era uma expressão de sua afeição profunda e da necessidade de se unirem de forma mais completa. O desejo que os consumia parecia insaciável, e eles ansiavam por mais um ao outro.

 No entanto, enquanto a paixão ardia, o amor que compartilhavam continuava a ser o alicerce que os unia. Cada toque, cada beijo, era carregado de emoção, um lembrete constante do quanto eles se completavam.

 Aos poucos, Severus e Emma foram diminuindo a intensidade do beijo, seus lábios se separaram e eles se olharam profundamente nos olhos. Respirando pesadamente, compartilharam um sorriso cúmplice que refletia a profundidade de seu amor.

 E assim, naquele momento, eles se afastaram suavemente, mas permaneceram próximos, com as testas apoiadas uma na outra.